PLANO SEQUÊNCIA/CAIXA PRETA -TAKE 3

Com “Caixa Preta – Take 3”, a Jorge Garcia Cia de Dança encerra trilogia “Plano Sequência” no Centro Cultural Olido

“Plano Sequência/Caixa Preta – Take 3”, o ultimo trabalho da trilogia “Plano Sequência”, da Jorge Garcia Companhia de Dança, ocupa a Sala Olido do Centro Cultural Olido, em temporada de duas semanas, de 22 a 30 de setembro (quintas, sextas e sábado, 19h; domingo, 18h). Desdobramento do espetáculo “Plano Sequência / Take 2” em formato para palcos, “Caixa Preta” segue no campo da Coreocinegrafia, que a companhia investiga desde 2015, e atua  na intersecção entre espetáculo de dança e gravação de filme. A entrada é gratuita e os ingressos serão distribuídos uma hora antes das apresentações.

“Plano Sequência /Caixa Preta” tem como narrativa o desenrolar de uma festa sem fim, onde o desencadear acontecimentos visuais e ficcionais se entrelaçam em looping, que remete ao passado, nos arremessa ao futuro e, novamente, nos captura para o agora. Inspirados em festas que duram dias, com corpo e mente entorpecidos a partir de um determinado ritual, os intérpretes/personagens constroem relações de fricção, alimentando-se da energia uns dos outros, para potencializar a sua própria e, ao mesmo tempo, fortalecer o conjunto. Resulta num motim, uma manifestação ou provocação quase tribal e orgânica em tempos obscuros.

Ao se desvincular do contexto site-specific das duas criações anteriores e se aprofundar nas relações entre luz, movimento do corpo e movimento de câmera, essa versão para espaços cênicos propõe um novo olhar sobre as diversas camadas de dramaturgia do trabalho. A Cia busca deslocar-se num ambiente controlado e concentrar todas as ações em um único espaço. “Se antes, a arquitetura, as linhas de força do espaço e o trânsito do público eram parte essencial, agora, o isolamento dos agentes que produzem esse acontecimento permite uma visão mais acurada de determinadas relações e procedimentos que estão em jogo na Coreocinegrafia”, pondera Jorge Garcia, diretor da Companhia.

Ao som da trilha original do músico Eder “O” Rocha, os seis intérpretes – Beatriz Falleiros, Dani Moraes, Felipe Teixeira, Jonatan Vasconcelos Karen Marçal e Luciane Fontanella – dançam, filmam, operam equipamentos e apoiam-se mutuamente na construção do acontecimento. Utilizando a câmera de vídeo como protagonista das ações cênicas, o elenco ora filma ora é filmado, trocando e revezando seus papéis durante o espetáculo. O público assiste, em tempo real, a gravação de um filme, cujas cenas se encadeiam fluidamente e estão baseadas em coreografias, jogos cênicos e improvisações orientadas.

As apresentações integram projeto contemplado pela 31ª edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura.

Ingressos Gratuitos – distribuídos uma hora antes da apresentação

Ficha Técnica

Direção geral: Jorge Garcia | Assistência de coreografia: Irupé Sarmiento | Interpretação: Luciane Fontanella, Karen Marçal | Artistas convidados: Beatriz Falleiros, Dani Moraes, Felipe Teixeira e Jonatan Vasconcelos | Trilha sonora original: Éder “O” Rocha | Design de Luz: Jorge Garcia e Ari Buccioni (in memoriam) | Operação de luz: Rossana Boccia | Técnico audiovisual: Flavio M. Silva | Aulas de Chi Kung: Irupé Sarmiento | Aulas self Treatment Training: Luciane Fontanella | Aulas Corpo Câmera: Felipe Teixeira | Aulas de Dança Contemporânea: Jorge Garcia e Dani Moraes | Workshop de Coreocinegrafia: Irupé Sarmiento e Felipe Teixeira | Design Gráfico: Sonaly Macedo | Mídias Sociais: Juliana Vinagre | Registro em Foto: Leandro Moraes e Silvia Machado | Assessoria de Imprensa: Elaine Calux | Produtores/Colaboradores Dionísio Produção: Lívia Império, Wesley Mendes, Flávia Santos, Thomas Calux e Raissa Castilho | Produtor: Júnior Cecon | Coordenadora de produção: Cristiane Klein (Dionísio Produção)

A Companhia

A Jorge Garcia Companhia de Dança foi criada em 2005, pelo bailarino, coreógrafo e diretor Jorge Garcia. Desde sua formação, a Cia tem desenvolvido uma linguagem própria em sua abordagem coreográfica, estética e temática, levantando questões sobre o corpo e o ambiente onde está inserido, suas possibilidades e meios de transformá-lo. Desde 2015, a Jorge Garcia Companhia de Dança cria na interseção entre dança e cinema e assim produz seus trabalhos em um terceiro campo – a Coreocinegrafia -, com elementos das duas linguagens e com especificidades técnicas e estéticas inerentes a esse novo território. Em concomitância, o grupo desenvolve um processo de instrumentalização de seus intérpretes e técnicos, para realizar funções como operação de câmera, captação de som direto e transmissão de sinal sem fio, criando mecanismos coreográficos e fisicalidades que dão corpo à nova proposta.