Na esteira das comemorações de 25 anos de atividades, a Cia. Artesãos do Corpo remonta ESPASMOS URBANOS, seu primeiro espetáculo, de 1999. A montagem ganha novas apresentações com 10 artistas no palco em sete cenas e mostra um grupo de personagens anônimos, que evocam o cotidiano protagonizando episódios que revelam o absurdo de uma vida centrada no movimento da cidade.

A estreia acontece com apresentações gratuitas no Centro Cultural São Paulo [Sala Jardel Filho] nos dias 27, 28 e 29 de setembro, sexta-feira e sábado às 20h e domingo às 19h. Na sequência, a obra faz sessões de 3 a 5 de outubro, quinta-feira a sábado às 21h, no Teatro Alfredo Mesquita e de 18 a 20 de outubro, sexta-feira e sábado às 21h e domingo às 19h, no Teatro Cacilda Becker.

Na remontagem de ESPASMOS URBANOS a Cia. Artesãos do Corpo selecionou quatro novos artistas – Cleia Plácido, Edu Pinheiro, Gabriel Góes e Lilian Soarez – para integrarem o espetáculo. Os outros seis intérpretes já fazem parte do elenco do grupo, sendo que Fany Froberville, Ederson Lopes e Mirtes Calheiros estavam em cena na primeira encenação de 1999.

ESPASMOS URBANOS pesquisa e reflete sobre as condições alucinantes a que se submete o homem urbano, os efeitos e deformações no corpo emocional e visível, bem como a vingança deste corpo contra seus algozes, ou seja, no próprio homem e seu corpo distorcido. O ritmo alucinante, a falta de contato entre as pessoas, o medo, a solidão e ao mesmo tempo a vontade antropofágica de sentir o outro, a violência, as paixões e as culpas estão presentes na montagem.

Novos corpos e expressões

A diretora Mirtes Calheiros conta que revisitar o espetáculo de 1999 proporcionou um olhar detalhado para a trajetória da Cia. Artesãos do Corpo. “Após 25 anos, a cidade continua sendo uma inspiração para nossas obras e algumas práticas seguiram conosco, como a improvisação, o uso de objetos e os movimentos mais lentos.”

Para as novas apresentações, a direção trouxe algumas mudanças para o palco, como a cena em que o intérprete Ederson Lopes usa uma máscara de soldar com uma imagem de um olho só. “Apesar de ser uma obra semi-pronta, a redescoberta de novos corpos e suas expressões trouxe outras dinâmicas para o espetáculo”, conta Mirtes Calheiros.

Feliz por remontar o primeiro espetáculo da Cia. Artesãos do Corpo, Mirtes acredita que só com muita determinação em levar arte e poesia ao público fez o grupo comemorar 25 anos de trajetória. “Temos que saber lidar com algumas frustrações, principalmente com a falta de verba. E assim, por 25 anos, tem sido nosso cotidiano de achar todos os dias que algo maravilhoso vai acontecer”, pontua ela.

Sobre a Cia. Artesãos do Corpo

Criada em 1999, pela socióloga e bailarina Mirtes Calheiros é formada por bailarinos, performers, atores e pesquisadores de artes cênicas, com o objetivo de elaborar espetáculos, intervenções, performances e projetos que provoquem a sensibilidade e a consciência do espectador para temas de interesse no mundo contemporâneo. Em 2024 a companhia celebra 25 anos de existência e segue na sua pesquisa sobre a diluição das fronteiras entre dança-teatro-performance e na investigação urbano-coreográfica dos processos de influência, alteração e diálogo entre o corpo e a cidade. Tendo com premissa a diversidade e a pluralidade na formação de seu elenco a companhia leva ao palco a cada novo trabalho um mosaico de referências estéticas e de percepções corporais distintas, criando inúmeras possibilidades coreográficas a cada tema proposto. Atualmente a companhia dedica-se a pesquisa de estados físicos e meditativos que estimulem o intérprete à criação cênico-coreográfica a partir de situações de presença e sua posterior ressignificação para a cena utilizando diferentes abordagens de treinamento e percepção corporais orientais (aikido, yoga, tai chi, chi kung, do-ho, sei-tai-ho). A Cia. Artesãos do Corpo já levou suas criações e performances para festivais e espaços culturais em diversos cidades brasileiras e para 8 países: Estados Unidos (George Washington University), França (Centro Cultural Japonês – Bertin Poureé), Bélgica e Alemanha (Danse en Ville), Portugal (Lugar à Dança, MUDE em Movimento e Extensão Visões Urbanas), Argentina (Festival Diagonales), Itália (Festival Ballo Pubblico e Festivam Contemporaneo TBM) e Costa Rica (Festival Algo Imagen).

Ficha técnica:

Direção – Mirtes Calheiros. Intérpretes – Cleia Plácido, Dawn Fleming, Ederson Lopes, Edu Pinheiro, Fany Froberville, Gabriel Góes, Hiro Okita, Leandro Antonio, Lilian Soarez e Mirtes Calheiros. Pesquisa Musical e Sonoplastia – Marcelo Catelan. Iluminação – Carlos Gaúcho. Figurino – Miko Hashimoto e acervo Artesãos do Corpo. Arte Gráfica – Bruno Pucci. Fotos – Fabio Pazzini. Registro em Vídeo – André Cruz [Captura Filmes]. Assessoria de Imprensa – Nossa Senhora da Pauta. Ações Mídias Sociais – Portal MUD. Produção e Administração – Ederson Lopes.

ESPASMOS URBANOS

Com a Cia. Artesãos do Corpo

27, 28 e 29 de setembro, sexta-feira e sábado às 20h e domingo às 19h.
Centro Cultural São Paulo [Sala Jardel Filho] – Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade, São Paulo. 

3, 4 e 5 de outubro, quinta-feira a sábado às 21h.
Teatro Alfredo Mesquita – Av. Santos Dumont, 1770 – Santana, São Paulo.

18, 19 e 20 de outubro, sexta-feira e sábado às 21h e domingo às 19h.
Teatro Cacilda Becker – Rua Tito, 295 – Lapa, São Paulo.

Informações do evento

Datas e Horários:
3 de outubro de 2024 até 5 de outubro de 2024 21:00 às 22:00 - Quinta-Feira 21:00 às 22:00 - Sexta-Feira 21:00 às 22:00 - Sábado

Entrada Gratuita

Classificações: livre

Acessibilidade: Com Acessibilidade

Formato do Evento: Presencial

Local: Teatro Alfredo Mesquita

Endereço: Avenida Santos Dumont, 1770, de 1001/1002 ao fim - São Paulo / SP - 02012-010

Localização: