Como habitar o entre? Desenterro e celebro os ossos, enquanto crio e percorro meu caminho… Nascida na cidade de São Paulo e residindo em Piracicaba, desde 2019, Carolina Moya investiga, poeticamente, neste estudo, sua própria identidade. Abordando suas travessias e a condição de estrangeira às tradições que pesquisa e com as quais trabalha há vinte e quatro e dezessete anos, respectivamente, o flamenco e as danças tradicionais populares brasileiras (especificamente neste estudo: cavalo marinho, maracatu rural, baião de princesas e bumba boi). Técnicas corporais basilares da criação, a partir das quais explora outras corporeidades possíveis. A dramaturgia é livremente criada a partir da estrutura do baile flamenco das Alegrias de Cádiz.
Para pensar o conceito de identidade deste estudo, Carolina, apoia-se, no entendimento presente no texto da antropóloga Els Lagrou, No Caminho da Miçanga – Um mundo que Faz de Contas.
“A identidade é constituída pela incorporação esteticamente controlada do outro” Els Lagrou.
Carolina Moya é artista pesquisadora, nascida no estado de São Paulo, formada em dança e performance pelo curso de Comunicação das Artes do Corpo (PUC SP).
Começou seus estudos de flamenco em 1998 e em 2005 inicia a pesquisa em danças tradicionais populares brasileiras. Desde 2011 investiga no corpo, nas linguagens da dança e da performance, o flamenco e as danças populares.
Dentre seus principais trabalhos artísticos destacam-se a fundação e participação como bailaora da Cia de flamenco Oficina Flamenkera, dirigida por Cylla Alonso, de 2014 à 2018, circulando pelo interior do estado de São Paulo, com espetáculo Percurso-me, pelo Circuito Cultural Paulista.
Em 2012 Carolina entrou no grupo Manjarra, de cavalo marinho, dirigido por Alicio Amaral e Juliana Pardo, e atua como galante e figureira do grupo até hoje. Participou do grupo de estudos “O Trabalho do Ator/ Bailarino a partir das Danças Tradicionais Brasileiras” que, no ano de 2013, virou o grupo Azougue Laboratório de Experimentação Cênica, também sob a direção de Alício e Juliana. O grupo circulou com o prêmio Proac primeiras obras em dança em 2015 e 2021 Proac Lab estadual com espetáculo Anjos Tortos.
No universo da cultura popular Carolina procura viajar pelo Brasil para as principais festas do ciclo do carnaval, São João e ciclo de reis, desde 2012. Brincou como galante no Cavalo Marinho Estrela do Oriente, de Mestre Inácio Lucindo, no Maracatu Rural Coração Nazareno de Nazaré da Mata, como cabocla de lança e no Guerreiro da mestra Margarida, Santa Joana D’Arc, como o entremeio “mamãe velha”.
Ficha Técnica
Criação, Interpretação e Dramaturgia – Carolina Moya
Provocação Corporal – Juliana Pardo
Trilha Sonora – Ivan Silva
Figurino – Ivy Calejon
Desenho de Luz – Almir Rosa
Fotografia – Daniel Cunha
Registro áudiovisual – Tikay Multicultural Produções Cinematográficas
Assessoria de Imprensa – Rafael Bittencourt
Produção artística – Juliana Bruce
Informações do evento
Datas e Horários:
20 de agosto de 2022
20:00 às 20:30 -
Sábado
Entrada Gratuita
Classificações: livre
Acessibilidade: Com Acessibilidade
Capacidade de pessoas: 200
Telefone para contato: (11) 98111-7698
Site: http://www.carolinamoya.com
E-mail: carolinaemoya@gmail.com
Formato do Evento: Presencial
Local: Teatro Flávio Império
Endereço: Rua Professor Alves Pedroso, 600 - São Paulo / SP - 03721-010
Localização: