Fotomontagem: Milena Rosa
A Trilogia Terrestre (28 a 30/11) e O Baile da Terra (5 a 7/12)integram a Temporada França-Brasil 2025 em comemoração aos 200 anos da relação diplomática entre os países, e combinam arte, ciência e ecologia para repensar nossas representações da Terra.
Em sintonia com o momento em que o mundo voltou os olhos ao Brasil durante a COP30 — encerrada no último dia 21, em Belém — o Sesc Consolação apresenta, dentro da Temporada França-Brasil 2025, dois espetáculos inéditos no país que colocam em cena um dos debates centrais deste século: como imaginar a Terra em transformação e reinventar nossas relações com o mundo vivo.
Entre 28 e 30 de novembro, a companhia francesa Zone Critique traz ao Brasil a Trilogia Terrestre, série de conferências-performances concebida por Bruno Latour(1947–2022) e dirigida por Frédérique Aït-Touati. Já nos dias 5 a 7 de dezembro, o público é convidado a um ritual cênico-musical, como parte da plateia ou do palco, com O Baile da Terra, criação coletiva da mesma companhia.
Ambos os trabalhos integram o eixo de ações internacionais da Temporada França-Brasil 2025, iniciativa bilateral que celebra intercâmbio cultural e o diálogo social entre os dois países, fortalecendo uma relação construída ao longo de dois séculos.
O Sesc São Paulo é parceiro local da Embaixada da França no Brasil, do Consulado-Geral da França em São Paulo e do Institut Français, promovendo dezenas de atividades no estado.
Sobre os espetáculos

Trilogia Terrestre. Foto: LeTangram
Trilogia Terrestre
28 a 30/11 • Sesc Consolação
Resultado de um processo singular de pesquisa no Théâtre Nanterre-Amandiers, a Trilogia Terrestre articula ciência, filosofia e cena contemporânea para repensar nossas representações do planeta e questionar as consequências estéticas e políticas da atual crise ecológica, inspirando-se no pensamento do filósofo Bruno Latour.
Em INSIDE, Latour e Aït-Touati explora alternativas visuais à imagem obsessiva e enganosa do “globo”. Moving Earths mergulha na experiência de uma Terra em movimento. Já VIRAL é uma exploração da contaminação como processo essencial para a constituição do nosso mundo e uma reflexão sobre as consequências políticas de uma redefinição ampliada do que é o vivente.
O ator Duncan Evennou, parceiro histórico da Zone Critique, guia o público por esse percurso que faz do teatro um laboratório de experimentação da imaginação terrestre.
Ficha Técnica
Uma conferência-performance de Frédérique Aït-Touati e Bruno Latour
Texto: Bruno Latour
Encenação: Frédérique Aït-Touati
Com: Duncan Evennou
Dispositivo cênico, vídeo e luzes: Patrick Laffont De Lojo
Dramaturgia: Camille Louis
Assistente: Esther Denis
Imagens e animação (INSIDE, MOVING EARTHS): Alexandra Arenes, Axelle Grégoire, Sonia Lévy
Som (INSIDE): Eric Broitmann com a colaboração de IRCAM
Música (VIRAL): Grian Chatten
Esculturas (VIRAL): Marie-Sarah Adenis
Colaboração científica: Déborah Bucchi, Emanuele Coccia, Sébastien Dutreuil, Nikolaj Schultz, Andrew Todd
Produção: Critical Zone Cie
Coprodução: Théâtre Nanterre-Amandiers, KünstlerhausMousonturm Frankfurt, Centre Pompidou, DICRéAM, Carasso Foundation, NA Fund, Berliner Festspiele
Equipe Brasil
Direção de produção: Dora Leão – PLATÔproduções
Coordenação técnica: Ronaldo Zero
Assistência de produção: Fernanda Gama
Técnico de luz: Nicolas Caratori
Técnica de som: Emilie Becker
Técnico de vídeo: Rodrigo Gava
Técnico/as de palco: Calu Batista, Dea Millene, Hugo Penaforte, Marília Campos, Tamires Santino
Cenotécnico: Enrique Casa
Camareira: Arieli Marcondes

O Baile da Terra. Foto: Zone Critique Cie
O Baile da Terra
5 a 7/12 • Sesc Consolação
Inspirado no verbo italiano ballare — dançar, mas também balançar, oscilar, tremer, estremecer, escorregar, girar, rolar, naufragar — O Baile da Terra transforma o público em parte de um rito coletivo, no qual dança, teatro e música constroem um grande salão de corpos em movimento.
