
Faleceu neste domingo, 6 de julho de 2025, aos 61 anos, a artista, educadora e pesquisadora Silvia Geraldi, figura essencial para a dança no Brasil.
Nascida em 12 de junho de 1964, Silvia construiu uma trajetória marcada pela criação, pelo ensino e pela pesquisa, deixando uma contribuição profunda e múltipla ao pensamento e à prática da dança.
A cerimônia de cremação será realizada na segunda-feira, 7 de julho, às 10h, no Crematório Bom Pastor, em Campinas/SP (Rua Sylvia da Silva Braga, s/n – Bairro Campo dos Amarais). A família agradece o carinho e acolhimento neste momento de despedida.
Professora Livre Docente no Departamento de Artes Corporais e no Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena da Unicamp, Silvia coordenou o programa de 2017 a 2021, formando gerações de artistas, educadores e pesquisadores.
Doutora em Artes, Mestre em Educação e graduada em Ciência da Computação, todos pela Unicamp, Silvia reunia, em sua prática, temas como técnicas e poéticas da dança, políticas da corporeidade, estudos somáticos, dramaturgia e estudos feministas. Era certificada como instrutora e professora do Método Feldenkrais de Educação Somática, área na qual também inovou e formou praticantes.
Entre outras contribuições, foi professora e coordenadora do Curso de Graduação em Dança da Universidade Anhembi Morumbi, integrou a Cia. de Danças de Diadema e fundou, em 2000, a Silvia Geraldi Cia de Dança, dedicada à pesquisa e criação em dança. Recebeu a Bolsa Vitae de Artes em 2002 e outros prêmios para montagem e circulação de suas obras.
Autora do livro “Raízes da Teatralidade na Dança Paulistana – duas criadoras: Célia Gouvêa e Sônia Mota” (2015), Silvia também liderou o grupo de pesquisa “Prática como pesquisa: processos de produção da cena contemporânea”, vinculado ao CNPq.
Mais do que títulos ou cargos, Silvia Geraldi deixa um legado vivo: presente nas muitas pessoas que tiveram a oportunidade de aprender, criar e refletir ao seu lado. Uma presença generosa, crítica e inventiva, que seguirá inspirando quem acredita na dança como prática de pensamento, transformação e cuidado.
Que Silvia siga iluminada, como sempre foi.