VERMELHA + Respostas Coreográficas

Dando continuidade às Breves Estadias do projeto Vermelhas em Campo Expandido: uma pesquisa-ação acerca de Feminismos, chegamos agora na região do centro da cidade. Nesta edição, cinco mulheres e artistas da dança foram convidadas a desenvolver, ao longo de dois meses, “respostas coreográficas para Vermelha”. Esta é uma proposição inédita do projeto e pretende instaurar uma conversa de apreciação de um trabalho de dança, via corpos em diálogo, incitando novas possibilidades de encontro e ambiente críticos e afetivos, de múltiplas vozes. 

Tais “respostas coreográficas” são uma tentativa de ampliar discussões e discursos corporais que aparecem na Vermelha, porém, conferindo espaço para que outras mulheres, com suas diversas experiências, se coloquem como protagonistas de suas criações, no sentido de encontrarem pontos de contato, em convergência e/ou divergência, parentescos e/ou estranhamentos, distanciamentos e/ou aproximações, outros pontos de vista, outras perspectivas que de algum modo provoquem fricções apreciativas e poéticas e nos integrem em um ambiente de sororidade, cumplicidade, força,  geradas por essa parceria temporária. 

A noite acontecerá na seguinte dinâmica: 19 horas Apresentação da VERMELHA e logo em seguida, as 5 RESPOSTAS COREOGRÁFICAS

As artistas convidadas são: Cristina Ávila, Ilana Elkis, Karina Almeida, Mariana Molinos e Maristela Estrela.

Cristina Ávila – Bailarina, orientadora, educadora e produtora formada em Educação Artística com Habilitação Específica em Artes Cênicas pelo Instituto de Artes da UNESP, em São Paulo (2001). Ingressou nos cursos livres do Teatro-Escola Célia Helena e da Casa do Teatro (São Paulo) em 1989, quando começou sua formação como atriz. Iniciou os estudos em dança contemporânea em 1999. De 2002 a 2005 foi atriz e produtora do Canhoto Laboratório de Artes da Representação (São Paulo), dirigido por Alexandre Mate, com o qual participou do projeto de ocupação do Teatro de Arena Eugênio Kusnet. De 2002 a 2009 integrou o grupo Danceato (Diadema/SP), dirigido por Ana Bottosso, onde foi bailarina, produtora e assistente de direção. Integrou o grupo Corpo da Vez (Diadema/SP) como bailarina e produtora desde sua formação, em 2005, com o qual recebeu Menções Honrosas como Bailarina-Intérprete nas Mostras de Artes de Diadema de 2006, 2007 e 2012, com coreografias de Ton Carbones. A partir de 2012 passou a trabalhar também com registros e edições em vídeo para projetos de dança em geral. Desde 2002 atua com crianças, adolescentes e adultos em diversos projetos de formação em dança e/ou teatro, como Projeto de Formação e Difusão em Dança (Diadema – 2005 a 2008), Programa Fábricas de Cultura – Capão Redondo (São Paulo, 2009 e 2013), Programa de Qualificação em Dança / Poiesis (interior do Estado de SP, 2017 e 2018), Programa Vocacional (São Paulo, 2006 a 2016 | 2019 e 2020 | 2023), entre outros. Desde 2021 é produtora executiva da CRIA Cia. de Dança, de São Paulo, companhia de dança para infâncias dirigida por Beatriz Miguez e Larissa Pretti, e desde 2022 é assistente de comunicação da Companhia de Danças de Diadema. De 2010 até o momento é intérprete-criadora e produtora artística da iN SAiO Cia. de Arte, companhia de dança dirigida por Claudia Palma em São Paulo.

Ilana Elkis é artista da dança e das artes performativas. Nasceu em 1982 na cidade de São Paulo, onde trabalha atualmente como bailarina, coreógrafa, pesquisadora, diretora e professora. É bacharel e licenciada em Dança e Movimento pela Universidade Anhembi Morumbi (2010), e Mestre em Artes Cênicas pela ECA–USP, onde desenvolveu a dissertação Entre Lugares, acerca da dança em espaços dentro-fora da caixa cênica. Em 2018, fundou o núcleo BOIA, no qual assina a direção/ coreografia de dois trabalhos Lampejo (2019) e Musa (2021), que foi contemplado pela Lei Municipal Aldir Blanc. Atualmente, desenvolve um solo dança-instalação Provisórios (2021-22) que traça um diálogo com o campo expandido da dança e da escultura, e retoma a investigação de som-movimento-imagem de Ressonuance (2016). Em 2011/2016, co-coreografou Plongeé – dança site-specific, contemplado por dois prêmios e NC: NC- Site –Specific do CCSP (2011) e FUNARTE circulação Klauss Vianna (2015). Também é intérprete-criadora, há 12 anos, dos núcleos artísticos paulistanos – Silenciosas e Núcleo Cinematográfico de Dança.

