Na foto: Denilto Gomes com Sônia Mota e Elenco ao fundo | Fotógrafo: Albert Roger Hemsi | Acervo Arquivo Multimeios - CCSP

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Na foto: Cacá da Boa Morte, Eduardo Costilhes e Mariana Muniz | Fotógrafo: Albert Roger Hemsi | Acervo Arquivo Multimeios - CCSP Na foto: Denilto Gomes e Sônia Mota | Fotógrafo: Albert Roger Hemsi | Acervo Arquivo Multimeios - CCSP Na foto: Denilto Gomes, Beatriz Cardoso e Adélia Issa | Fotógrafo: Albert Roger Hemsi | Acervo Arquivo Multimeios - CCSP

Categoria

Fotos

Subcategoria

Espetáculo

Ano

1983

Data do Evento

21 de janeiro

País

Brasil

Estado

SP

Cidade

São Paulo

Estilo de Dança

Dança Contemporânea

Descrição

Imagens do espetáculo “A Dama das Camélias: Um Delírio Romântico”, concebido por José Possi Neto, com direção artística de Klauss Vianna (1928-1992). Estas fotos pertencem ao Acervo Arquivo Multimeios do Centro Cultural São Paulo.

A Dama das Camélias é, sem dúvida alguma, o maior arquétipo romântico feminino criado no século passado.

Alexandre Dumas Filho criou os personagens ideais para a realização do mito: dois jovens nascidos para o amor e acossados até a morte pelos preconceitos sociais.

Marguerite é mais uma criatura perseguida pela sociedade do seu tempo. Antes de se tornar romântica, a história de Marguerite foi seguramente um duro ataque de Dumas contra aquela sociedade.

Sabemos bem que o escândalo e o repúdio ao tema naquela época foram a primeira razão do seu grande sucesso. Mas qual o motivo que fez perdurar esse mesmo sucesso (na literatura, no teatro, no cinema, na dança) numa sociedade onde o amor de Marguerite e Armand não mais escandaliza?

Sinceramente, tudo leva a crer que, desde sempre, os principais fenômenos sentimentais são idênticos no mundo inteiro. O público sempre se comoveu essencialmente pelas mesmas razões: AMOR e MORTE.

Assim como Romeu e Julieta, Marguerite e Armand compõem o mesmo binômio artístico do amor e da morte, embora reflitam mundos diferentes.

Saber a história de Marie (Alphonsine) Duplessis, a verdadeira Dama das Camélias, nos comove. Essa menina de formação rude, que, vinda do campo e vivendo na pobre Paris, conquista em pouco tempo, entre os 17 e 21 anos, através de sua beleza e astúcia, a postura de um mito vivo no seio da Paris elegante, criando para si mesma um personagem que a imortalizaria: “A DAMA DAS CAMÉLIAS”.

Pois assim já era reconhecida em Paris, nos teatros e grandes salões, antes mesmo da sua morte. Antes mesmo de ser imortalizada por A. Dumas Filho como Marguerite Gautier.

A capacidade de impor diante de uma sociedade implacável seu próprio personagem e depois abdicar dele para se permitir a comoção do AMOR compõe o fascínio da nossa heroína, essencialmente romântica, que escolhe a vida intensa e apaixonada ao invés da extensa e preservada, traço que denota as características de sua liberdade moral.

Por isso, a Marguerite do nosso espetáculo tenta mais uma vez surpreender seu mundo. Como roteirista, me permito subverter a ordem do binômio AMOR-MORTE por MORTE-AMOR.

Começamos participando da cerimônia fúnebre da própria Marguerite, para onde correm todos os personagens do seu mundo e são surpreendidos pela chegada de um personagem desconhecido e perturbador.

Esse personagem é uma artimanha da própria Marguerite, que, estando a morrer tuberculosa e abandonada, em nome da preservação da família – imposição da moral burguesa através do personagem do pai de Armand –, não hesita em matar o personagem DAS CAMÉLIAS e criar um novo: CAMILLE, uma espécie de George Sand, que, travestida de homem, procura penetrar de maneira mais livre no seu mundo e subverter-lhe os valores.

Tudo isso possui uma única finalidade: a celebração do AMOR, através da conquista do seu Armand, sob a pele desse novo personagem. Não é mais à DAMA DAS CAMÉLIAS que ele deverá amar, mas sim aquele ser, objeto de sua paixão, independente de qualquer personagem.

