MURAL DA DANÇA

Cooperativa Paulista de Dança anuncia premiados do IX Prêmio Denilto Gomes de Dança

Sábado, 26 de Março de 2022 | por Portal MUD |

Cooperativa Paulista de Dança anuncia premiados do IX Prêmio Denilto Gomes de Dança

Mesmo que 2021 tenha sido mais um ano adverso em decorrência da Pandemia da Covid-19, os profissionais do setor não pararam de pesquisar, produzir e fazer dança. Aliás, foram além, continuaram lutando pela aprovação e implementação de leis e programas que possam estruturar de maneira digna o setor.

E sendo a Cooperativa Paulista de Dança, uma entidade que abarca centenas destes profissionais, não podíamos deixar de realizar mais uma edição do Prêmio Denilto Gomes de Dança.

Para a nona edição, contamos com a sensibilidade da Comissão de Seleção formada por Fernanda Ferreira, Mainá Santana e Gal Martins que tiveram a incumbência de apontas os profissionais merecedores da premiação.

A cerimônia de premiação, assim como aconteceu em 2021 será virtual, no dia 12 de abril às 19h30, com transmissão ao vivo via Facebook da Cooperativa Paulista de Dança.


Abaixo a lista de premiados:

1. PERSONALIDADE DA DANÇA | Tião Carvalho

2. AÇÃO POLÍTICA | José Renato

3. ARTISTA REVELAÇÃO | Rodrigo Alcântara

4. PROJETO DE DANÇA | Jussara Miller pelo projeto ‘Verdes e Ouvirdes’

5. PLASTICIDADES CÊNICAS | Cenário - Rodrigo Cândido pela cenografia do espetáculo ‘Tirem os Sapatos’ (Cia Diversidança) | Figurino - By Babis e Ana Lúcia pelo figurino do espetáculo “Ensaio para o verdadeiro Momento do Falso” (Próximo Coletivo de Dança) | Iluminação/Fotografia - Cammino Núcleo de Dança pela fotografia da Obra “Voz(s) que dança” | Trilha Sonora - Alex Barbosa (Coletivo Calcâneos) pela trilha sonora do espetáculo “Carmen”

6. INTERATIVIDADE ONLINE | Renan Marangoni (Corpo Molde) pelo “Programa CENA”

7. DIFUSÃO DE DANÇA | Dança nas Bordas (Cia Diversidança)

8. PLATAFORMA DE MÚLTIPLAS AÇÕES COLABORATIVAS | Cia Dual pelo Projeto “Danças Paulistas - Dos Guarani aos B.Boys”

9. MEMÓRIA E/OU CRÍTICA EM DANÇA | Cia Perversos e Polimorfos, pela série de vídeos “Ensaios Perversos - Conversas sem fim”

10. INFÂNCIAS | Lagartixa na Janela, pelo espetáculo “Sobre as Coisas”

11. PERFORMATIVIDADE | Estela Lapponi, pela performance "Solos"

12. INTÉRPRETE | Paula Salles, pelo espetáculo “Entre Glúteos, Cadeiras e Histórias”

13. DRAMATURGIA E DIREÇÃO | Djalma Moura, pela obra Iku (Núcleo Ajeum)

14. FILME DE DANÇA | Nave Gris Cia Cênica, pelo filme de dança “Corredeira”


A Comissão concedeu ainda menções honrosas para:

1 - Elenco | Para elenco de Cia Carne Agonizante em "Pequenas Fábulas" | Para elenco de TF. Style em "Zona Cinzenta"

2 - Intérprete | Robson Jacqué em "Woyzeck"

3 - Projeto de Dança | Ângelo Madureira por "Delírio"

4 - Plasticidades Cênicas - Cenário | Eliseu Weide (Cia Danças Sem Fronteiras) - pela cenografia de "Ciranda de Retina e Cristalino"

5- Plataforma de Múltiplas Ações Colaborativas | Para Cia Fragmento de Dança, pelo projeto “Mulheres em Cena”

