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Ano
Data do Evento
30 de janeiro
País
Estado
Cidade
Descrição
No concerto “Mães Ancestrais”, a intérprete soprano dramática Inaicyra Falcão apresenta ao público composições presentes no CD “Okan Awa (Nosso Coração)”, disco que projetou a artista no cenário musical nacional ao interpretar cânticos tradicionais yorubá adaptados ao universo lírico. Okan Awa foi lançado em 31 de março de 2000 em homenagem ao centenário de nascimento da avó de Inaicyra, Maria Bibiana do Espírito Santo, a Mãe Senhora, Iyalorixá Oxum Muiwá, Iya Nassô. A artista é descendente da tradicional família Asipa, uma das linhagens fundadoras do reino africano de Keto. Os cânticos possuem letras em português e yorubá, isto é, a língua da tradição religiosa, preservada pela comunidade afro-brasileira, legado cultural do povo Nagô. As adaptações foram feitas por Inaicyra Falcão, Beto Pelegrino e Paulo Adache, trabalhadas em cima de poemas em iorubá chamados orikis.
Inaicyra Falcão possui Graduação em DANÇA pela Universidade Federal da Bahia, Mestrado em ARTES TEATRAIS, dissertação: ‘The Ritual Dance in Bahia’, University of Ibadan/Nigéria. Doutorado em EDUCAÇÃO pela Universidade de São Paulo/Brasil; ‘Da Tradição Africana-Brasileira a uma Proposta Pluricultural de Dança-Arte-Educação’. Livre-docente na área de PRÁTICAS INTERPRETATIVAS/Dança do Brasil; ‘Entrelaçar: a Dinâmica da Trama’, Unicamp. Frequentou o curso de Dança Moderna no Studio Alvin Ailey, Dança Contemporânea na Schola Cantorum, Paris/França, com bolsa do Governo Francês. Desenvolveu pesquisa junto à Universidade Obafemi Awolowo/Ifé/Nigéria com bolsa do CNPq e no Laban Centre for Movement and Dance/Inglaterra, com bolsa do Conselho Britânico. Foi docente do curso Theatre Arts University of Ibadan, da Graduação em Dança do Departamento de Artes Corporais da Universidade Estadual de Campinas e do curso de Pós-graduação em Artes, Instituto de Artes, Unicamp. Coordenou o Grupo de Pesquisa Interinstitucional Rituais e Linguagens do Diretório do CNPq. Publicou o livro Corpo e Ancestralidade: uma Proposta Pluricultural de Dança-Arte-Educação e é uma das organizadoras do livro Rituais e Linguagens da Cena: Trajetórias e Pesquisas sobre Corpo e Ancestralidade. Tem se dedicado como pesquisadora à dança e à tradição da cultura africano-brasileira na arte-educação, e ao canto lírico na releitura de cânticos ancestrais. O seu CD Okan Awa: Cânticos da Tradição Yorubá, ao lado das publicações, contribuem no aprofundamento da reflexão sobre o trabalho do artista cênico, orgânico e plural, o qual ancora-se na dinâmica de uma cultura tradicional e contemporânea. Está voltada para os seguintes temas: processos de criação, história de vida na dança contemporânea, ancestralidade africano-brasileira, educação pluricultural e canto. Recebeu o Prêmio Milu Vilela – Itaú Cultural 35 anos, pelo reconhecimento de sua trajetória longeva e definitiva na construção e transformação da nossa cultura. A 35ª Bienal de São Paulo, Coreografias do Impossível, comissionou, celebrando a sua história, o projeto Tokunbó: Sons entre Mares, composto de uma publicação, da gravação e da apresentação de um disco e sua performance lírica.
Ficha Técnica
Intérprete: Inaicyra Falcão | Direção musical e violão: Márcio Pereira | Percussão: Nielton Marinho | Concepção Cenográfica: Tulany e Josi Acosta | Programação visual e fotografia: Sidney Rocharte | Técnico de som: Jeferson Souza | Iluminação: Tássio Ferreira | Figurino: Jorge Andrade | Maquiagem: Mário Farias | Turbante: Isa Oliver | Assistente de produção: Karla Koimbra, Daniel Lira e Sérgio Laurentino | Coordenação geral e produção executiva: Josi Acosta | Apoio divulgação: Catarina Reimão | Realização: Acosta Produções Artísticas
Artista/Cia/Grupo/Instituição
Local
Teatro Sesc-Senac Pelourinho
Coleção
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