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Descrição
A memória é uma estratégia complexa e de sobrevivência. itself. Segundo o neurocientista Antonio Damásio, a memória está estritamente relacionada com o conceito de itself – um sentido, em nossa mente, que mostra algo suficiente para indicar a cada momento que é você, e não outra pessoa, quem está lendo e entendendo esta frase – como uma memória, um sentido de presença de você na sua própria mente.
Tomar consciência deste itself nos causa estranhamento, o que nos faz discutir o conflito entre o “eu” e sua presença. Este estranhamento é causado também por uma espécie de “outramento”, isto é, uma multiplicidade de uma só pessoa que cria uma rede de “eus” que estão contidos nela.
O mundo que nos é dentro e o mundo que nos cerca.
A forma como percebemos o mundo é Unwelt – percepção subjetiva do animal em relação ao seu habitat, segundo o biólogo e fiósofo Jacob Uerxül.
O mundo externo nos é perceptível de acordo com o Unwelt que criamos ao longo de nossa história; o mundo é aquilo que percebemos e como percebemos. Quando entramos em contato com outra cultura, a diferença de como percebemos as coisas é ainda mais acentuada, fazendo com que o Unwelt sofra alterações e adaptações, modificando também a percepção das coisas.
Pensando nestas afirmações, Estela Lapponi partiu para a pesquisa cênica “in-cômodo-ser-eu-só-tanta-gente”. Um espetáculo de dança/teatro, que visa a integração das linguagens das artes cênicas e visuais.
Nesta proposta está envolvida, também a pesquisa estética em relação às qualidades dos movimentos, contextualizando a diferença como objeto de investigação.
Artista/Cia/Grupo/Instituição
Local
Galeria Olido - Sala Paissandu