6 - Filme de Dança | Para Carolina Moya e Julia Giannetti, pelo filme de dança “Ciaporã - Da casa do povoador à Lagoa da Alma” | Para Bárbara Malavoglia e Bianca Turner, pelo filme de dança “Matakala” | Para Kleber Lourenço e Osmar Zampieri, pelo filme de dança “Pedreira” | Para Dentre Nós Cia Dança, pelo filme de dança “Todes Nós”


Sobre a Comissão

GAL MARTINS | Artista e pensadora em dança, atriz, arte educadora, gestora cultural e cientista social. Em 2002 cria a Cia Sansacroma, grupo paulistano de dança contemporânea preta. Também criou em 2016 a Zona Agbara grupo de dança formado por mulheres negras e gordas. Criou e sistematizou a metodologia de formação em dança denominada A Dança da Indignação. Recentemente atuou como curadora e assessora artística da 13ª do programa Dança Contemporânea do Sesc TV o que rendeu sua indicação ao Prêmio APCA 2020. Atualmente também atua como Supervisora Artística Pedagógica do Programa Fábricas de Cultura.

FERNANDA FERREIRA | Fernanda Ferreira é artista - articuladora- ativista e produtora em dança. Integrante fundadora do Coletivo Anônimos da Dança de Piracicaba. Coordenadora do Conselho Municipal de Política Cultural de Piracicaba (2021-2023). Integrante e Colaboradora da Companhia Estável de Dança de Piracicaba. Diretora do Núcleo Sala de Ensaio. Integrante dos grupos de Cultura Popular: Samba de Lenço de Piracicaba, Maracatu Baque Caipira e Quilombo Vila África.  Doutoranda e Mestra em Educação Estética. Pedagoga e Especialista em Ensino e Metodologias da Arte.

MAINÁ SANTANA | Mainá Santana é artista da dança, escritora, psicóloga e especialista em arte-educação. Em São Paulo, atuou na Cia Carne Agonizante, na Jorge Garcia Cia. de Dança, com passagens por outras companhias da cidade. É mediadora, organizadora de debates e palestrante em assuntos ligados a dança e a luta antirracista, além de banca de editais. Atualmente, escreve sobre dança para o Projeto Escritas de Okan, de Deise de Brito, desenvolve projetos de videodança e participa como atriz em filmes e outras produções audiovisuais. Em São Paulo, foi membro do Fórum de Danças Contemporâneas - Corporalidades Plurais e, em Natal (RN), se articula no Setorial de Dança do estado e no Fórum de Danças da cidade.


Sobre o Prêmio Denilto Gomes:

Com o intuito de ampliar a visibilidade das produções artísticas de dança desenvolvidas no estado de São Paulo, a Cooperativa Paulista de Dança criou o PRÊMIO DENILTO GOMES DE DANÇA em 2013. Constituída em 2005, a Cooperativa reúne dezenas de coletivos de dança que gestam o mesmo ofício de diferentes formas, assegurando na prática cotidiana o espaço para a diversidade do pensar e do fazer como possibilidade de seguir construindo um segmento forte que consiga, ao menos em parte, ecoar a voz de tantos outros coletivos espalhados por este país-continente chamado Brasil.

Natural  de Sorocaba, Denilto Gomes desenvolveu, como intérprete e criador, trabalhos de grande importância para a história da dança contemporânea brasileira. Através das influências de Janice Vieira, Maria Duschenes e do diretor Takao Kusuno, Denilto construiu uma emblemática trajetória. Sempre provocador, agregou, com maestria, visceralidade, contundência e leveza em seus espetáculos. Seu modo peculiar de criar tinha forte influência dos elementos da natureza e dos ritos ancestrais e sua presença cênica provocava forte impacto na plateia. Considerado um transgressor da dança, se manteve irrequieto até morrer prematuramente em 1994, aos 41 anos.

Por estes motivos e muitos outros feitos deste artista, que escreveu através do seu movimento, potentes poemas de dança, a Cooperativa Paulista de Dança decidiu homenageá-lo com o prêmio, que será anual e pretende buscar uma integração maior e mais consistente entre os artistas da dança paulista.

O objetivo da CPD é implantar o prêmio considerando os modos de entender a dança que está inserida no estado, e com isso jogar uma luz sobre suas especificidades e favorecer uma compreensão mais ampla sobre suas abrangências.



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