A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – corpo artístico da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa – finaliza seu roteiro pelo interior de São Paulo durante o mês de março em Araras, onde se apresentará pela 5ª vez. Nos dias 17 e 18 de março, às 20h, a Companhia sobe ao palco do Teatro Estadual Maestro Francisco Paulo Russo, conhecido como Teatro Estadual de Araras – equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte.
Serão apresentadas três obras, sendo a Suíte de Paquita (2022), de Diego de Paula – que também é bailarino da Companhia -, remontada a partir da obra de 1847 de Marius Petipa (1818-1910). Paquita conta a história de uma jovem órfã criada por ciganos que salva a vida do filho de um general francês, Lucien. Eles se apaixonam, mas precisam enfrentar desafios para viver esse amor. A suíte assinada por Diego de Paula se concentra na cena final do balé, quando o casal comemora a possibilidade de estar junto em um baile alegre e enérgico. Na sequência, é a vez do duo de Mamihlapinatapai (2012), criação de Jomar Mesquita, sob a canção ‘Te Amaré Y Después’, de Marina de La Riva. A obra utiliza elementos desconstruídos da dança de salão atrelados à dança contemporânea para criar uma peça, com movimentos que tratam da relação entre homens e mulheres. “Mamihlapinatapai” – palavra indígena originária da língua yaghan, de uma tribo da Terra do Fogo – é um olhar compartilhado por duas pessoas, cada uma desejando que a outra tome uma iniciativa para que algo aconteça, porém, nenhuma delas age. Encerra a noite Umbó (2021), de Leilane Teles. A obra se baseia em uma premissa batizada por ela como “a criação do desejo”, que fala sobre a vontade de se tornar quem se quer ser e como isso reverbera no corpo de cada um. O cantor e compositor Tiganá Santana, a cantora Virginia Rodrigues e o coreógrafo Matias Santiago são o ponto de partida de Umbó, que convida o público a apreciar e reverenciar as artes e trajetórias dessas personalidades, bem como os bailarinos em cena e todos os artistas envolvidos na concepção da obra.
As apresentações são gratuitas e os ingressos podem ser retirados via Sympla
Fichas Técnicas:
Suíte de Paquita (2022)
Remontagem: Diego de Paula, a partir da obra de 1847, de Marius Petipa (1818-1910)
Música: Édouard Deldevez (1817-1897) e Ludwig Minkus (1826- 1917)
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Tânia Agra
Cenário: Reproduções de fotografias da escadaria do Edifício Histórico do Museu Paulista – Eixo Monumental, de Hélio Nobre e José Rosael, gentilmente cedidas pelo Acervo do Museu Paulista da Universidade de São Paulo.
Duração: 14 minutos
Mamihlapinatapai (2012)
Coreografia: Jomar Mesquita com colaboração de Rodrigo de Castro
Músicas: Te Amaré Y Después, de Silvio Rodrígues cantada por Marina de La Riva; No Se Nada, de Rodrigo Leão; Tema Final, de Cris Scabello; As Rosas não Falam, de Cartola e Grupo Planetangos
Iluminação: Joyce Drummond
Figurino: Cláudia Schapira
Duração: 21 minutos
Umbó (2021)
Coreografia: Leilane Teles
Músicas: Nzambi Kakala Ye Bikamazu, Muloloki e Para a Poetisa Íntima, de Tiganá Santana, e Mama Kalunga, de Tiganá Santana na voz de Virgínia Rodrigues
Iluminação: Gabriele Souza
Figurino: Teresa Abreu
Assistência de Figurino: Priscilla Bastos
Duração: 20 minutos
SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA
Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 900 mil pessoas em 18 diferentes países, passando por cerca de 150 cidades em mais de 1.100 apresentações e acumulando mais de 50 prêmios e indicações nacionais e internacionais. Por meio do selo #SPCDdigital criado em 2020, realizou mais de 50 espetáculos virtuais e streamings de apresentações que somam mais de 1 milhão de visualizações. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: os Programas Educativos e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.
DIREÇÃO ARTÍSTICA E EXECUTIVA | INÊS BOGÉA é doutora em Artes (Unicamp, 2007), bailarina, documentarista, escritora, professora nos cursos de especialização Arte na Educação: Teoria e Prática da Universidade de São Paulo (USP) e Pós-Graduação em Linguagem e Poética da Dança: Documentário, Memória e Dança da Universidade Regional de Blumenau (FURB) em parceria com a Fundação Fritz Muller (FFM). É autora do “Por Dentro da Dança” com a São Paulo Companhia de Dança na Rádio CBN. De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo de 2001 a 2007 e integrou o júri técnico/crítico do quadro Dança dos Famosos do programa Domingão do Faustão/TV Globo de 2016 a 2021. É autora de diversos livros infantis e organizadora de vários livros. Na área de arte-educação foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado (2007-2008). É autora de mais de quarenta documentários sobre dança.
SOBRE A AMIGOS DA ARTE
A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão do Teatro Sérgio Cardoso, trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo difundir a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos como o Teatro Sérgio Cardoso.
SOBRE O TEATRO ESTADUAL DE ARARAS
Inaugurado em 1991, o Teatro Estadual Maestro Francisco Paulo Russo foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com 466 lugares em seu auditório principal e outros 126 lugares no auditório menor em seu subsolo. De 1995 a 2005, o Teatro foi equipado com todas as instalações necessárias para os mais diversos eventos de manifestação cultural local, nacional e internacional. A partir de 2004, passou a ser administrado pela Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA).
Informações do evento
Datas e Horários:
17 de março de 2023
até 18 de março de 2023
20:00 às 22:00 -
Sexta-Feira
20:00 às 22:00 -
Sábado
Entrada Gratuita
Classificações: livre
Acessibilidade: Sem Acessibilidade
Formato do Evento: Presencial
Local: Teatro de Araras
Endereço: Avenida Dona Renata, 401 - Araras / SP - 13600-001
Localização: