Festival Internacional de Artes no Feminino

Festival das Marias tem espetáculos de dança no Teatro Paulo Eiró e pelo YouTube

A terceira edição do Festival das Marias, Festival Internacional de Artes no Feminino acontece entre os dias 6 e 18 de outubro de 2022, com eventos simultâneos presenciais e online. Atrações musicais se intercalam com espetáculos de circo, dança, teatro infantil, contação de histórias, cinema e vivências relacionados ao universo feminino.

A programação presencial – de 6 a 10/10 – traz eventos gratuitos em equipamentos de cultura da Prefeitura de São Paulo (Teatro Paulo Eiró, Centro de Culturas Negras – Mãe Sylvia de Oxalá e Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes) e no cine Petra Belas Artes. Em Araçariguama (SP), as atividades ocorrem na Escola dos 7 Portões, com contribuição voluntária. As atividades ONLINE se estendem até o dia 18/10, a partir do YouTube/FestivaldasMarias (com vídeos, performance, espetáculos, série e videoaula – grátis) e no À La Carte – streaming de filmes e séries – do Petra Belas Artes (mostra de cinema, com assinatura paga).

O Teatro Paulo Eiró recebe, entre outras atrações, espetáculos de dança com Turmalinas Negras, Juliana Maia e Raies Dança Teatro. Na programação online, o YouTube/FestivaldasMarias apresenta videodanças, performances e uma videoaula: Conceito, Metodologia e Criação em Dança Aérea (BR), Papisa (BR), Las Líneas (BR), O Vazio É Cheio de Coisas  (BR) e Perseguida (BR).

O Festival das Marias, Festival Internacional de Artes no Feminino nasceu em Portugal, em 2019, sob a égide do protagonismo feminino, passando a ocorrer no Brasil em 2020, com direção de Adriana Belic (Belic Arte.Cultura) e curadorias convidadas a cada edição. Com foco na valorização da criação artística feminina, sua programação multidisciplinar gira em torno de criações e de temas que abordam o feminino. Concebido sob os pilares das ODSs 5 e 16 (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – Igualdade de Gênero e Cultura de Paz), a edição brasileira é encerrada em 10 de outubro por ser esse o Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher. Em 2022, o evento é idealizado e organizado pelas portuguesas CADAC – Companhia Alentejana de Dança Contemporânea e Cia Teatro Lendias d’Encantar e pelas brasileiras Escola dos 7 Portões, Cine Petra Belas Artes e Belic Arte.Cultura, numa realização da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo.

III Festival das Marias, Festival Internacional de Artes no Feminino 

www.festivaldasmarias.com.br | @marias.festival

Para detalhes da programação completa e sinopses acesse:

https://docs.google.com/document/d/1CpTPAR_FFpk3xBLxpegPmLWJ5rRUl3jw/edit?usp=sharing&ouid=100581629043319159137&rtpof=true&sd=true

PROGRAMAÇÃO PRESENCIAL – Dança
Teatro Paulo Eiró
Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro. SP/SP.

07/10 (sexta)

21h – Dança: SobrExistir – com Cia Turmalinas Negras

O trabalho da Cia Turmalinas Negras – coletivo de mulheres pretas – é calcado nas batalhas diárias para ser um “corpo preta no mundo”, para ser quem são com suas artes, histórias, cicatrizes e dores. É sobre estar numa sociedade que silencia todos os dias a presença e a cultura negra. O espetáculo SobrExistir fala sobre existência, sobre como resistir. Fala sobre o que não foi contado. É sobre afeto, conexões, ancestralidade e pluralidade. “Somos cultura, riso, canto e potência. É sobre o que nossos olhos enxergam e como nos veem, sobre podermos contar nossa história da forma como ela realmente é, sobre mostrar que sempre estivemos sempre aqui. É sobrExistir”, argumenta a diretora Mayara Rosa.

FICHA TÉCNICA – Direção e idealização: Mayara Rosa. Coreografia: Mayara Rosa, Bia Patrocinio e Zaila. Codireção: Darlita Albino. Produção: Aline Constantino. Poeta: Juliana de Jesus. Elenco: Cahzim, Daniela Santana, Jess Nascimentto, Jheniffer Batista, Lilian Martins, Munique Costa, Natasha Sousa, Nayara Romana, Steh Alves e Zaila. Classificação: Livre. Duração: 30 minutos.

08/10 (sábado)

21h – Dança: Auto-Mar – com Juliana Maia

Auto-Mar é um solo de dança sobre o feminino, amor e libertação, resultado de trabalho de criação colaborativa entre os artistas envolvidos. As linguagens da dança, música, fotografia e do audiovisual se misturam numa pesquisa de dramaturgia, composição e improviso cênico. O espetáculo reflete sobre questões do feminino e a descoberta do amor em um processo de autoconhecimento e emancipação. A subjetividade feminina, assim como o espaço para a individualidade e o autoconhecimento na sociedade ainda cheia de amarras para as mulheres, são colocados em pauta por meio de estados corporais e desenhos coreográficos. Os textos apresentados em cena, criados pela bailarina Juliana Maia, apresentam a praia como uma metáfora para o espaço reflexões e conflitos vividos pela personagem que dança e poetiza esse movimento de ruptura psíquica e social. A coreografia se desenvolve para um mergulho pela dança, no qual a praia é a fronteira entre o passado e consciência, e torna-se o ponto de partida para um mergulho em Auto-Mar, de autoconhecimento, possibilitando a ruptura e a liberdade. Esse trabalho faz parte da pesquisa de dramaturgia em dança, desenvolvido pela bailarina e coreógrafa Juliana Maia como artista solo e coreógrafa da Barbara Cia de Dança.

FICHA TÉCNICA – Produção, concepção, coreografia, texto e interpretação: Juliana Maia. Trilha sonora, composição e interpretação: Gabriel Spinosa. Fotografia e participação cênica: Marcella Marini. Vídeo, colaboração em criação e operação de luz: Felipe Marini. Desenho de luz: Mauricio Shiragawa. Classificação: Livre. Duração: 45 minutos.

09/10 (domingo)

19h – Dança: Mujeres – com Raies Dança Teatro (ES)

O grupo Raies Dança Teatro é reconhecido como um dos melhores do Brasil na arte flamenca, pela sensível junção de experiência e criatividade. Formado por profissionais da dança, música e teatro, há 20 anos, o Raes vem se aprofundando com estudos no Brasil, Argentina e Espanha. A criatividade é fruto da integração destes artistas, desenvolvendo juntos uma expressão jovem e moderna da arte flamenca. Com um vasto repertório de coreografias e números musicais, que compõem diferentes espetáculos, o grupo exibe uma elaborada técnica de dança flamenca com castanholas, leques, sapateados, danças tradicionais e modernas, dramáticas e alegres, que conjugam graça e sensualidade. As Músicas são tocadas ao vivo – violões (as guitarras flamencas), percussão, palmas, e cantores – revivendo temas e ritmos flamencos através com arranjos especiais.

FICHA TÉCNICA – Direção artística: Deborah Nefussi. Direção musical: Deborah Nefussi e Fernando de Marilia. Elenco: Deborah Nefussi (bailaora), Isadora Nefussi (bailaora) e Naiene Sanchez (bailaora e atriz). Músicos: Fernando de Marilia (voz e violão), Luiz Felipe Aranega (violão), Luciano Khatib (cajon e percussão). Figurinos: A Fulana Flamenco. Iluminação e operação de luz: Ciso de Souza. Técnico de som: Ignacio Jesus Flores Perez. Produção: Raies Dança Teatro. Classificação: Livre. Duração: 45 minutos.

PROGRAMAÇÃO ONLINE – Dança
Onde: YouTube/FestivalDasMarias – www.youtube.com/festivaldasmarias

07/10 (sexta)

12h – Videoaula:  Conceito, Metodologia e Criação em Dança Aérea – c/ Suzi Arruda (BR)

Suzi Arruda vem se aprofundando no ensino-aprendizagem das práticas aéreas. Na videoaula explica conteúdos históricos, teóricos e filosóficos sobre a dança aérea no Brasil e no mundo, sua história, como e quando surgiu, seus precursores e a relação da modalidade com o site Specific. Parte do conceito de ‘corpo sem órgãos’ em relação com a gravidade e a criatividade cênica, explorando técnicas e criando possibilidades de fusão de linguagens da dança, do circo, do teatro, da performance e artes visuais. Além da aula ela também disponibilizará um artigo sobre a temática proposta. Classificação: 12 anos.

07/10 (sexta)

20h – Videoperformance: Papisa – com Chai Rodrigues (BR)

Chai Rodrigues protagoniza a performance Papisa calcada nas artes visuais – fotografia, intervenção urbana, performance arte e audiovisual. Utiliza diferentes técnicas e linguagens para desenvolver ideias de repetição, acúmulo em função do tempo, tendo como temas a condição da mulher, a constituição e quebra de rotinas, o psíquico, o estar na cidade virando e revirando o seu ambiente privado e experiência no espaço público. Classificação: Livre.

08/10 (sábado)

18h – Videodança: Las Líneas – com Lucia Reizner (PT)

Las líneas é um solo de dança de Lucía Reizner, dirigido por Ivna Messina. A criação traz uma indagação físico-poética sobre os vínculos entre uma mulher e os territórios que ela ocupa, suas memorias e seus rastros. É uma história de caminhos e espaços tecidos entre um corpo e as linhas ao seu redor.

FICHA TÉCNICA – Intérprete criadora, pesquisa e concepção: Lucía Reizner. Direção cênica e coreográfica: Ivna Messina. Dramaturgia: Lucía Reizner e Ivna Messina. Assistência dramatúrgica: Alexsandra Bertoli. Direção de arte, cenário e figurino: Thila Lenk. Iluminação: Daniel Boone. Trilha sonora: Esteban Bisio. Violão: Esteban Bisio. Clarinete: Pablo Moldes. Percussão: Edu Szajnbrum. Produção: Luiz Carlos Cardoso. Desenho gráfico: Ale Pin. Fotografia e filmagem: Esteban Bisio. Classificação: Livre. Duração: 30 minutos.

09/10 (domingo)

12h – Espetáculo/dança: O Vazio É Cheio de Coisas – com Poema Mülhlenberg (BR)

A Cia Nós no Bambu apresenta O Vazio É Cheio de Coisa com Poema Mühlenberg, espetáculo de dança em vídeo no qual um corpo humano e um bambu se bastam. Do encontro minimalista entre um bambu oco e um corpo recoberto de experiências da artista Poema Mülhenberg, uma profusão de imagens e significados invadem o imaginário do público. Entre corpos e bambus nasce a Cia. Nós No Bambu. Sua poética inovadora, técnica e estética são resultado de duas linhas de pesquisa continuada: a criação de instrumentos acrobáticos de bambu e a interação cênica com estas formas, numa fusão entre acrobacia, dança e teatro. Classificação: Livre.

10/10 (segunda)

12h –  Video/performance: Perseguida – com Andréa Veruska (BR)

“As menininhas são adestradas para nunca machucarem os homens, e as mulheres são enquadradas toda vez que fogem a essa regra”. Essa frase da escritora, romancista e cineasta Virginie Despentes inspira a performance Perseguida. Andréa Veruska veste uma armadura feita com pregos enferrujados para encarar o metrô do Recife. Classificação: 12 anos