A autora, atriz e dançarina Marília Passos conta a história da norte-americana Isadora Duncan (1877-1927), considerada precursora da dança moderna, na peça inédita “Isadora”, que será lançada em formato de livro pela e Editora Labrador, no dia 18 de junho, das 14h às 17h, no Teatro Municipal Pedro Paulo Teixeira Pinto, em Ubatuba, no litoral de SP.
O evento será uma oficina de escrita criativa, ministrada pela autora no Teatro Municipal Pedro Paulo Teixeira Pinto de Ubatuba, a ser realizada no dia 18 de junho das 14h às 17h. A atividade é voltada para jovens e adultos que tenham interesse nesse assunto.
Ao longo de 3 horas, a autora desvendará a escrita a partir de experiências pessoais, constituindo uma aproximação entre os participantes e a escrita teatral. A oficina será promovida em parceria com a FundArt – Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba.
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Isadora Duncan revolucionou a dança na virada dos séculos XIX para XX. A peça “Isadora” é inspirada em sua autobiografia intitulada “Minha vida” e conta a trajetória da bailarina através da retrospectiva de sua vida e sua relação com sua mãe.
Dividida em dois tempos, a peça começa com o reencontro de Isadora com a mãe depois que a bailarina volta consagrada para os EUA, vinte anos depois de ter chegado à Europa. As duas veem a tristeza em seus rostos e refletem como duas mulheres que tiveram vidas tão distintas podiam trazer no rosto marcas tão semelhantes. Ao refletir sobre isso, elas começam a relembrar suas trajetórias.
O livro tem tiragem prevista de 500 exemplares da obra, com parte da distribuição (20%) doada às instituições de ensino técnico nas áreas do teatro, da dança e da produção cultural, além de equipamentos culturais e bibliotecas públicas do Estado.
Este projeto foi integralmente realizado com o apoio do Edital ProAC Expresso Direto nº 22/2023 – LITERATURA / REALIZAÇÃO E PUBLICAÇÃO DE OBRA TEATRAL INÉDITA.
Sinopse
Isadora Duncan revolucionou a dança na virada dos séculos XIV para XX e é considerada a precursora da dança moderna. Antes dela trazer ao público sua dança de pés descalços e improvisação, o mundo das artes só entendia como dança o balé.
Isadora Duncan escreveu sua autobiografia intitulada “A minha vida” depois da Primeira Guerra Mundial, mas só foi publicada em 1928, um ano após a sua morte. Isadora foi arrancada do carro conversível que pilotava por sua echarpe, que se enroscou na roda do automóvel, e morreu sufocada.
A peça “Isadora” conta a trajetória da bailarina através da sua própria retrospectiva de vida e de sua relação com sua mãe. Dividida em dois tempos, a peça começa com o reencontro de Isadora com a mãe quando a bailarina volta consagrada para os EUA, vinte anos depois de ter chegado à Europa. As duas vêem a tristeza em seus rostos, e refletem como duas mulheres que tiveram vidas tão distintas podiam trazer no rosto marcas tão semelhantes. Ao refletir sobre isso, elas começam a relembrar a trajetória de Duncan.
Nascida na Califórnia, sua mãe se divorciou de seu pai quando Isadora ainda era bebê. Ela criou os quatro filhos dando aulas de piano. Além do ambiente artístico que a mãe trazia para a casa, Isadora credita à infância pobre e livre a semente da sua dança. Ela conta que havia abandonado a escola para passar horas dançando à beira do mar.
Com dezessete anos, acreditando que só na Europa sua dança seria reconhecida, ela parte com a família de carona em um cargueiro de gado para a Inglaterra. Depois de meses de pobreza, onde tiveram até que dormir na rua, Isadora começa a se apresentar nos salões da alta sociedade inglesa, mas é só depois de se mudar para Paris que seu nome começa a se espalhar pelos salões da sociedade e ambientes artísticos. Logo ela começa a se apresentar em teatros de diferentes cidades da Europa, sendo reconhecida como uma revolucionária do mundo da dança e das artes.
Seu temperamento livre e avançado para o padrão da época renderam muitas críticas, mas Isadora nunca se deixou amedrontar por elas. Do seu relacionamento com o cenógrafo Gordon Craig, tem seu primeiro filho e depois se relaciona com o empresário Paris Singer, pai de seu segundo filho.
Isadora havia adotado quarenta crianças em Paris para as quais pretendia ensinar sua dança, fazendo com que seu legado continuasse, porém, essa escola consumia todos os seus ganhos. Paris Singer oferece a ela o suporte financeiro para que ela pudesse manter suas alunas, mas a grande paixão entre os dois encontra desavenças e logo eles se separam, mesmo estando apaixonados.
Em um dia de muita chuva, o carro que levava os dois filhos de Isadora e a babá sofre um acidente e cai no rio Sena, matando todos. Isadora entra em uma grande depressão que se estende pela Primeira Guerra Mundial. Na peça, Paris Singer a encontra depois de muito procurá-la por Paris e a resgata da depressão. Ao encontrá-la abandonada em um pequeno quarto alugado, ele diz que nos EUA, sua pátria, estão todos à espera da grande Isadora Duncan, a bailarina dos pés nus que revolucionou a dança. Sua fama havia enfim chegado à sua terra natal, e uma grande turnê havia sido organizada para que ela voltasse triunfalmente ao seu país. É nesse retorno que ela reencontra a mãe, e voltamos para as reflexões das duas no início da peça, quando juntas tentam entender o sentido da vida.
Sobre Marília Passos
Marília Passos iniciou sua carreira como atriz, estreando na novela “Coração de Estudante”. (Rede Globo), seguido de outros trabalhos para Globo, HBO, FOX e cinema. Paralelamente, fez faculdade de dança. Ao longo da carreira, se envolveu também com produção de vídeo e roteiro. Trabalhou como videomaker e cenógrafa, ao mesmo tempo em que começou a frequentar um curso permanente de escrita criativa e roteiro.
Desde então, lançou quatro romances e colaborou com projetos de séries e diversas revistas.
Suas principais experiências como escritora são: Finalista do Prêmio Jabuti com o romance “Selvagem” (2023); publicação do romance “Selvagem” pela Editora Labrador; participou de mesa redonda com o lançamento do romance “Selvagem” no Festival Literário de Paraty (FLIP 2022); lançamento do romance “Intragável” pela Editora Labrador com participação no Festival Literário de Paraty (FLIP 2018); apresentação do romance “A natureza das coisas” na Casa Publishnews; lançamento do romance “A natureza das coisas” pela Editora Labrador; foi co-roteirista no projeto da série “Vagabunda”, assinado por Ilan Rawet (2016 -2017); lançamento do romance “Azul e Sombra”, pela Editora Oito e Meio. Como atriz, seus principais trabalhos foram em “Mandrake” (HBO – 2005), “Irmãos de Fé” (2005), “Um só coração” (GLOBO – 2004) e “Coração de estudante” (GLOBO – 2002).
Ficha Técnica:
Autora e produtora executiva: Marília Passos
Coordenação editorial: Pamela J. Oliveira
Assistência editorial: Leticia Oliveira
Projeto gráfico e capa: Luiz Stein
Diagramação: Nalu Rosa e Marina Fodra
Preparação de texto: Andresa Vidal
Revisão: Jaqueline Corrêa
Revisão dramatúrgica: Aimar Labaki
Gestão: IC Cultura
Coordenadoras de produção: Bia Ramsthaler e Aryane Barcelos
Editora Labrador
Informações do evento
Datas e Horários:
18 de junho de 2024
14:00 às 17:00 -
Terça-Feira
Entrada Gratuita
Classificações: livre
Acessibilidade: Com Acessibilidade
E-mail: projetos.fundart@gmail.com
Formato do Evento: Presencial
Local: Teatro Municipal Pedro Paulo Teixeira Pinto
Endereço: Praça Exaltação à Santa Cruz, 22 - Ubatuba / SP - 11680-000
Localização: