Início está reflexão a partir de uma percepção totalmente pessoal. A dança sempre esteve ligada a quem não é profissional como uma prática que permeia a socialização, a saúde, o bem-estar, ou seja, uma prática para “movimentar o corpo”.

Como professora de dança e bailarina profissional, percebo que pós pandemia as pessoas continuam tendo esses estímulos para dançar, mas permeia também uma vontade artística, um sonho que ainda não foi realizado. Isso no aspecto de alunos adultos de dança.

Quando falo alunos adultos de dança me refiro a pessoas com idade de 30 ou mais anos. Assim fortalece o cenário artístico e o mercado da dança voltado para adultos, que tem estímulo para aprender alguma técnica de dança, ou a voltar a dançar.

Por exemplo existem escolas de dança contendo turmas de ballet adulto iniciante; jazz adulto iniciante; sapateado adulto iniciante; turmas com conhecimentos das referidas danças. Festival de dança como o de Joinville, oferecendo mostra competitiva para adultos 40+ e 60+. Também entre outras atividades de danças voltadas exclusivamente para alunos adultos e da melhor idade.

Antigamente a vida do bailarino(a) não era muito longa, pois, aos 30 anos já era considerado(a) um(a) bailarino(a) “inapto(a)” para dança, fazendo com que ele/ela se aposentasse dos palcos e obrigatoriamente se tornasse professor (a). Felizmente esse cenário etarista da dança vem mudando gradativamente, proporcionando cada vez mais a ocupação dos espaços artísticos por: bailarinos(as) profissionais; ex bailarinos(as) profissionais; bailarinos(as) iniciantes com 30 anos ou mais para dançarem, se sentirem bem e realizados.         

Portanto, ouso dizer o que a dança aguarda para 2024 é um ambiente saudável, maduro, experiente, potente, persistente, com corpos dançantes adultos que estão dispostos a se entregarem a essa arte de maneira inteira e sem medo de julgamentos. Porque sim a dança é para todos e para todas as idades, seja ela para as pessoas buscarem um aprimoramento técnico e artístico; para realizar um sonho antigo; para quem nunca dançou; para sua saúde corpórea e mental; ou para voltar a dançar como bailarina profissional.