Ficha Técnica

A DAMA DAS CAMÉLIAS

Concepção e Direção: José Possi Neto | Equipe de Coreografia: Sónia Mota, Suzana Yamauchi, Mazé Crescenti, Mara Borba, Mônica Mion, Júlia Ziviani, Solange Caldeira, Mariana Muniz, Simone Ferro, Marina Helou, Raymundo Costa, Denilto Gomes, João Maurício, Paulo Rodrigues, Alberto Cidra | Figurinos e Adereços: João Santaela Júnior | Costureiras: Mathilde Godoy Adas, Maria Cristina Tavares, Clarinda Rodrigues Alves, Malvina Leite Gabriel, Olga R. Nigro, Maria de Lourdes Pinto Perine, Thomasim M. Donadio | Confecção de Casacas: Jomal Ltda. | Cenografia: Felipe Crescenti | Execução: Francisco Giaccheri | Aderecista (Máscaras e Adereços): Leo Leoni | Assistentes de Adereços: Vanda Queiroz, Julio Cesar Betti, Patricia Queiroz, Maria da Conceição Gomes de Alencar | Fotos: Gerson Zanini | Ilustrações: Livro Les Dames Aux Camélias de Christiane Issartel | Pesquisas e Montagem Musical: João Paulo Mendonça | Cantora: Adélia Issa | Pianista: Joaquim Paulo do Espírito Santo | Gravações e Efeitos Especiais: Flavia Calabi | Sonorização: Instalson | Concepção de Iluminação: José Possi Neto | Operador de Luz: Tanaka | Iluminação: Gian Carlo | Produção Executiva: Daniel Setton | Relação das Músicas: Baile Negro (Enterro – Leilão) – William Bolcom (Black Host), Perseguição – Dmitri Shostakovich (Sinfonia nº 1), Alberto Ginastera (Quarteto de Cordas nº 2).

BALÉ DA CIDADE DE SÃO PAULO

Diretor Artístico: Klauss Vianna | Assistente de Direção: Ruth Rachou | Assistentes de Coreógrafos: Hugo Travers, Yara Ludovico, Mônica Mion, Júlia Ziviani | Professores: Ismael Guiser, Sônia Mota, Klauss Vianna, Hugo Traversa, Ruth Rachou | Programação: Cyra Gomes de Araujo Moreira | Pianistas: Olga Carrera, Maria Aparecida Costa Garcia | Iluminador: Tanaka | Diretora de Cena: Cleusa Fernandez | Massagistas: Álvaro Faro Mendes, Daniel Pires | Encarregada do Guarda-Roupa: Maria Cristina Tavares | Costureira: Clarinda Rodrigues Alves | Sonoplasta: Miguel Derosa | Inspetor: Deoclides Pereira Fraga Neto | Elenco: Ana Luiza Seclaender, Ana Verônica, Áurea Ferreira, Beatriz Cardoso, Júlia Ziviani, Leila Sanches, Lilia Shaw, Luciana Maluf, Mônica Mion, Nádia Luz, Nelly Guedes, Patrícia Galvão, Paula do Valle, Regina Restelli, Simone Ferro, Solange Caldeira, Alberto Cidra, Antonio de Almeida, Cacá da Boa Morte, Carlos Demitre, Franco Moran, Marcos Verzani, Mário Ênio Jarry, Milton Carneiro, Paulo Contier, Paulo Rodrigues, Raymundo Costa, Sergio Botelho, Tony Callado | Elenco Grupo Experimental: Ciça Teivellis, Daniela Stazi, Mara Borba, Mazé Crescenti, Mariana Muniz, Marina Helou, Silvia Bittencourt, Sonia Mota, Suzana Yamauchi, Vivien Buckup, Denilto Gomes, Fernando Lee, João Maurício, José Carlos Nunes, Luis Vasconcelos, Ricardo Viviani | Agradecimentos: Lana Chamic, Berpo Vi, Los Porto, Bruno, Dacoteca do Centro Cultural São Paulo, Vigorex S/A, Tecelagem Redenção S/A.

Artista/Cia/Grupo/Instituição

Balé da Cidade de São Paulo, Klauss Vianna

Local

Theatro Municipal de São Paulo

Coleção

Klauss Vianna