Vivências Territoriais – Canoa Cia de Dança visita Arena Dicró, na Penha

Depois de visita à Maré, Canoa Cia. de Dança convida estudantes e profissionais da dança da região da Leopoldina para construção coletiva aberta e gratuita de seu novo espetáculo, dia 11

Batizada de Vivências Territoriais, ação que acontecerá na Arena Dricó, na Penha, é pilar fundamental de ÍCARO, montagem inédita do grupo. Objetivo é expandir e dividir conhecimentos através das trocas com outros espaços e pessoas. Inscrições já estão abertas.

Propondo pensar a relação entre o Rio de Janeiro, seus diferentes territórios e múltiplas vivências através dos corpos, a Canoa Cia. de Dança ocupará a Arena Dicró, na Penha, neste domingo, dia 11 de setembro, a partir das 14h. Convocando estudantes e profissionais da dança para o que batizou de Vivências Territoriais, a companhia de dança contemporânea criada e dirigida por Vitor Cunha, propõe compartilhar o processo criativo de ÍCARO, seu novo espetáculo, em um dia de trocas e aprendizados. O encontro acontece depois da passagem pela Maré em agosto, onde pôde estrear esse trabalho experimental com integrantes de grupos de dança locais, chegando então a vez de acrescentar a região da Leopoldina – que engloba bairros como Bonsucesso, Olaria, Penha, Vila da Penha, Ramos e Vigário Geral – na rota dessa jornada de criação coletiva. Para participar, basta enviar e-mail com nome, idade e telefone de contato para canoaciadedanca@gmail.com até dia 8 de setembro.

Contemplado pelo Edital de Fomento à Cultura Carioca (FOCA), o espetáculo ÍCARO aposta num processo de criação itinerante e coletivo. A Canoa é composta por nove bailarinos com diversas origens territoriais e que também se relacionam com a cidade através de deslocamentos para outros locais da cidade no dia a dia. Isso é visto como potência pelo coreógrafo Vitor Cunha, que também atua como urbanista. “Trazemos as cidades em nossos corpos – as memórias, os gestos, ancestralidades, as liberdades, os constrangimentos. Criamos as cidades e nossos corpos simultaneamente. Essa diversidade de corpos e cidades para uma companhia de dança é muito estimulante do ponto de vista político e artístico. Queremos ampliar ainda mais através das Vivências Territoriais, saindo da sala de ensaio e construindo novas relações.”, conclui o fundador da companhia.

A Canoa Cia. de Dança participa do programa de Residência Artística do Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, na Tijuca, e para o processo de construção de ÍCARO, a companhia também é residente da Focus Espaço de Criação, no Centro.

Uma terceira edição do Vivências Territoriais será realizada na Tijuca em data ainda a ser anunciada. Depois de voar por toda cidade, ÍCARO tem previsão de ser apresentado a partir de outubro no Teatro Angel Vianna, no Centro Coreográfico.

Inscrições gratuita até dia 08 de setembro, pelo canoaciadedanca@gmail.com

Sobre a Canoa Cia. de Dança

A Canoa Companhia de Dança foi criada em 2018, por Vitor Cunha, e desde 2019 integra o programa de Residências Artísticas do Centro Coreográfico do Rio de Janeiro. Em 2022, torna-se também companhia residente na Focus Espaço de Criação. É uma companhia independente que trabalha como uma plataforma de pesquisa coletiva em dança contemporânea, através do cruzamento de diversas abordagens do movimento e do processo de criação coreográfica. Já esteve em cartaz no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, Teatro Angel Vianna, Teatro João Caetano e Teatro Cacilda Becker. Atualmente, a companhia é composta por 9 bailarinos de distintas origens e formações, além de colaboradores das áreas de produção, design, urbanismo, fotografia e audiovisual – compondo um coletivo multidisciplinar.