O Baile da Terra é a Terra que perde o rumo e sai de sua órbita. É a Terra que se comove tanto quanto se move. Se hoje a Terra vacila sob nossos pés, que dança e que música podemos inventar com os seres que a habitam?
Frédérique Aït-Touati, conhecida por ocupar e reinventar espaços fora dos palcos tradicionais, reúne público e intérpretes em um salão de baile nada convencional, em um cruzamento entre dança, teatro e criação musical. Ali, o ato de dançar junto se converte num ritual capaz de evocar as forças da natureza, os ciclos geológicos, os abalos naturais, as catástrofes e os tumultos do mundo.
Ao retomar a tradição dos grandes bailes populares, o espetáculo convoca uma comunidade terráquea que oscila entre emoções contraditórias: a alegria dos corpos em movimento e o terror de um chão que se desfaz sob os pés, o êxtase da dança e a vertigem de sentir a Terra se erguer.
Do palco ou da plateia, o público é convidado a experimentar, no corpo, o que a ciência aponta como urgência — e que a arte traduz em sensibilidade, tensão e imaginação.
Ficha Técnica
Uma criação coletiva de Frédérique Aït-Touati, Esther Denis, Duncan Evennou, Madeleine Fournier, Camille Louis, Olivier Normand e Alvise Sinivia
Concepção e direção: Frédérique Aït-Touati
Assistente de direção: Ester Denis
Composição musical: Alvise Sinivia, assistido por Simon Garrette
Coreografia: Madeleine Fournier
Dramaturgia: Camille Louis
Design de som: Simon Garrette
Direção de palco: Quentin Pallier
Com: Duncan Evennou, Madeleine Fournier, Olivier Normand e Alvise Sinivia
Produção: Compagnie Zone Critique
Coprodução: Bienal de Veneza a convite de Jos Auzende e Anna Tardivel, Institut Français, Chaillot – Théâtre national de la Danse, Chaire Beauté.s, CDN de Tours
Residências: Bienal de Veneza 2023, Fondation Camargo, Chaillot – Théâtre national de la Danse, Cromot, CDN de Tours
Equipe Brasil
Direção de produção: Dora Leão – PLATÔ produções
Coordenação técnica: Ronaldo Zero
Assistência de produção: Fernanda Gama
Técnico de luz: Nicolas Caratori
Técnica de som: Emilie Becker
Técnica de palco: Calu Batista
Camareira: Arieli Marcondes
Tradução e legendas: Tempo Filmes
Transporte de carga: Sax Logística
A companhia Zone Critique (França)
Criada em 2004, na Inglaterra, por Frédérique Aït-Touati, a companhia Zone Critique explora diferentes modos de escrita teatral e investiga as imagens e narrativas científicas e ecológicas. Por meio de colaborações com cientistas, músicos, designers, arquitetos, filósofos e videomakers, a companhia faz do teatro um espaço de experimentação e confronto com nossas representações do mundo e do vivente.
Serviço
TRILOGIA TERRESTRE
Conferência-performance de Frédérique Aït-Touati e Bruno LatourCom Companhia Zone Critique (França)
28 a 30/11/2025
Sexta e sábado, 20h
Domingo, 18h.
Teatro Anchieta – Sesc Consolação
Duração: 165 minutos
Classificação: 12 anos
Ingressos: R$ 70 (inteira), R$ 35 (meia-entrada), R$ 21 (credencial plena)
Vendas on-line: centralrelacionamento.sescsp.org.br e App Credencial Sesc SP
Vendas presenciais: bilheterias da rede Sesc SP
O BAILE DA TERRA
Concepção e direção Frédérique Aït-Touati
Com Companhia Zone Critique (França)
5 a 7/12/2025
Sexta e sábado, 20h.
Domingo, 18h.
Teatro Anchieta – Sesc Consolação
Duração: 50 minutos
Classificação: 10 anos
Ingressos: R$ 70 (inteira), R$ 35 (meia-entrada), R$ 21 (credencial plena)
Vendas para ver o espetáculo na Plateia: sescsp.org.br/programacao/o-baile-da-terra-plateia/
Vendas on-line para ver o espetáculo no Palco:sescsp.org.br/programacao/o-baile-da-terra
Vendas presenciais: bilheterias da rede Sesc SP
Mais informações: sescsp.org.br/consolacao
Programação completa Temporada França Brasil 2025 no Sesc: sescsp.org.br/francabrasil2025
Sesc Consolação
Rua Dr. Vila Nova, 245. São Paulo – SP. Informações: (11) 3234-3000
Sescsp.org.br / redes sociais: @sescconsolacao
Horários de funcionamento: Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, das 10h às 20h. Domingos, das 10h às 18h.
Portal MUD