“Zona”, trabalho do Menos 1Invisível, coletivo que, desde 2012, realiza explorações em torno do conceito do  “invisível”, integrando dança e artes visuais em diferente suportes e dispositivos de criação.

Criação colaborativa, contornada por uma reflexão social e política sobre tempo, identidade e território, “Zona” acontece num espaço distribuído em ilhas, onde materialidades se dispõem, se acoplam e se dissolvem.

As figuras do náufrago e do imigrante como exercício do deslocamento e do atravessamento de fronteiras – cada vez mais definidas e impedidas – surgem como divisas essenciais para revelar o espectro de forças sobre adaptar, ceder e resistir em situações contingentes. Durante um ano, os artistas colecionaram materiais e restos de estruturas descartados em caçambas e pontos de entulhos e, a partir dessas partes destacadas de uma totalidade, cada um criou seu território, .

As obras de Sergio Garval também serviram de motor para a pesquisa de criação, performance e encenação: “Observamos nas pinturas do artista mexicano, que nos instiga pensar sobre a soberania física diante de um esgotamento moral e uma distopia, a aliança entre precariedade e ironia como dispositivos de insistência para viver. Assim, buscamos encontrar, na relação com o espaço, o tempo e as coisas, uma perspectiva que não seja ‘a partir do corpo’ e sim ‘com ele’ sendo atravessado e atravessando, sendo furado, pressionado, encostado, mexido e movido”, comenta Luisa Coser, que responde pela direção artística.

A trajetória e o ritmo dão um tom sobre uma corporeidade que não se fixa. Ao dispor espaço e matéria como organismos infiltrantes que balançam, entortam e envergam segundo a ação, a perspectiva e as forças que atravessam, a matéria-corpo forja vínculos que dão a ver essa fabulação, incorporando as materialidades sem agregar-lhes funcionalidade. 

Neste ambiente de instabilidades, onde o corpo em constante deslocamento desorganiza o espaço e provoca novos arranjos e adaptações, o público também pode circular e atravessar escolhendo distâncias e intensidades, propondo uma relação assimétrica imposta pelo percurso. 

Ficha Técnica: Coordenação geral: Cléia Plácido | Direção artística: Luisa Coser | Performance e criação: Cléia Plácido, Rafael Carrion, Rafael Markhez e Patricia Pina Cruz | Colaboração na dramaturgia: Wellington Duarte | Desenho de luz: Hernandes Oliveira | Ambiente sonoro: Pedro Pagnuzzi | Figurino e Cenário: Juliana Pfeifer | Fotografia: Arô Ribeiro | Produção: Radar Cultural Gestão e Projetos – Solange Borelli

Informações do evento

Datas e Horários:
4 de setembro de 2019 até 14 de setembro de 2019 18:00 às 19:00 - Domingo 20:00 às 21:00 - Quarta-Feira 20:00 às 21:00 - Quinta-Feira 20:00 às 21:00 - Sexta-Feira

Entrada Gratuita

Classificações: 16 anos

Acessibilidade: Com Acessibilidade

Telefone para contato: (11) 3222-2662

E-mail: elaine.calux@gmail.com

Formato do Evento: Presencial

Local: Oficina Cultural Oswald de Andrade

Endereço: Rua Três Rios, 363, lado ímpar - São Paulo / SP - 01123-001

Localização: