O QUE ELES ESTÃO PENSANDO?

A Dança Contemporânea é um dos gêneros mais difundidos no mundo ocidental desde meados do século XX a partir de experimentos cênicos e corporais de artistas e pesquisadores como Isadora Duncan, Rudolf Laban, Marta Graham, Trisha Brown, Merce Cunningham, Pina Bausch, entre outros.

Também compreendida como Dança-teatro possui estética diversa traduzindo em outras formas elementos do ballet clássico, da dança moderna e técnicas de improvisação, além de referências a danças de matrizes africanas, dança butoh, sapateado, flamenco, danças folclóricas, danças regionais e danças urbanas, concatenando métodos distintos segundo a própria perspectiva criativa de cada coreógrafo ou intérprete criador.

A partir desta multiplicidade pode-se aderir a tal ou qual especificidade técnica ou subvertê-la por meio de novas composições sujeitas ou influenciadas pelos tantos saberes do corpo e por questões sócio-políticas-culturais.

Por essa perspectiva é que o Centro Cultural São Paulo lança o projeto “O que eles estão pensando?”, um ciclo de workshops para promoção de um debate teórico-prático acerca de novos pontos de vista para a Dança Contemporânea propostos por professores e coreógrafos brasileiros de distintas gerações e diferentes linhas de pesquisa e atuação artística-cultural.

A 1ª edição do “O que eles estão pensando?” chega como importante atração de nossa programação do “Abril para Dança” do CCSP, trazendo uma instigante reflexão acerca do movimento, das coreografias e dos espetáculos de Dança Contemporânea em sua complexa compreensão.

CONCEPÇÃO

Convidar 10 personalidades com orientações artísticas distintas na Dança Contemporânea para um ciclo de workshops onde cada professor/ coreógrafo partilha a sua energia, seu ponto de vista e seu próprio momento é estimular saberes intrínsecos e extrínsecos que não são construídos a partir de uma técnica específica imposta a um corpo rígido e uniforme. Outrossim, é estimular o conhecimento e toda a forma de ensino-aprendizagem que se dá por meio de fluência, contato, sensibilidade, entrega, reciprocidade e percepção que pressupõe liberdade e autonomia de cada corpo físico e emocional em contato com o outro e em contato com todos.

Neste sentido, toda e qualquer pesquisa teórico-prática se valida também no saber do outro, no corpo que materializa e interpreta este saber.

Voltado a homens e mulheres de todos os gêneros indistintamente, o ciclo de Workshops “O que eles estão pensando?” vem, portanto, facilitar esses contatos e propiciar um ambiente aberto à fruição de novos saberes oriundos do corpo e da história de quem há muito tempo vem fazendo, junto a quem começou não faz tanto tempo assim, além de estimular convicções, dúvidas, ideias e perspectivas que somadas edificam um saber artístico-físico-emocional não de outro tempo, mas do nosso, o contemporâneo.

ANDERSON COUTO 

Diretor Artístico, Coreógrafo e Produtor cultural, Anderson Couto é o Fundador e Diretor Geral da ‘Casa MovAC Bem-­‐Estar e Arte’, da ‘Cia de Dança Anderson Couto’  e da ‘AC Produções Artísticas’. Iniciou seus estudos em Dança Contemporânea sob a orientação de Francisco Silva, diretor e coreógrafo da URZE Companhia de Dança, e, posteriormente, aprimorou seus conhecimentos e construiu sua conhecida experiência em Jazz com Roseli Rodrigues, diretora e coreógrafa da Raça Companhia de Dança (SP), lugar onde atuou como bailarino por 10 anos, participando de diversos espetáculos   e   turnês,   nacionais   e   internacionais. Atualmente, Anderson Couto integra o Conselho Internacional de Dança (CID) e o ‘Múltipla Cias de Dança SP’.

JORGE GARCIA

Iniciou seus estudos em 1991 em Recife. Em 1995 entra na Cisne Negro Cia de Dança em São Paulo e em 1997 vai para o Balé da Cidade de São Paulo onde atuou como bailarino e coreógrafo, onde continua produzindo trabalhos   como convidado. Em 2005 cria sua própria Cia a Jorge Garcia Companhia de Dança, além de exercitar a coreografia para teatro, circo, cinema, óperas, publicidade e companhias de dança. Desde 2003 vem desenvolvendo um trabalho de improviso, video e performances nas ruas de diversas cidades no Brasil e no exterior, junto a outros artistas-­‐criadores do grupo GRUA – Gentlemen de Rua.

ENTRADA: Gratuita com inscrição pelo site do CCSP