Como captar o instante presente de um acontecimento? Quais imagens se constroem neste instante? É possível dançar uma imagem antes mesmo de conseguir nomeá-la? Estes são alguns disparadores para a criação do novo trabalho de Marcus Moreno, instante-já”, nome que tem inspiração na obra ‘Água Viva’, da escritora Clarice Lispector, em suas poéticas que refletem sobre a passagem do tempo, contaminadas por ideias relativas à percepção, memória e produção de imagens presentes no universo das ciências cognitivas.  

Tudo que acontece no cérebro se inicia a partir de células neurônios. De um neurônio para outro há pequenos vãos, preenchidos por substâncias químicas liberadas a cada disparo de um impulso elétrico, que influenciam a produção de imagens provenientes dos sentidos e do fluxo dos nossos pensamentos. É este momento fugidio e fugaz que ‘instante-já’ tenta acessar”, revela Marcus Moreno sobre o novo trabalho.

O curso do desejo de dançar o “instante-já” se aprofundou a partir do encontro com a coreógrafa uruguaia Andrea Arobba, por meio da imersão em materiais criativos levantados ao longo de uma residência realizada no Centro de Referência da Dança (CRDSP). O trabalho também contou com as trocas artísticas com Alex Ratton, Cora Laszlo, José Artur Campos, Márcio Greyk, Patrícia Árabe e Rafaela Sahyoun, nos “Encontros Efêmeros”, realizados durante todo o processo de criação.

Por isso, Moreno define “instante-já” como resultado do encontro: “com o tempo, com o espaço, com diferentes corpos e maneiras distintas de fazer dança; um solo construído por muitas presenças, em muitos instantes”, pondera. 

Marcus Moreno formado em Comunicação das Artes do Corpo com especialização em Técnica Klauss Vianna (PUC-SP), com o apoio do Edital de Primeiras Obras do Proac, criou, em 2013, o solo “A Imagem como Ausência”, orientado pela artista Key Sawao. Em 2016, estreou “A Flor da Lua”, concebido no ‘Programa de Obras em Construção’ da Casa das Caldeiras. Em 2017, com o apoio do Edital Proac para Criação, criou “Estudo para o Encontro”, em parceria com o violinista Moisés Mendoza Baião. Tem interesse em práticas orientais, improvisação cênica e estudos somáticos.

Ficha Técnica 

Concepção e Dança: Marcus Moreno | Colaboração Artística: Andrea Arobba (Artista Residente Convidada) | Criação de Luz e Espaço Cênico: Hernandes Oliveira Trilha Sonora Original: Antonio Porto | Fotos: Silvia Machado | Pesquisadores convidados do Ciclo Presentificar: Ivan Hegen, Jussara Miller, Paula Petreca, Virgínia Souza e André Cravo | Tradução em Libras Ciclo Presentificar: Fabiano Campos, Elaine Sampaio e Rogério Timoteo | Audiodescrição: Daniella Forchetti (Música e Movimento) | Encontros Efêmeros: Alex Ratton, Cora Laszlo, José Artur Campos, Márcio Greyk, Patrícia Árabe e Rafaela Sahyoun |Registro em Vídeo: Nome Filmes | Design Gráfico: Ruth Alvarez | Assessoria de Imprensa: Elaine Calux | Assistente de produção e mídias sociais: Juliana Vinagre | Produção Executiva: Cristiane Klein | Direção de Produção e administração do projeto: Dionísio Produção.

*As apresentações integram o projeto Novas Efemeridades, contemplado pela 25ª Edição do Programa de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.

Informações do evento

Datas e Horários:
6 de dezembro de 2019 até 13 de dezembro de 2019 21:00 às 21:40 - Sexta-Feira

Entrada Gratuita

Classificações: 12 anos

Acessibilidade: Com Acessibilidade

Capacidade de pessoas: 198

Site: http://instagram.com/novasefemeridades

E-mail: elaine.calux@gmail.com

Formato do Evento: Presencial

Local: Teatro Cacilda Becker

Endereço: Rua Tito, 295, até 1005/1006 - São Paulo / SP - 05051-000

Localização: