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Categoria
Subcategoria
Ano
Data do Evento
17, 26, 27 e 30 de novembro
País
Estado
Cidade
Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo
Estilo de Dança
Tipo do Material
Descrição
Nas palavras de Klauss Vianna sobre o espetáculo:
“A Dança como Dança pode ser considerada em nossos dias, o correspondente à poesia na literatura.
O domínio dessa arte, em nossos dias, obedece a certas regras e convenções em função de um ideal estético antecipadamente suposto e proposto.
Mas é possível pensar a Dança para além destes limites, como uma das raras atividades em que o homem se engaja plenamente de corpo, espírito e emoção. Mais do que uma maneira de exprimir-se através do movimento, a Dança é um modo de existir – é também a realização da comunidade viva dos homens.
Reflete-se muito pouco sobre o sentido e o lugar da Dança numa sociedade fragmentária que a todo momento submete o corpo-humano a um verdadeiro massacre, condenando-o assim à mais completa imobilidade.
O corpo-humano permite uma variedade infinita de movimentos dançantes, que brota de impulsos interiores e se exteriorizam através do gesto, compondo na relação intima com o ritmo, o espaço, o desenho das emoções, dos sentimentos e das intenções.
Mas se como para nós a Dança é um modo de existir, cada um de nós possui a sua Dança original, singular e diferenciada, e é a partir dai que ela evolui para uma forma de expressão em que a busca da individualidade possa ser entendida pela coletividade.
Seguramente a Dança brasileira já conquistou seu público, e a ausência dele nos recentes espetáculos, só se justifica pela falta de qualidade e originalidade do que vem sendo mostrado.
Com raras e honrosas exceções, a Dança brasileira não tem conseguido chegar a uma forma de expressão particular, que traduza o sentimento e a cultura brasileira e a eleve à categoria de obra de arte.
Grupos independentes e não independentes ficam quase sempre no arremedo da forma e da técnica mal incorporada, sem ultrapassar assim os limites de propostas estéticas incertas e superadas.
A Dança não é apenas espetáculo. 0 entusiasmo de um público novo e fervoroso, não levara a parte alguma se uma profunda revolução na expressão do movimento, não lhe devolver seu lugar no seio de uma sociedade que busca definição.
Após 40 anos de reflexão, e um trabalho vivo de 2 anos intensos, coloco nossas ansiedades e questionamentos em um espetáculo que possa se converter numa expressão viva e singular, transcendendo a sala de aula para ganhar os palcos, as ruas e a vida.”
Ficha Técnica
Elenco: Izabel Costa, Duda Costilhes, Lelia Monteiro (bailarinos), João de Bruçó (músico-ator) | Argumento e roteiro: Klauss Vianna e Mario Drumond | Participações especiais: João de Bruço (voz-percussão solo – 1° Mov), Nahim Marun (piano solo – 2° Mov), John Boudler (regente) e Grupo de Percussão do Instituto de Artes do Planalto e Coral da Secretaria de Cultura do Estado de SP (perc. e coro 3° Mov) | Direção geral e artística: Klauss Vianna | Direção musical: Carlos Kater | Direção de arte: Fernando Tavares | Direção de produção: Mario Drumond | Produção executiva: Marilene Golfette | Divulgação e propaganda: CPG Propaganda e Marketing LTDA | Textos: Alberto Guzik | Fotografia: Dario de Freitas | Assistente de maquiagem: Leopoldo Pacheco | Iluminação: Jorge Carvalho | Gravação: Estúdio Cítara | Sonoplastia: João Eduardo Canônico | Realização: Atravez Associação Artístico Cultural
Artista/Cia/Grupo/Instituição
Local
Teatro Cultura Artística, Grande Teatro do Palácio das Artes e Teatro Villa Lobos
Acervo doado por
Coleção
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