Novo livro que transborda brasilidades: Dança Moderna 1992-2022 traz imagens inéditas de Yvonne Daumerie, a bailarina da Semana de Arte Moderna de 1922

A obra reinaugura novos olhares sobre a arte do movimento, a organização e curadoria é de Cássia Navas, com artigos assinados por ela e pelos pesquisadores Arnaldo Siqueira, Henrique Rochelle e Linneu Dias (1927-2002).

O lançamento será no dia 21/11, às 19h, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, o acesso é gratuito mediante reserva antecipada no site da instituição.

São Paulo, novembro de 2023 – Um convite à dança moderna em forma literária. A obra Dança Moderna 1992-2022editora Mireveja, de Cássia Navas, chega às livrarias sob os formatos impresso e e-book, nos idiomas português e inglês. A organização é de Navas, a publicação conta com textos de sua autoria e de Arnaldo Siqueira, Henrique Rochelle, Linneu Dias (1927-2002), com edição técnica de Flávia Fontes.

A nova edição terá seu lançamento oficial com uma mesa de debates sobre a dança moderna brasileira, que será na terça-feira, (21/11), às 19h, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, acesso gratuito mediante cadastro no site do      CPF aqui. Na ocasião, nomes que movimentam a pesquisa e criação literária das artes da cena, como Marcela Benvegnu e Valmir Santos dedicam um momento para a leitura e debate, em  Dança Moderna 1992 -2022 > Falar  (mais) sobre dança, Será uma discussão sobre temas pertinentes à linguagem da dança hoje, entre eles, os que perpassam desde o significado da dança moderna no Brasil à construção da imagem da dança e suas relações “des-modernas”, decolonial postuladas, especialmente, pela curadora e autora Cássia Navas.  

Nas palavras de Navas “A descoberta sobre Daumerie ocorreu a partir de uma experiência intensa e reveladora, eu entrevistei a família da artista no Rio de Janeiro anos atrás, o que me fez descobrir a jornada e as imagens inéditas desta mulher dançando à la Isadora Duncan”, relembra. A obra destaca este ineditismo a partir de fotografias, em que a artista aparece vigorosa e expressiva, possivelmente no jardim de sua casa em São Paulo. “Uma preciosidade histórica que se torna pertinente de ser vista e conhecida por artistas da dança, pesquisadores e claro, amantes das artes da cena brasileira por meio deste livro”, destaca.

Segundo Navas, na primeira edição desta obra, que se intitulava somente “Dança Moderna, em 1992, os exemplares, que na época tiveram distribuição gratuita, logo se esgotaram. Em vida, o artista Linneu Dias organizou ao lado de Navas uma obra que buscava temas que apresentassem passagens significativas da história da dança paulista. “Em recortes transversais no eixo-temporal de sua construção”, ressalta. 

Para esta edição que demarca 30 anos desde a primeira publicação, e enaltece os 100 anos desde a Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, retoma-se os artigos de Navas e Dias quase intactos, ou seja, como o eram, desde os anos 90. Todavia traz também consigo o frescor das novas descobertas de Navas e de outros olhares como Arnaldo Siqueira e Henrique Rochelle.

Modernidades que dança de Sudeste a Nordeste

A republicação se organiza em três partes, a primeira, contém os quatro artigos do livro Dança Moderna, em sua edição de 1992: “As mães da modernidade” e “Klauss Vianna em São Paulo”, de Cássia Navas. “As companhias estáveis” e “A experiência do Teatro Galpão”, de Linneu Dias.  No miolo, apresenta registros fotográficos referentes a publicação dos anos 1990 e da atualidade. Na sequência, dois capítulos inéditos, “Dança em São Paulo hoje: continuidade e instabilidade, de 1992 a 2022”, por Henrique Rochelle e “Dança na Semana de Arte Moderna: importância e desimportância”, de Navas.  

E para encerrar, um terceiro texto: Arnaldo Siqueira discorre sobre “Modernidade, dança no Recife”, a partir da alteridade que se constrói da dança em outros polos, em outras centralidades do país. Segundo Navas, Siqueira e Rochelle se agregam de maneira complementar a este recorte da história da dança moderna num contexto nacional.


Para todo mundo

Além do lançamento oficial do dia 21/11, Dança Moderna 1992-2022 ganhará outros dois eventos com objetivo de lançar a versão e-book do livro, este, com valor mais acessível a R$10 (dez reais) e todos os eventos são gratuitos.

No dia 24/11/23, às 19h, o Centro de Referência da Dança-CRD, em São Paulo, contará com uma mesa-redonda para discussão da temática. Já no dia 1/12/23, às 19h, o Centro de Artes e Comunicação (CAC) da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, em Recife recebe seu público para uma conversa em torno da obra.

O objetivo é que a obra acesse aos mais diferentes tamanhos de bolso, desde a versão impressa (na pré-venda e lançamento do CPF-SESC SP) a R$45, pelo site da editora Mireveja a R$ 80 (www.editoramireveja.com/product-page/danca e o e-book a R$ 10 (Amazon).

No mais, cerca 200 exemplares foram enviados gratuitamente a universidades, centros de estudo, entidades culturais e artística, para compor às bibliotecas de todo país.

