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Estilo de Dança
Descrição
Passando um rápido olhar sobre os movimentos culturais deste século, vimos que quando o Brasil comemorava seus 100 anos de independência, os movimentos artísticos também declaravam sua autonomia em relação às regras do passado.
A Semana de Arte Moderna e seus desdobramentos, como o Antropofagismo nos anos 20, levantaram a discussão da identidade cultural brasileira enquanto cruzamento de elementos primitivos – africanos, indígenas, folclórico, populares – com a modernidade.
Na década de 60, o Tropicalismo retomava, na área da música popular e pop, a questão das “raízes e antenas”, a tradição e as inovações culturais. A pesquisa sobre as origens foi, e ainda é, uma das chaves principais para a inovação na música, dança, literatura, teatro e pintura.
Foi com esse objetivo que a Cia de Danças de Diadema criou este trabalho carregado de elementos tradicionais de nossa cultura mesclados à dança-teatro que resultou da pesquisa sobre os gestuais do homem brasileiro, tendo como material de apoio o trabalho do etnólogo potiguar Luís da Câmara Cascudo. Sua obra História de Nossos Gestos, que inspirou muitas das cenas deste espetáculo, apresenta uma análise do gestual não só como expressão comunicativa, mas também como um espelho da identidade cultural do indivíduo e da sociedade.
Aproveitando a globalização que estamos vivemos neste ínicio de século, a Cia de Danças de Diadema, mescla diferentes fontes de referências para compor seu trabalho coreográfico. Como menciona Câmara Cascudo, “o brasileiro possui também uma miscigenação mental, que permite a ele adaptar-se e apropriar-se de tudo o que está a sua volta, sem perder sua autenticidade. Arte e Raiz serve-se dessa “enciclopédia de movimentos”, apropriando-se das danças e festas populares e interligando tudo isso com dança contemporânea e teatro.
A trilha sonora deste espetáculo foi também um trabalho de criação coletiva, com a participação de músicos da cidade de Diadema. Utilizando a sonoridade de elemetos musicais brasileiros, a banda Neghócios a Parte e os músicos Marcos Zanda e Cleber San, desenvolveram novos arranjos, versões e criações próprias para o espetáculo, buscando explorar ao máximo a interação entre coreógrafos, bailarinos e músicos.
Ficha Técnica
Direção Geral: Ivonice Satie
Direção Artística: Ivonice Satie e Pedro Costa
Assistente de Direção: Ana Bottosso
Coreógrafos: Pedro Costa, Ana Bottosso, Antônio Milani, Eloy Rodrigues, Ricardo Freire
Projeto de Iluminação: Ivonice Satie e coreógrafos
Concepção de Figurinos: Ana Bottosso e coreógrafos
Assistentes de Ensaio: Eloy Rodrigues e Fabiana Villas Boas
Assessoria Pedagógica: Luciana de Carvalho e Fabiana Villas Boas
Relação Públicas/Prog.Visual: Fernando Machado
Concepção Gráfica: Henrique Bacana
Maîtres de Bballet: Ivonice Satie, Pedro Costa, Luiza Gentile
Condicionamento Físico: Antônio Milani e Vinícius Ferreira
Adereçopes e Cenografia: Celso Ohi
Técnica Circense: Mônica Alla
Músicas: Caetano Veloso, Luiz Gonzaga, Carlos Corega e Raul Cruz Banda Neghócios a Parte, Zeca Assumpção, Sven Väth, Hetfield, Ulrich, Hammett Alceu Valença, Criações de Wefferson Zumbi e Cleber San
Observações:
Arranjos e Adaptação Musical: Banda Neghócios à Parte
Percussão Corporal: Sérgio Rochaa
Artistas convidados: Jairton Brandão (Sax Tenor), Claudio Silva (Trompete), Luis Cassio (Trombone), Marisa Camarinho (Violoncelo), Gabriel Levy (Acordeon), Marcos Zanda (Violão/Violino), Cleber San (Percurssão), Vocais: Maru Ohtani, Cecilia Doval, Denise Mata, Patricia Vilas Boas, Silvana Neres
Direção Musical: Marco Zanda e Cleber San
Iluminação: Edgar Della Paschoa Jr.
Sonoplastia: Cillas Guizilini
Artista/Cia/Grupo/Instituição
Evento
Espetáculo Arte & Raiz