Programação especial do Centro de Referência da Dança (set e out)

Crédito das Fotos: Slam do Corpo. Elvys Rodrigues


Programação prá lá de especial em setembro e outubro no Centro de Referência da Dança de São Paulo. 

Setembro no CRD começa com a Roda de Conversa “Entre corpos e Macumbas”, com os artistas Ericah Azeviche e Victor Ferreira, sobre o olhar mestiço às manifestações culturais afrobrasileiras (1º/9); e no dia 13, a Cia Damas em Trânsito e os Bucaneiros traz a última das três Rodas de Conversa com o filósofo Peter Pál Pelbart, que reflete sobre o corpo, a dança, a improvisação, o tempo, as relações e a coletividade.

Além de quatro oficinas pontuais ou de maior duração (“Corpo espaço corpo”, com a Cia de Dança Anderson Couto, “Rés”, da Corpórea Companhia de Corpos, “Modo Operativo AND”, com o Núcleo AND Lab São Paulo, de Naiá Delion – em encontros quinzenais até dezembro -, e  “Deuses que Dançam”, com Wellington Campos), já com inscrições abertas, acontece o laboratório “Você sabe que eu não confio em você, não sabe?”, com orientação de Clarice Lima, destinado a artistas da dança e mulheres jovens e adultas; dois grupos de estudos – a continuidade daquele iniciado em agosto, sob coordenação de Maria Mommensohn, sobre Rudolf Laban, que se estende até novembro, e “Manuseio do Cotidiano: gesto e memória em tensão”, com Camila Venturelli (todas as quintas, também até novembro), e ainda duas Residências Artísticas: “O Passo-Patrimônio como um meio de transformação do corpo”, criada por Ângelo Madureira, e “Arco_Íris”, proposta pelo artista português Alexandre Magno, para trazer à tona emoções físicas, medos e dúvidas que se articulam criando atos poéticos com o presente.

Dentro do programa CRD na Rua, a Cia. Les Commediens Tropicales e Quarteto à Deriva apresentam todas as terças, sextas e sábados, até novembro, a peça “Medusa Concreta”, que narra o mito da sacerdotisa do templo de Atena, assediada amorosamente por Poseidon e decapitada por Perseu.

A programação de espetáculos conta, em setembro, com sete trabalhos: a Cia de Dança Anderson Couto em “Corpo Espaço Corpo”, que propõe aprofundar a compreensão dos limites e potenciais da experiência do corpo (1º/9); “Leões com alguma suculência”, dueto criado por Leticia Sekito (Brasil) e Peter Michael Dietz (Dinamarca / Portugal), que abarca questões sobre o corpo e o movimento erótico (dias 4 e 5); a Plataforma Zero, que apresenta [mira], uma espécie de poética prática dos encontros em diálogo com os constantes conflitos da natureza humana (dia 6);  a Corpórea Companhia de Corpos com “Rés”, espetáculo que tem como temática o universo do encarceramento feminino e a vulnerabilidade desse corpo (dia 10); “Amor em 4 atos – Tranças de Teresa”, pesquisa da Cia da Vila sobre o artista plástico brasileiro Tunga e sua intersecção com o amor (13, 14 e 15); “Música para Ver”, solo de Eliana de Santana (E² Cia de Teatro e Dança), que tem como impulso inicial escolher algumas músicas do repertório da MPB e dançá-las (21, 22, 28 e 29), e, finalmente, a partilha do processo “Flutuante”, do Núcleo Menos 1 Invisível, que usa a flutuação e a instabilidade como vetores da pesquisa (27).

Até o dia 15, poderá ser conferida a exposição “Juanita”, de Isabel Tica Lemos, com pinturas, desenhos, fotografias e projeção de vídeos sobre o processo e resultado da pesquisa do espetáculo homônimo.

Em outubro, o CRD inaugura o Ciclo de Conversas Incertas, com o tema “Conversas que se cruzam: revendo alguns conceitos constituintes da dança”, que aglutinará em cada encontro duas indicações de leitura sobre os temas propostos e irá trazer, todas as terças até o final de novembro, convidados que lançarão uma proposição para a conversa pautada pela troca de saberes e afetos entre todos os presentes.

