Crédito das Fotos: Cia Artesãos do Corpo. Foto Fabio Pazzini
15 companhias do Brasil e estrangeiras ocupam oito espaços da cidade com uma extensa e diversificada programação: as sextas, sábados e domingos concentram as apresentações coreográficas; oficinas e sessões de videodança recheiam os dias de semana. Festival se encerra em São Paulo com o Urbaninhas, pensado especialmente para o público infantil.
De 5 a 19 de abril, acontece em São Paulo mais um Visões Urbanas – festival internacional de dança em paisagens urbanas, concebido e realizado pelos artistas e pesquisadores Ederson Lopes e Mirtes Calheiros. Nesta 12ª edição, artistas do Brasil, Bélgica, Itália, Estados Unidos e Ucrânia se encontram para uma diversificada e intensa programação acolhida em oito espaços da cidade: espetáculos e intervenções ocupam o Vale do Anhangabaú, o Instituto Italiano di Cultura, a Casa das Rosas e as unidades Santo Amaro e Campo Limpo do Sesc; o Centro de Referência da Dança recebe oficinas e exposição fotográfica; e a Lara Mara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual, e o MIS – Museu da Imagem e do Som exibem mostra de videodança. No dia 20, Visões Urbanas, em sua versão “Extensão”, viaja para a Baixada Santista e ocupa o Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente. Toda a programação é gratuita.
Com o desejo de trabalhar sobre a idéia de resistência no tempo, o olhar curatorial focou em artistas com uma trajetória que, de certa forma, traduzem permanência na arte e na pesquisa. “Por isso, esta edição reúne, em boa medida, artistas mais maduros, valorizando a contribuição desses artistas que aproximam diferentes tempos históricos, que seguem criando e cujos trabalhos estão em contínuo diálogo com o nosso tempo”, afirma Mirtes Calheiros, diretora da Cia Artesãos do Corpo e curadora artística do Festival.
A abertura do Visões Urbanas acontece na tarde de sexta (5/4), a partir das 17h, com cinco performances apresentadas em sequência nos baixos da Praça Ramos de Azevedo, onde localiza-se o Monumento a Carlos Gomes e a Fonte dos Desejos, no Vale do Anhangabau. Começa com “Outono”, da companhia italiana Arearea, seguida da carioca Cia Gente, com “Fio do Meio” (Ato nº 1 – A crise das Borboletas); “RedBlueWhiteBlack&Orange – a dança da resistência”, com a Maida Withers Dance Construction Company (EUA/Ucrânia); a Flex companhia de dança do Ceará, com “Transeuntes”, e Cilô Lacava, de São Paulo, com “Oximoro II”.
No sábado (6/4), a programação começa às 11h, no Instituto Italiano di Cultura, em Higienópolis, com o bailarino Luis Arrieta em sua mais recente criação “Umbral”, apresentada em três atos de forma intercalada entre os trabalhos “Outono”, da Cia Arearea, e “Empreintes”, da Cia Irene K, da Bélgica. A partir das 16h, o palco é a Casa das Rosas, com a reapresentação de “RedBlueWhiteBlack&Orange – a dança da resistência”, com a Maida Withers Dance Construction Company; “Em Solilóquio”, trabalho de Maria Mommensohn (São Paulo); e “Transformações | O Tempo do Corpo”, performance de Dorothy Lenner, de Minas Gerais.
A Casa das Rosas segue com as apresentações do domingo (7/4), novamente com os três atos de Umbral, de Luis Arrieta, permeando outros dois trabalhos – “Eu por detrás de Mim”, com a Cia de Danças de Diadema, e “Empreintes 2”, da Cia Irene K.
Na sexta e sábado seguintes (dias 12 e 13/4), as unidades do Sesc entram no circuito para o Visões Periféricas. Na tarde de sexta (16h30), o Santo Amaro acolhe “O Corpo no Desenho”, trabalho de Lara Dau Vieira (São Paulo) dirigido ao público infanto-juvenil. A partir das 20h, Luis Arrieta dança o Primeiro, o Segundo e o Terceiro Umbral entre as apresentações de “Transformações | O Tempo do Corpo”, de Dorothy Lenner; e “Tabibito viajante”, performance fugaku do Núcleo Fu Bu Myo In, de Toshi Tanaka. Sábado, no Sesc Campo Limpo, o programa é vespertino, entre 14h e 16h, com “Oximoro II”, de Cilô Lacava, “Em Solilóquio”, com Maria Mommensohn; “Senhor Calvino”, da Cia Artesãos do Corpo, e “Travessia”, com o grupo Caixa de Imagens, todos de São Paulo.
A programação de apresentações se encerra, em São Paulo, na sexta, dia 19, com o Urbaninhas, uma seleção de trabalhos mais direcionados ao público infantil, que acontece ao ar livre na Casa das Rosas. A partir das 11h, o Grupo Caixa de Imagens apresenta “Travessia”, seguido de Lara Dau Vieira, com “O Corpo no Desenho” e “Sr. Calvino”, da Cia Artesãos do Corpo.
Programação paralela
Para além das apresentações, o Festival oferece, de 8 a 11/4, quatro oficinas realizadas no Centro de Referência da Dança, com inscrições abertas: “Dança Contemporânea – Exercícios de Estilo”, com Roberto Cocconi, diretor da Cia Arearea (Itália); “Encontro: Escolhas, objetivos, dimensões”, com Dorothy Lenner; “Paisagens do Corpo”, com Mirtes Calheiros, diretora da Artesãos do Corpo; e “Performance Fugaku”, proposta por Toshi Tanaka.
O CRDSP também sedia a exposição fotográfica “Dançar a Rua”, que traz a dança contemporânea em diálogo com a arquitetura da cidade, sob o olhar de Fabio Pazzini, dentro das 11 edições anteriores do Festival Visões Urbanas.
Realizada anualmente por meio da parceria entre os festivais Visões Urbanas, de São Paulo, e o InShadow, de Lisboa, a Mostra de Videodança acontece em dois espaços: na quarta, dia 17, tem exibição com audiodescrição na Lara Mara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual; e na quinta, dia 18, rola no MIS – Museu da Imagem e do Som.
A dança em paisagens urbanas
Concebido em 2006, pelos artistas Mirtes Calheiros e Ederson Lopes (Cia Artesãos do Corpo), o Visões Urbanas faz parte da rede internacional de festivais “CQD – cidades que dançam”, conectando São Paulo com cidades da Europa e América Latina, para promover a circulação, a troca e o intercâmbio de artistas e trabalhos criados para espaços públicos.
Nesta edição, o festival repete a experiência de descentralização da produção cultural para outras cidades – já aconteceu em São Bernardo do Campo, Embu-Guaçu, Maceió (Al) e Campinas –, sendo acolhido pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, cidade litorânea de São Paulo, em versão poket, com a apresentação de “Tabibito Viajante”, com o Núcleo Fu Bu Myo In, “Travessia”, da Caixa de Imagens, e “Sr. Calvino”, com a Cia Artesãos do Corpo, que encerra o Festival no dia 20.
XII Visões Urbanas / 2019 foi contemplado pelo Proac – Festivais de Artes II.
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