Bailarino, coreógrafo e professor, Rodrigo Giése, carinhosamente conhecido como Rodriguinho, faleceu em Belo Horizonte, nesta quinta-feira, 9 de outubro, aos 58 anos. Figura fundamental da dança em Minas Gerais, ele dedicou quase quatro décadas à Cia. de Dança do Palácio das Artes e ao Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), instituições às quais deixou um legado de sensibilidade, humor e compromisso com a arte.

Rodrigo Giese e Karla Couto em sessão de fotos com Carlos
Ernesto Falci.
Giése integrou a Cia. de Dança do Palácio das Artes em 1985, marcando presença em obras que se tornaram parte da história da companhia, como La Valse (1993), de Luis Arrieta; Serenata (1994), de Rodrigo Pederneiras; Relâche (1995), de Tíndaro Silvano; e 22 Segredos (2009), concebido por Sônia Mota e coreografado pelo elenco da Cia.
Ao longo dos anos, passou também a atuar como coreógrafo, criando obras para o Cefart, o Ballet Jovem Minas Gerais e para óperas da Fundação Clóvis Salgado, instituição à qual esteve vinculado por toda a carreira. Nos últimos três anos, atuava como professor e coreógrafo da Escola de Dança do Cefart, contribuindo para a formação de novas gerações de artistas.
Entre suas criações mais recentes estão Butô? Butô tudo que lembrô e achô, Bento, Dos filhos deste solo, Mais um sem título, Tira o Piqué do Chainé, que eles querem é breu e Ad Libitum, trabalhos que revelam sua inquietude criativa e olhar atento para o corpo e suas expressões.
Rodriguinho deixa uma trajetória marcada pela generosidade, pelo humor e pela crença no poder transformador da dança, uma presença que seguirá ecoando nos palcos e nos corpos que ajudou a formar.
Fonte: Estado de Minas.
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