Karina Almeida é artista da dança, interessada em processos colaborativos de criação em dança contemporânea, videodança e coreografia. Bacharel e Licenciada em Dança, Mestra e Doutora em Artes da Cena pela Unicamp. Parte de sua pesquisa de doutorado foi desenvolvida na Barnard College Department of Dance, Columbia University, Nova York, sob supervisão da Profa. Dra. Lynn Garafola. Dentre seus trabalhos como coreógrafa e diretora destacam-se: “O retrato que fiz das flores” (2007), para a Companhia de Dança Lina Penteado e o solo “Remain” (2015) criado para Tutu Morasi. Na área da videodança, destacam-se as obras “Coisas desimportantes” (2022) com Diogo Granato e Osmar Zampieri, “Serafina” (2021), com Graziela Rodrigues e Larissa Turtelli, “Dançar para não esquecer” (2019), com Tutu Morasi e Trindade Media e “Programa Coreográfico Performativo nº1” (2014), com fotografia e montagem de Felipe Lwe. Participou da residência artística “Narrativa e poética no processo de criação de dança para a tela”, na The Place – London Contemporary Dance School, Londres. Em sua trajetória como bailarina destacam-se os projetos que foram desenvolvidos com a Companhia Terraço Teatro, de 2005 a 2010, com a Seis + 1 cia. de dança de 2007 a 2017 e com Núcleo de Dança REDES, de 2016 a 2018. Com Seis + 1 cia. de dança, Karina atuou também na elaboração dos projetos de criação e assistente de direção em obras contempladas por programas de incentivo como o Circuito Cultural Paulista, Virada Cultural Paulista, PAC – Circulação de Espetáculos de Dança, FICC – Campinas, Circuito SESC de Artes, dentre outros. Foi professora convidada (agosto a dezembro de 2016) e professora especialista visitante (de agosto a dezembro de 2017) no Curso de Graduação em Dança da Unicamp. Professora de expressão corporal e dança contemporânea na rede privada de ensino nas áreas de Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II (2006 a 2013). Professora de dança contemporânea em projetos, estúdios e escolas livres de dança desde 2006. Atualmente é coordenadora do Mestrado Profissional em Artes da Cena e do curso de Pós-graduação lato sensu em Corpo: Dança, Teatro e Performance da Escola Superior de Artes Célia Helena, onde também é professora de Estudo e Prática Corporal. 

Mariana Molinos é formada em dança contemporânea em Florianópolis pelo CIC (2008). Desde 2009 em São Paulo, trabalhou com: Cia. Borelli de Dança, iN SAiO Cia. de Arte, Núcleo Mirada, J.Gar.Cia de Dança, (onde ganhou o prêmio APCA melhor espetáculo não estréia em 2019), Marta Soares e Marcus Moreno. Participou de “Aquário Hábitos” de Apt.Lab veiculado em 2020. Foi integrante fundadora do [-MOS] (2012 a 2018). Em 2014 foi selecionada no edital “NC: SS” do CCSP, com: “Hiato”, apresentado também no ABCDança em 2015 e no FID (Córdoba, Ar), em 2018. Com Felipe Teixeira, desenvolveu “Underneath” (2015), “UNDERNEATH -1“ (2016)  (convidado para as exposições “The Body Language” e “CANVAS International Art Fair” ambas em Veneza, 2022, apresentado em Maio de 2022 no SESC Pinheiros) , o curta “MELTDOWN” (participou dos festivais internacionais: Festival Internacional de Videodança Sans Souci, The lift Off Sessions e Best of Latin America Short Film Festival), MELTDOWN AÇÃO#1, ATO para UTOPIA,  TV Chorume, Flipbook digital . Sua produção em GIFs “Sem Título” participa da The Wrong Biennale, exposição virtual que acontece em Barcelona e no Centre Pompidou de março à maio de 2022. Em maio de 2022 apresentou a nova criação “Ciclos para Desvio” no Teatro do Centro da Terra. É provocadora da pesquisa corporal de “O Metamatra” de Marina Matheus (2020-21). É preparadora corporal e assistente de direção de “Terra Plana” obra de Sol Casal (2020-23). Foi provocadora e dramaturgista do Núcleo Disparador no projeto “O Manifesto das raízes” (2020-21), onde também realizou a captação e edição de imagem do produto final do projeto. Formada em Direção de Fotografia pela Academia Internacional de Cinema em 2021. Treina desde 2011 kung fu e Tai-Chi na academia sino-brasileira de Kung Fu. Formou-se em Psicologia em 2008 pela UFSC.

Maristela Estrela é artista da dança, diretora, coreógrafa e professora. Bacharel e licenciada pelo Curso Dança e Movimento da Universidade Anhembi Morumbi. Passou por escolas e mestres em São Paulo que dedicavam-se a somar arte e ciência como suporte à formação do criador e intérprete, dentre eles: Maria Duschenes, Maria Melô, Klauss Vianna, Zélia Monteiro, Neide Neves, Denilto Gomes, Alice K, Tião Carvalho entre outros. De 1998 a 2006 recebeu formação no Estúdio Nova Dança (São Paulo) com diversos professores, artistas e pesquisadores. Fez parte do coletivo de artistas, pesquisadores e professores do Estúdio Nova Dança de 2001 à 2006. É co-fundadora e co-diretora e performer do Núcleo Cinematográfico de Dança onde desenvolve desde 2002 uma pesquisa entre cinema e dança. http://www.cinedanca.com

Fichas Técnicas

VERMELHA

Criação e Interpretação: Liana Zakia

Iluminação: Ligia Chaim e Roseli Marttinely

Trilha Sonora: Danilo Pêra 

Identidade visual e Material Gráfico: Danilo Pêra  

Figurinos: Emilia Reily

Produção: Cais Produção Cultural

Direção de Produção:  José Renato Fonseca de Almeida 

Assistente de Produção: Tatah Cardozo

RESPOSTAS COREOGRÁFICAS

Concepção da proposta: Liana Zakia 

Criação e Interpretação Respostas Coreográficas: Cristina Ávila, Ilana Elkis, Karina Almeida, Mariana Molinos e Maristela Estrela 

Ambiente de luz: Ligia Chaim e Roseli Marttinely 

Identidade visual e Material Gráfico: Danilo Pêra  

Produção: Cais Produção Cultural

Direção de Produção:  José Renato Fonseca de Almeida 

Assistente de Produção: Tatah Cardozo