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Antônio Carlos Rebesco, mais conhecido como Pipoca, morreu neste domingo aos 77 anos. Reconhecido como diretor e produtor de TV, deixou uma contribuição fundamental para a presença da dança na televisão brasileira, área na qual se especializou e pela qual recebeu premiações importantes.
Com atuação marcante na TV Cultura, onde trabalhou entre 1969 e 1993, Pipoca esteve diretamente envolvido na produção e direção de programas que ampliaram a circulação de espetáculos de dança na televisão. Foi um dos responsáveis pela captação e direção de obras como Dança Contemporânea para o Sesc TV e Corpo de Baile na TV Cultura, contribuindo para a construção de um repertório audiovisual especializado em dança. Sua trajetória inclui ainda trabalhos em Portugal, na RTP, além da direção de grandes programas populares no Brasil.
Além das produções televisivas, Pipoca foi pesquisador da relação entre dança e TV, concluindo, em 2010, uma pós-graduação na FAAP com a monografia A Dança na TV. Seu interesse ultrapassava a documentação de espetáculos: tratava-se de pensar linguagem, enquadramentos, ritmo e modos de traduzir o movimento para a tela. Essa dedicação rendeu a ele quatro premiações da APCA, sendo três como diretor de TV e uma menção honrosa pela contribuição à memória e à linguagem da dança na televisão.
Pipoca também formou gerações. Atuou como professor na Fundação Armando Álvares Penteado, onde participou da implantação do curso de Rádio e TV. Compartilhou experiências acumuladas em produções de dança, música, teatro e grandes eventos televisivos, conectando a prática profissional ao ensino e ao pensamento crítico sobre imagem e cultura.
Diretor da produtora independente Pipoca Cine Vídeo nos últimos anos, mantinha sua atuação voltada especialmente à captura de espetáculos de dança.
O velório será realizado nesta segunda, dia 24 de novembro, das 11h às 15h, no Velório A – Vila Mariana, na Rua Batista Caetano, 300, no bairro Aclimação, em São Paulo.
O Portal MUD presta homenagem a Antonio Carlos Rebesco, o Pipoca, por seu papel indispensável na história da dança no Brasil e por contribuir para que a televisão se tornasse também um território do movimento.
Fontes: Plataforma Lattes e portal Notícias da TV.
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