Criado em 2013 pela Cooperativa Paulista de Dança, o Prêmio Denilto Gomes de Dança sempre teve o firme propósito de difundir e reconhecer o trabalho dx artista paulista que faz da sua arte um instrumento de produção constante de pensamento crítico, reflexão e humanidade, preservando o enorme arcabouço histórico da Dança brasileira.
A premiação anual também tem um contexto político, ideológico e classista. Desde a sua fundação, esta entidade tem se colocado na linha de frente na luta por políticas públicas de Estado para as Artes no Brasil e, se posicionado em defesa dos movimentos sociais que lutam pelos direitos humanos no país.
Considerando que 2019 está sendo um ano de colossal retrocesso para as políticas públicas no campo das artes, da agricultura, do meio ambiente, da educação e um sem fim de cortes, reduções e censuras em incontáveis outras áreas que também estão em curso, poder realizar mais uma edição do Prêmio, é novamente, um ato de Resistência.
Resistir é um modo de ação que, no dia-a-dia contexto atual, se ressignifica para atender demandas locais de organização e produção e, nesta edição, resistências e parcerias foram as guias que conduziram todo o processo da premiação, não se restringindo às e aos artistas premiadxs, mas reverberando para toda a equipe envolvida com a cooperativa e também para apoiadores incondicionais do setor.
A escolha das premiadas e dos premiados ficou a cargo da comissão de seleção composta por Luis Ferron, Paula Salles e Talita Bretas, que ao longo de 2019 acompanharam as produções em dança presencialmente e também acessando materiais virtuais das companhias localizadas no interior paulista.
Conheça abaixo as premiadas e os premiados desta edição. A premiação será no dia 09 de dezembro, às 19hs, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, sala 3. Saiba mais sobre o evento aqui.
PREMIADAS E PREMIADOS – 7° PRÊMIO DENILTO GOMES DE DANÇA 2019
TRAJETÓRIA NA DANÇA: Nelson Triunfo
PERSONALIDADE NA DANÇA: Maria Mommensohn
DIREÇÃO ARTÍSTICA E DESTAQUE PARA A OBRA: “Sociedade dos Improdutivos” Gal Martins
REVELAÇÃO: Coletivo Calcâneos, por “Filhxos da P°##@! TODA” | Letícia Rodrigues, por “0 (zero)”
ARTISTA DA DANÇA (INTERPRETAÇÃO): Fernando Martins, por “Boi Voador” | Maria Basulto, por “Situação de Atrito 3: Uma Coisa Muda”
PESQUISA E CRIAÇÃO EM DANÇA PARA AS INFÂNCIAS: Lagartixa na Janela
PRODUÇÃO EM DANÇA: Gabi Gonçalves (Corpo Rastreado)
ILUMINAÇÃO: Hernandes de Oliveira (Conjunto da Obra)
DIFUSÃO EM DANÇA: Pedro Costa, pela Mostra de Intérpretes Criadores Solos
ATUAÇÃO NO INTERIOR PAULISTANO: Coletivo Anônimos da Dança de Piracicaba, pelo Fórum Dança Contemporânea
OLHARES PARA ESTÉTICAS NEGRAS E DE GÊNERO NA DANÇA: Deise de Brito | Flip Couto | Luciane Ramos Silva | Grupo Mexa
APOIO INSTITUCIONAL: Cantina e Pizzaria Piolin (Regina Alves de Godoy) | Planeta’s Restaurante (Armênio Martins Filho) | Cine Petra Belas Artes
ATUAÇÃO POLÍTICA: Preta Ferreira
COMISSÃO DE SELEÇÃO
Luis Ferron artista da Dança desde 1983, pedagogo, tem como característica principal o diálogo envolvendo corpos, culturas e memórias como dispositivo para as suas pesquisas em criação.
Paula Salles é bacharel e licenciada em Dança pelo Instituto de Artes da Unicamp e pós graduada em Estudos Contemporâneos em Dança pela UFBA. Em 2006 recebeu o Prêmio Klauss Vianna de dança pela coreografia solo “CONHECE-TE-A-TI-MESMO”.Fez parte do Grupo de Dança Excaravelhas, do qual foi fundadora, intérprete e coreógrafa.
Talita Bretas é gestora Cultural, idealizadora e diretora do Portal MUD e Museu da Dança. Graduada em Dança pela Universidade Anhembi Morumbi, pós-graduanda em Museologia pela Universidade Cândido Mendes e pós-graduada em Gestão Cultural pelo Centro Universitário SENAC.