PARALELINHA – Mostra de dança contemporânea para crianças

Mostra de dança para crianças acontece neste fim de semana (13 e 14)

Edição especial PARALELINHA traz espetáculos gratuitos de artistas de diferentes estados

A PARALELA – Plataforma de Arte promove neste sábado e domingo, dias 13 e 14 de setembro, uma edição especial dedicada ao público infantil: a PARALELINHA. O evento é gratuito e aberto ao público. As apresentações ocorrem no Palco de Arte (R. Cel. Manoel Alves, 22 – Fundinho) e no CEU Pai Nêgo (R. Juvenília Mota Leite, 700 – Shopping Park), e contam com acessibilidade em Libras e/ou audiodescrição. Os ingressos podem ser reservados pelo Sympla (https://linktr.ee/paralelaplataformadearte).

A programação reúne três espetáculos pensados para crianças e suas famílias. No sábado (13), às 11h, no Palco de Arte, será apresentado “Conversas de Corpo”, da dupla Baileia (Portugal/Brasil), um espetáculo-instalação pensado para bebês de 0 a 3 anos e seus acompanhantes, com recursos de audiodescrição e Libras. No domingo (14), no CEU Pai Nêgo, às 17h, será apresentado “Palito”, de Soraya Portela e Layane Holanda (Teresina/PI), que reúne artistas e crianças convidadas de Uberlândia em uma residência artística; em seguida, às 18h, sobe ao palco “Eu não dançarei sem você”, da Cia. Pé na Tábua (Ribeirão Preto/SP). Ambos os espetáculos contam com recursos de acessibilidade (audiodescrição e Libras, respectivamente).

Marcelo Camargo, curador da mostra, conta que a ideia de envolver as crianças surgiu na 9ª edição da PARALELA, em 2023, durante o processo de criação e curadoria. Uma das propostas selecionadas foi um trabalho que dialogava diretamente com as crianças. “Com essa experiência, ficamos com a questão: por que não fazer e estimular mais trabalhos para a infância? Essa edição especial concretiza o nosso desejo e apresenta outra visão da PARALELA para Uberlândia, abraçando esse público”, reflete Marcelo. 

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

SÁBADO, 13 de setembro

Conversas de Corpo

Baileia (Portugal/Brasil)

Local: Palco de Arte da escola UAI Q Dança – R. Cel. Manoel Alves, 22, bairro Fundinho

Horário: 11h

Acessibilidade em Libras e audiodescrição.

Sinopse: Espetáculo-instalação com pessoas dos 0 aos 3 anos, suas famílias e amigos. Criado numa relação direta com o público, é um acontecimento aberto permeável ao encontro no qual os gestos da dança contagiam os corpos das crianças e de quem as acompanha, gerando um momento único de conexão entre todos. Ao longo de 45 minutos acompanhamos o encontro entre dois seres e as suas ressonâncias no tempo, no espaço e em nós próprios. Neste lugar não há hierarquias entre quem dança e quem acompanha, há um fazer-acontecer em conjunto. O chão é coberto por diferentes texturas: papéis, cortiça e tecidos. Instrumentos musicais fazem parte desta viagem. Aqui é possível uma multitude de interações: correr, gritar, agarrar, largar, cantar, bater palmas, desenhar, enrolar, desenrolar, saltar, cair, levantar, arquitetar, mergulhar, dobrar. É uma conversa entre corpos que se completa no momento do encontro entre todos nós.

Sobre o grupo: Baileia é uma dupla de artistas do corpo, som e movimento. Dedicam-se ao cruzamento entre as práticas artísticas e a educação no encontro com infâncias e suas singularidades plurais. Investigam e criam a partir dos desejos – às vezes sutis – das pessoas desde os primeiros anos de vida. Cultivam experiências onde o fazer artístico é, também, uma forma de conhecer, conviver e partilhar o mundo.

DOMINGO, 14 de setembro

PALITO

Soraya Portela e Layane Holanda (Teresina/PI), com artistas e crianças convidadas de Uberlândia

Local: CEU Pai Nêgo – R. Juvenília Mota Leite, 700 – bairro Shopping Park

Horário: 17h

Acessibilidade em audiodescrição.