Tem início também a Mostra contínua de trabalhos dos alunos do Eixo de Orientação de Processos de Criação, um dos núcleos de estudos da Formação de Empatia, que, desde março, tem funcionado como espaço para o desenvolvimento de 12 trabalhos cênicos, com orientação e acompanhamento da equipe do CRDSP (todas as quintas-feiras).

O CRD promove a “Semana Gênero”, entre os dias 08 e 11 de outubro, com uma programação composta por trabalhos que discutem como se constroem as relações sociais desiguais, o combate às exclusões, dominações e tantas outras formas de preconceitos existentes na sociedade.  Também acolhe outros dois eventos para lá de especiais: as ações direcionadas para formação do Festival Contemporâneo de Dança, com quatro oficinas orientadas por Vania Vaneau, Vera Mantero, Mithkal Alzghair e Nina Santos (entre 11 e 29/10), e o “Slam do Corpo”, uma batalha de poesias  idealizada pelas artistas-educadoras Cibele Lucena e Joana Zatz Mussi, o primeiro Slam de surdos e ouvintes do Brasil, onde duplas de poetas (um surdo e um ouvinte) se apresentam ao mesmo tempo em português e Língua Brasileira de Sinais, criando um encontro potente entre as línguas. O projeto reúne a experiência de coletivos que têm aprofundado pensamentos e práticas sobre performance, depoimento e cidade e tem como interesse maior  inventar uma língua mestiça.

Duas oficinas, uma de longa duração – “Corpo Antena”, com Patrícia Bergantin, que acontece todas as terças e quintas do mês, e propõe explorar as potências do corpo enquanto discurso e gozo -, e outra pontual – com Renato Ihu e Camila Camargo Vieira, que aborda os Territórios negros de canto, dança e música a partir da manifestação cultural das congadas do Sudeste -, como parte do Encontros com a História, têm inscrições abertas.

A programação de espetáculos segue caprichada: Eliana de Santana (E² Cia de Teatro e Dança) reapresenta o seu mais recente trabalho,“Música para Ver”; o núcleo Mercearia de idéias, dirigido por Luiz Fernando Bongiovanni,  faz quatro apresentações de “Singularidades”, que investiga o que torna cada ser humano único; Josefa Pereira interpreta seu “Hidebehind”, um monstro que habita florestas escuras e que nunca pode ser visto ou ter a sua forma descrita; Gabriela Branco dança “Volátil”,  espetáculo desenvolvido em três módulos – Sabotagem, Subversão e Volátil –, distribuídos em uma trajetória que desenha o formato de uma ampulheta no chão, como um jogo de constante improvisação, para acessar as memórias enquanto se está em cena; “Una mirada desde la alcantarilla”, em que Inés Terra se inspira na poesia da escritora argentina Alejandra Pizarnik para uma escuta da cidade pelo seu subterrâneo. Com “Eu organizo o movimento”, a atriz e bailarina Ana Paula Bouzas e o guitarrista Luiz Brasil, conduzidos pelo diretor Paulo Marques, celebram e reverenciam a força do emblemático movimento cultural Tropicália, que transformou o cenário artístico e cultural do Brasil no final da década de 60; e Davi Pontes dança “Sem Título”, coreografia gerada pelo trânsito de referências e memórias de um corpo negro. No último sábado do mês (27), duas apresentações encerram a programação: o Grupo de Improvisação de Movimentos Maria Duschenes comemora seu 8º ano de existência contemplando a prática e os estudos da Arte do Movimento e a Dança, com base no Pensamento Laban, trazido para o Brasil pela artista que homenageiam; em seguida, Dora Selva apresenta “De quando as águas cresceram por sobre o ventre da terra”,  solo que parte de elementos da natureza, como o ecossistema do mangue, o processo evolutivo dos seres e os ciclos lunares, para falar do corpo enquanto veículo para manifestação de forças internas e externas.

Endereço: Baixos do Viaduto do Chá, s.n – Galeria Formosa- Centro – CEP:01037-000. São Paulo- S.P

A programação completa pode ser conferida no site do CRDSP

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