Neste exigente momento que as sociedades confrontam o confinamento social provocado pelo COVID – 19, desejamos abordar uma temática delicada: a existência. Paisagens Experimentais em tempos de confinamento faz parte de um profundo desejo de esperança, de tratar sobre um estado de consciência que não se realiza na experiência vivida e refletida e sim na experiência que se vive. Este conjunto de trabalhos realizados mergulham no campo emocional de pessoas onde o confinamento se tornou a possibilidade de entender questões sobre o mundo real ,dos sentidos e quem somos como aprendizado coletivo. Não é um espetáculo coreográfico e cultural virtual e sim um relato sobre a valorização dos laços humanos e de resistência. As cenas virtuais e coreográficas deslizam dentro de nós como ondas sobrepostas de gestos-imagens-sonoridades, que se embrenham, transpassam e se colam, filmadas nos espaços de confinamento por cada intérprete com seus celulares. Elas enunciam um espelho dentro de nós, personagens, pessoas ,obra ,vida,palco,apartamento, numa massa narrativa única, atada,solitária, íntima,legítima destes tempos de incertezas. Desejamos pensar sobre a coleção que somos , confrontar corpos na falta do/no outro, desfrontalizar o espaço físico, emocional, memórias de vida e culturais que são encontros de conhecimento que nos formam. Estórias confinadas como depoimentos que falam de arte,frutas,bichos,lembranças,brinquedos,música,livros,Família,filmes Corpos – cartas são lançadas,celebram a força do silêncio como um tratado da alma, otimista, alargando o espectro sobre o sensível e o respeito pela natureza Um manuscrito sobre o amor , esperança e liberdade. A trilha sonora constrói arcos poéticos do sensível ,nas memórias orais e saudações aos pássaros e florestas Tupi guaranis e Yanomanis, a música modernista ,as sonoridades percussivas de origem africana , cordas ,piano,cello e acordeon.

Dois solos coreográficos e dois vídeos concebidos e montados via online (2020 – 2021) durante o confinamento social e que se comunicam e desejam falar de um local interno e invisível, o amor. Gestos que flutuam na busca de um silêncio barulhento da alma. A possibilidade de continuar sonhando e celebrando o sensível. Uma declaração de amor e de esperança. “Paisagens Experimentais em Tempos de Confinamento” é a nova intervenção da coreógrafa Marcia Milhazes, que acontece nos dias 2 (às 20h), 3 (às 20h) e 4 (às 18h) de setembro no Sesc Anchieta. “Trago para a cena meus sussurros experimentais em vídeo e obra coreográfica. Estas são produções que realizei durante o período dolorido de confinamento. Uma experiência única, inusitada dentro do meu processo artístico e o desejo sincero de dividir, como uma carta de amor enviada na esperança de abordar o sensível, laços humanos tão fragilizados nesta sociedade tão ‘moderna’ e dura”, diz Marcia.

WWW.MARCIAMILHAZES.COM.BR

@MMILHAZESDANCA

Informações do evento

Datas e Horários:
2 de setembro de 2022 até 4 de setembro de 2022 18:00 às 19:00 - Domingo 20:00 às 21:00 - Sexta-Feira 20:00 às 21:00 - Sábado

Valor: R$ 9,00 a R$ 30,00

Classificações: livre

Acessibilidade: Com Acessibilidade

Capacidade de pessoas: 300

Telefone para contato: (11) 2607-8000

Site: https://www.sescsp.org.br/programacao/paisagens-experimentais-em-tempos-de-confinamento/

Formato do Evento: Presencial

Local: SESC CONSOLAÇÃO, TEATRO ANCHIETA

Endereço: R. Dr. Vila Nova, 245 - São Paulo / SP - 03331-000

Localização: