Laboratório | Dança com objetos | Do afrofuturismo ao faquirismo

O que o afrofuturismo, o faquirismo, a dança, a psicologia, a corporeidade negra nos convoca? 

Ativar um corpo que rompe com os estereótipos? 

Confluir em coletivo sem negociar sua subjetividade? 

Acionar os objetos para ser extensão do seu corpo na dança? 

Clínica e arte? 

Artista e analista ocupam um lugar de provocação? 

O laboratório tem como desejo pesquisar espaço-tempo, impulso, intenção, energia, peso do objeto, formas de equilíbrio do objeto no corpo, em movimento de dança. Rebolar em espiral. O afrofuturismo como uma potência criativa de ressignificar o passado, transformar o presente e conceber o futuro onde pessoas negras estão no lugar de poder, beleza, potência…

A tecnologia aqui é entendida como ancestralidade, intuição, criatividade, sonhos, utilização de ervas.No Brasil, o faquirismo foi praticado por mulheres desde os anos 20. Suzy King dançava com cobras, eu danço com facões.

No prefácio do livro “Cravo na carne – fama e fome- o faquirismo feminino no Brasil”, escrito pelo Alberto de Oliveira e Alberto Camarero. Regina Muller ilustra as faquiresas assim: “Mas o fascínio não se deve apenas a ambiguidade”.

A forma expressiva de sua performance é espetacular e glamourosa… Aí reside sua força, na sensualidade, que em lugar de despertar piedade pelo mártir, acende o desejo pelo que é torto, desvia a regra, pela negação dos limites, pela desordem…

A proposta é que tragam objetos que vocês gostam, já experimentou ou tem vontade de experimentar seja bolinha, clave, colher, pente garfo, faquinhas, facas ou facões (sem corte) ou algum objeto de desejo que queira experimentar com a dança. 

Este projeto foi fomentado pelo PROGRAMA FUNARTE RETOMADA 2023 – CIRCO