
Categoria
Subcategoria
Ano
País
Estado
Cidade
Estilo de Dança
Descrição
Imagens do espetáculo “Marília de Dirceu (Inconfidência Mineira)”, em homenagem a Dona Anita Uxa, com coreografia de Klauss Vianna (1928-1992) e músicas de modinhas imperiais de Mario de Andrade (1893-1945).
O Ballet moderno é quase que uma escola de reação contra o virtuosismo técnico dos “Pas-De-Deux” clássicos. Cheia de símbolos e síntese, exige uma atenção diferente do público para sua maior compreensão. A música (quando existe) é somente para sugerir o ambiente da situação.
Em “Marília de Dirceu” a procissão é representada pela passagem de uma santa. O encontro dos dois personagens durante a pro-cissão, está cheio do misticismo sugerido pelo quadro anterior. A luta de Marília e Dirceu, pelo ideal de liberdade da Pátria, esta presente nos gestos amplos do 3. quadro. O amor, e a separação dos dois, causada pelo exílio de Dirceu, estão quase que associados nos dois quadros finais. A ausência de música, e os movimentos circulares entre a ligação de um quadro e outro, representam a passagem do tempo.
1º quadro – A passagem de uma procissão
2° quadro – O encontro de Marília e Dirceu
3° quadro – A construção do ideal
4º quadro – O amor que os ligou
5º quadro – O exílio e a separação
O Ballet Klauss Vianna, grupo dirigido pelo casal Angel e Klauss Vianna na escola de dança, foi formalizado em 19 de setembro de 1959. Angel Vianna atuava como primeira bailarina e coreógrafa. Desde o início, o grupo se destacou por seu caráter inovador ao não encarar o balé como algo fechado, preocupando-se em quebrar as fronteiras entre as artes e construir uma dança genuinamente brasileira. Com esse grupo, Angel e Klauss Vianna puderam aprofundar suas pesquisas, tanto técnicas quanto coreográficas, e desenvolver processos que já haviam iniciado alguns anos antes. A cerimônia de criação do grupo ocorreu em 1º de novembro de 1959, no auditório do Lions Club. O corpo administrativo do Ballet Klauss Vianna era composto por Carlos Denis Machado (presidente), Ivan Ângelo (secretário), Klauss Vianna (diretor artístico) e pelos membros do conselho administrativo: Anita Uxa, Ana Marina Vianna, Oscar Hermanny, Hélio Vaz de Melo, Gilson de Paula, Jacques do Prado Brandão e Júlio Pudles. Angel foi a colaboradora e pensadora, juntamente com Klauss, de todos os passos da escola e do grupo profissional.
Ficha Técnica
Música: Modinhas imperiais coligidas por Mário de Andrade e Orquestra Sinfônica da Polícia Militar | Coreografia: Klauss Vianna | Cenário e guarda-roupa: Augusto Deggois | Personagens: Angel Vianna (Marília), Ceme Jambay (Dirceu), Pompéia Pires (Santa Efigênia).