Sinopse: Palito é um território poético de práticas e invenções, onde o brincar é a própria pesquisa e experiência. Varetas como materialidade disparadoras de um “lugar situação” onde volumes, geometrias e ações emergem do encontro entre adultos/artistas/crianças participantes. Uma experiência conduzida pelas provocações de Soraya Portela e Layane Holanda, artistas curiosas pelas poéticas e práticas da infância desenvolvidas no âmbito do CANTEIRO espaço que cultiva contextos entre infâncias e velhices no Piauí. O trabalho conta com artistas e crianças convidadas para uma residência de 11 a 14 de setembro, que culmina na apresentação ao público.

Sobre as artistas: Layane Holanda é artista da cena, educadora e produtora cultural com mais de 20 anos de trajetória. Colabora com diversos profissionais, instituições e projetos no circuito cultural brasileiro. Investiga processos colaborativos com ênfase nas experiências artísticas comunitárias e intergeracionais. Soraya Portela é artista da cena, coreógrafa e curadora. Atua há mais de 20 anos a partir do Piauí com criação em artes cênicas e audiovisual. Suas oficinas e residências são  territórios de escuta e invenção coletiva, onde a criação embaralha o fazer artístico e o mundo. Foi curadora da Bienal SESC de Dança (2023) e Mostra Gurias (2024). Sua nova criação, “VAZANTE”, estreou em 2025 com apoio do Rumos Itaú Cultural. As artistas são diretoras do TRISCA – Festival de Arte com Criança, também co-criaram o Instituto Punaré – plataforma de criação e articulação de ações artísticas e projetos em multilinguagens entre infâncias e envelhecer no Piauí. 

Eu não dançarei sem você

Cia. Pé na Tábua (Ribeirão Preto/SP)

Local: CEU Pai Nêgo – R. Juvenília Mota Leite, 700 – bairro Shopping Park

Horário: 18h

Acessibilidade em Libras.

Sinopse: O convite é feito pela própria dança. Uma interação multietária que atende a diversidade de corpos e que, por meio da ludicidade, convida os presentes a se presentificar na dança de um modo ritmicamente intuitivo. É um jogo interativo. Uma forma de brincar. E se o público brincar, vira artista.

Sobre a companhia: A Cia. Pé na Tábua atua há 17 anos no interior do estado de São Paulo, com sede na cidade de Ribeirão Preto desde a sua fundação. Com áreas de interesse em: formação de público para a dança, produção cultural, pesquisa em dança, estudos de improvisação e ocupação de espaços públicos. A Cia. tem atuado na difusão do sapateado como uma arte não elitista, preocupando-se com o acesso democrático aos bens culturais que produz – espetáculos, oficinas, processos criativos, vídeo danças, etc. Para tanto, a Cia. se apresentou e ofereceu oficinas formativas ao longo desses anos em locais de vulnerabilidade social, como: a Fundação Casa de Ribeirão Preto, Taquaritinga e Sertãozinho, locais onde o acesso ao sapateado é restrito; cidades com população de até cem mil habitantes, como Garça, Monte Aprazível, Jaboticabal, Serrana e Taquaritinga (ProAC Circulação de espetáculo de dança, aprovado em 2016); espaços cênicos não convencionais como a rua, praças, centros de cidades, calçadões, bairros periféricos, etc.

HISTÓRICO

A PARALELA surgiu em 2015, como uma proposta do grupo de pesquisa SPIRAX, coordenado pelo artista e professor Alexandre Molina, para compartilhar as atividades desenvolvidas pelos estudantes do Curso de Bacharelado em Dança da UFU. Hoje, a PARALELA se estabelece como plataforma de intercâmbios em arte, conectando pessoas e lugares através da dança, em diálogo com outros fazeres artísticos. 

A PARALELINHA, edição especial voltada para crianças, é incentivada pelo Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PMIC), da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Uberlândia, e conta com o apoio do Curso de Graduação em Dança, do Instituto de Artes (IARTE) e da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).