A obra Dança Moderna 1992-2022 é uma realização do Programa de Ação Cultural-PROAC Mecenato Direto, por meio da Secretaria de Cultura,  Economia   e Indústria Criativa do Governo do Estado de São Paulo, em edital que contemplou a  CÁSSIA NAVAS PRODUÇÕES CULTURAIS

Vendas online disponíveis pelo link www.editoramireveja.com/product-page/danca .

 

Sobre os autores:

Arnaldo Siqueira – Doutor em Artes da Cena (Instituto de Artes-Unicamp), Professor do Curso de Dança da Universidade Federal de Pernambuco/UFPE, Produtor Cultural e Curador de projetos e festivais de dança e autor de inúmeros artigos e quatro livros sobre a dança em Recife.

Cássia Navas Pesquisadora e ensaísta, é professora-colaboradora do Programa de Artes da Cena/ Instituto de Artes-Unicamp. Curadora e consultora de vários projetos/programas em dança no Brasil e exterior, é especialista em gestão/políticas da cultura (Ministère de la Culture- France/UNESCO/Université de Dijon). 

Henrique Rochelle – Crítico de dança, Doutor em Artes da Cena (Unicamp/Paris 8), com estágios de Pós-Doutoramento na USP, onde atuou como Professor Colaborador. É editor do site Outra Dança e membro da APCA.

Linneu Dias (1927-2002) –  Ator, contista, poeta, dramaturgo e tradutor brasileiro, pesquisador do  IDART, Secretaria Municipal de Cultural/SP, foi o primeiro e fundamental  crítico de dança do jornal O Estado de São Paulo.

 

Sobre os debatedores, lançamento 21 de novembro no CPF / SESC São Paulo

Marcela Benvegnu – É jornalista, pesquisadora de dança e gestora. É Superintendente de Desenvolvimento Institucional da Associação Pró-Dança, que é a instituição gestora da São Paulo Companhia de Dança e da São Paulo Escola de Dança. É master em Mídia, Comunicação e Negócios pela University of California (USA, 2017), foi bolsista do programa de mentoria executiva da Harvard Business School (USA, 2019). É mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC (crítica de dança) e pós-graduada em Estudos Contemporâneos em Dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Foi bolsista da pós-graduação em Gestão de Negócios do Business Behavior Institute, de Chicago, um programa de gestão de negócios com foco em competências comportamentais.  Foi coordenadora de Educativo e Comunicação (2009-2017) e de Registro e Memória, da São Paulo Companhia de Dança e consultora (2021). Atua como jurada, palestrante, crítica e jornalista convidada a eventos no Brasil e exterior. É codiretora do Congresso Internacional de Jazz Dance no Brasil desde 2009. Foi diretora executiva/artística da Bloch Brasil (2019/2020). É professora do curso de Pós-graduação em Dança e Consciência Corporal na Universidade Estácio de Sá e USC. Dirige o primeiro Grupo de Estudos de Dança, que está em seu terceiro ano de atividades e a MB – Gestão de Imagem e Comunicação para a Dança, assinando estratégias, conteúdos e experiências para nomes da dança.

Valmir Santos – Jornalista e crítico teatral, fundador e editor do site Teatrojornal – Leituras de Cena, desde 2010. Entre os anos 1990 e 2000, publicou nos veículos Folha de S.Paulo, Valor Econômico, Bravo! e O Diário, de Mogi das Cruzes (SP). Doutorando em Teoria e Prática do Teatro pelo Departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), onde cursou mestrado na mesma área. Autor de livros ou capítulos a exemplo de Abreugrafias da cena na Cia. Teatro da Cidade: acerca da trilogia formada por Maria Peregrina, Um dia ouvi a lua e O coração nas sombras (Carleto Editorial, 2021); Atos de coexistência: 30 anos do Núcleo de Artes Cênicas do Sesi-SP (Sesi-SP Editora, 2017); O Tapa no Arena: repertório em imagens (Edições Sesc São Paulo, 2015).

Flávia Fontes Oliveira (mediadora) – Jornalista e roteirista. Trabalhou na Gazeta Mercantil, Revista Época (semanal), foi redatora-chefe na Editora Trip e coordenadora das áreas de Comunicação, Educativo e Memória na São Paulo Companhia de Dança. Colaborou com matérias de dança com as revistas Bravo!, Fapesp, CartaCapital, TAM, Voe Gol, entre outras. É autora do projeto Tempo de Dança, programa com dez episódios sobre a vida de quem dança no Brasil (Origina Conteúdo, em produção para o canal Arte1). Em ficção, faz parte da equipe de roteiro da série Chuva Negra (Globoplay), de Rafael Primot. É formada pela Unesp (1996) em jornalismo e mestre em comunicação pela PUC-SP (2007).  É autora do artigo “Texturas da Memória”. in: Sala de Ensaio. Org. Inês Bogéa (Imprensa Oficial| SPCD, 2010) e coorganizadora do livro Na dança, org. Flávia Fontes Oliveira, Cássia Navas e Inês Bogéa (Imprensa Oficial, 2005)

Informações do evento

Datas e Horários:
21 de novembro de 2023 19:00 às 21:00 - Terça-Feira

Entrada Gratuita

Classificações: livre

Acessibilidade: Com Acessibilidade

Site: https://centrodepesquisaeformacao.sescsp.org.br/atividade/danca-moderna-1992-2022

Formato do Evento: Presencial

Local: Centro de Pesquisa e Formação – CPF/ Sesc São Paulo

Endereço: Rua Doutor Plínio Barreto, 285 - São Paulo / SP - 01313-020

Localização: