Crédito da foto: Amanda Prates

Dengo

Em um momento onde o àlakála (pesadelo) domina os pensamentos e as realidades, o espetáculo Dengo se propõe a construir uma narrativa que tem como ponto de partida africa e a diaspora e as cosmovisoes indígenas, onde os elementos do alá (sonho em yoruba), da utopia, das masculinidades, do dengo e dos afetos se entrelaçam para refletir sobre as possibilidades de uma nova realidade.

A partir da interseção dessas temáticas, o espetáculo explora diferentes linguagens artísticas para imaginar um mundo onde a violência contra o corpo negro, que custa vidas a cada 23 minutos, seja dissipada, e onde as comunidades negras não sejam a maioria nas cadeias. A proposta é um mergulho profundo na ancestralidade, convocando as energias dos malandros, exus, capoeiras, pombogiras, e as manifestações culturais negras e indígenas. Através dessas forças, o espetáculo nos transporta de volta para nós mesmos, resgatando e reinventando nossos alás (sonhos).

Dengo é um convite para que juntos, como coletividade, possamos (re)pensar as masculinidades e seus processos, questionando e reescrevendo o nosso lugar no mundo. Um ato de resistência, de celebração, e de transformação, onde o sonho é o ponto de partida.

Release:

Espetáculo de Dança “DENGO” Propõe Reflexões Sobre Masculinidade e Ancestralidade nas e com as Periferias de São Paulo

O núcleo dos Menó, formado por um grupo de artistas negros e periféricos de diversas localidades de São Paulo, apresenta o espetáculo de dança “DENGO”, um trabalho vivo que ocupa as ruas das periferias da cidade. Com direção de Amanda Prates, a performance reúne pessoas negras que, por meio da dança, discutem suas masculinidades, fragilidades, desejos e a busca por seus sonhos, sempre com a premissa de Sankofar — pensar os aprendizado com a ancestralidade como base para a construção de um futuro mais consciente e transformador.

Combinando elementos da cultura popular, o trabalho se inspira nas energias de Exus, Pombogiras, Malandros e todas as forças transeuntes da rua, buscando celebrar as potências presentes nesses espaços. O projeto propõe uma reflexão sobre o lugar das masculinidades negras na sociedade contemporânea e a força que podemos encontrar em suas ancestralidades para romper com as barreiras que limitam seus afetos, emoções e desejos.

A dança no espetáculo é mais do que uma linguagem artística: é um corpo que se expõe e se reconstrói, um espaço para pensar as masculinidades de formas plurais e não estereotipadas. Ao discutir o que significa masculinidades em um contexto urbano e periférico, “DENGO” também se insere no debate sobre a importância de novas narrativas para a população negra nas artes e principalmente na sociedade.

Com o apoio do Edital VAI 1, com o projeto “Utopias de afetos”, o projeto contempla oito apresentações em diferentes pontos das periferias de São Paulo, levando a reflexão e a energia do trabalho para dentro das comunidades. “DENGO” não é apenas um espetáculo de dança, mas uma provocação artística e política, um convite para que o público se reconheça e se conecte com sua própria ancestralidade, reforçando a importância da troca de afetos e da construção coletiva de um futuro mais livre e justo.

Não perca a oportunidade de vivenciar esse espetáculo único, que traz à tona arte e o grito de liberdade de quem ousa sonhar com novos mundos.

 

Serviço

Data:25/04

Horário da apresentação: 20h

Local: Batakere

Data: 13/05

Horário da apresentação: 20h – 21h

Local: Praça Ramos (ao lado do CRD)

Data: 17/05

Horário da apresentação: 13h – 14h

Roda de conversa: 14h – 15h

Local: Praça Ramos (ao lado de CRD)

Informações do evento

Datas e Horários:
25 de abril de 2025 até 17 de maio de 2025 20:00 às 21:00 - Sexta-Feira 20:00 às 21:00 - Terça-Feira 13:00 às 15:00 - Sábado

Entrada Gratuita

Classificações: livre

Acessibilidade: Com Acessibilidade

Telefone para contato: (11) 99109-3447 (11) 95257-0759

Site: https://www.instagram.com/nucleodosmeno

E-mail: [email protected]

Formato do Evento: Presencial

Local: Batakere e Praça Ramos (ao lado do Centro de Referência da Dança)