Crédito das Fotos: Encontros Improváveis. Núcleo OMSTRAB. Foto: Daniel Carvalho
O Núcleo OMSTRAB completa 23 anos em 2018 e estreia o seu 13º espetáculo intitulado “Encontros Improváveis”, criado a partir de 12 encontros realizados entre artistas do corpo, da música, do teatro, das artes visuais, do vídeo, do circo e da literatura. O espetáculo exibe nos corpos dos performers a fragilidade da situação atual do país, com música executada ao vivo, citações poéticas e textos adaptados de notícias jornalísticas.
Idealizado pelo fundador e diretor do núcleo, Fernando Lee, o espetáculo reflete a necessidade das parcerias, o comportamento crítico em relação ao trabalho do outro e também a como reagem os corpos em um momento político frágil e desestabilizado como o atual.
“Há uma integração dentro desse painel de diversos universos artísticos”, conta Fernando. O artista complementa que a obra é viva e terá adaptabilidade de acordo com as interações com o público. “Os artistas convidados influenciaram de diversas formas os ensaios, laboratórios, pesquisas e desenvolvimento do nosso próprio vocabulário de dança e música”.
Participaram dos encontros a atriz e diretora Georgette Fadel, o músico Gabriel Levy, o fotógrafo Gal Oppido, o rapper Luck Vas, o músico e pesquisador Loop B, o coreógrafo e diretor Jorge Garcia, a artista da voz Madalena Bernardes, o artista da dança Sandro Borelli, o diretor teatral Francisco Medeiros, a diretora e artista do corpo Isabel Tica Lemos, o diretor de arte Rodrigo Araujo, a coreógrafa e diretora Vera Sala, o pianista Benjamim Taubkin, o cantor e compositor Carlos Careqa e os artistas da dança e do teatro Maria Eugênia, Marcelo Bucoff, Leonardo Alkmim, Márcio Greyk, Augusto Pompeo, Vitor da Trindade, José Maria Carvalho, Rodrigo Matheus, Cristian Duarte e Célia Gouvêa.
Para Fernando, o espetáculo não é uma resposta para o tempo que vivemos, mas sim um registro sobre a precariedade dele e a maneira frágil com que o corpo se relaciona com a realidade social, política e ecológica. “No trabalho também fica evidente como as parcerias e os encontros podem promover saídas e novas formas de produção de pensamento que se mostram a partir dessa fragilidade”, diz o artista.
O espetáculo terá seis artistas em cena – são três bailarinos, dois músicos e Fernando, que atuará nas duas frentes, além de também trazer elementos de teatro e textos para a cena. Musicalmente, Encontros Improváveis conta com trilha especialmente gravada para o espetáculo e música ao vivo, com violão e instrumentos de sopro (saxofone e clarinete)
SOBRE O NÚCLEO OMSTRAB
O Núcleo OMSTRAB, fundado pelo bailarino e coreógrafo Fernando Lee, é uma das primeiras companhias independentes da cidade de São Paulo a explorar a condição urbana associada às manifestações da cultura popular brasileira. O OMSTRAB associou seu nome a seu primeiro espetáculo homônimo. O termo “homens trabalhando”, que indica atividade onde há edifícios em construção, acabou virando “Omstrab”, já que o espetáculo, ambientado na construção civil, explora as sonoridades e movimentos de trabalhadores e suas ferramentas. Desta comunidade e sua comunicação oral, também foram aproveitadas as onomatopeias, que se somaram à musicalidade e à temática geral da obra.
Nascido em Campinas (SP), Fernando Lee era estudante de arquitetura quando resolveu se dedicar à dança. Fez parte do Ballet Stagium e Balé da Cidade de São Paulo entre 1982 e 1985. Ainda no mesmo ano, quando se preparava para formar seu próprio grupo, ele já fazia da música uma expressão que lhe é tão cara quanto a dança. Apresentações fora do Brasil também marcam a carreira do grupo, cuja estreia internacional aconteceu em 1996, na Bienal da Dança de Lyon (França). Instrumentos como flauta, saxofone, percussão e clarinete podem sempre ser apreciados ao vivo nas obras de sua companhia.
Ficha Técnica
Artistas: Fernando Lee, Rossana Boccia, Thais Diniz, Thiago Duar e Vagner Cruz. Músico convidado: Mario Aphonso III. Direção de arte: Rodrigo Araujo. Cenografia: Patricia Godoy. Design de aparência: Adriana Vaz e Rogerio Romualdo. Costureira: Cleide Niwa. Desenho de luz: Marisa Bentivegna. Operação de luz: Marisa Bentivegna e Amanda Amaral. Vídeo: Osmar Zampieri. Fotos: Daniel Carvalho e Gal Oppido. Assessoria de imprensa: Márcia Marques – Canal Aberto. Assistente de produção: Larissa Miwako. Produção executiva: Andrea Pedro. Direção geral: Fernando Lee.
Serviço
Núcleo OMSTRAB – Encontros Improváveis
Galeria Olido – Sala Paissandu (Av. São João, 473 – República, São Paulo/SP)
Capacidade: 139 lugares. Classificação: Livre.
29 de novembro a 9 de dezembro, quinta-feira a sábado, 20h, e domingo, 19h
Grátis
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