Entrelaço, trabalho revisitado pela Cia de Dança Anderson Couto, faz um convite ao público: mergulhar nos desafios dos afetos e encontros que nos cercam. Nessa coreografia, o jogo entre unir e embaralhar é fio condutor no olhar para as relações e conexões que estabelecemos: seja no coletivo ou no subjetivo; entre amores e amantes; entre pais/mães e filhos(as); com nossa espiritualidade.
A obra será apresenta agora em São Paulo, nos dias 21 e 22 de junho, na Oficina Cultural Oswald de Andrade. Os ingressos são gratuitos.
Para Anderson Couto, diretor e coreógrafo da companhia, Entrelaço propõe um tempo de observação e escuta. “É um trabalho que nos faz abrir uma porta e nos acomoda, com calor e conforto, para iniciar um diálogo reflexivo e íntimo, sobre os afetos que se entrelaçam nas nossas relações ao longo do tempo”, revela.
Esse estado é proposto pelas sequências coreográficas definidas, em estruturas de solos, duos, trios e conjuntos, mas que cedem espaço para a improvisação e para a construção do instante cênico a partir da atmosfera poética como a observação, os deslocamentos e as pausas.
O elenco, formado por seis bailarinos e bailarinas de diferentes linguagens artísticas e vivências corporais (balé clássico, dança contemporânea, danças urbanas e artes do corpo), é capaz de transitar entre diferentes intensidades de movimentos e equilibrar o jogo proposto pela obra. Além da improvisação de cada um(a), todos(as) participaram do processo não somente como intérpretes, mas como propositores(as) e provocadores(as) da cena.
“O grupo de artistas que está comigo conseguiu trazer para a cena algo delicado, o desnudamento do ser e dos sentidos, em um jogo do real e do humano sem máscaras, sem filtros. Há um interesse genuíno pelo que sobra quando todas as camadas que ligam a tessitura das relações são retiradas”, revela Anderson Couto.
Em diálogo com a obra, o figurino traz peças com cortes retos e minimalistas, sobreposições e transparências. Para o coreógrafo, essa ideia mostra a individualidade de cada bailarino e bailarina, mas o grupo se conecta e se entrelaça no conjunto.
A obra convida a uma reflexão vital sobre a nossa própria existência e sobre os afetos que se entrelaçam nas nossas relações ao longo do tempo – tempo do corpo, tempo da memória, tempo da lembrança, tempo presente.
Trilha e cenário
Os elementos da cena ajudam a construir a ideia da coreografia proposta em Entrelaço.
A composição da trilha faz um passeio pelo tempo, motor da memória e das lembranças, evocando afeições, encontros e sensações. O público também participa dessa construção em uma ação inédita que acontece antes do início de cada apresentação. Algumas músicas presentes na memória e na história dos espectadores podem fazer parte do espetáculo.
A concepção de cenário questiona os sentidos com a provocação geométrica das formas e os possíveis “encaixotamentos” da estrutura concreta, numa rápida associação às diversas faces das babushkas (bonecas russas), e surge como uma metáfora das diversas camadas que são relevadas quando nos abrimos à descoberta das relações.
Dez anos da Cia de Dança Anderson Couto
Entrelaço marca os 10 anos de existência da Cia de Dança Anderson Couto e é uma releitura do primeiro trabalho do grupo. Não é, portanto, uma reprodução da primeira versão do espetáculo de 2013, que abordava de maneira mais direta a transitoriedade dos sentimentos e das emoções – das inflexões causadas pelas mudanças e que ocasionam angústias e esperanças.
A coreografia hoje é um desdobramento técnico e poético, mais propositivo e aberto, ligado às formas contemporâneas de construção cênica O interesse é pela escuta e por um processo de autodescoberta dos nossos (des)limites humanos diante de tudo o que nos atravessa e, consequentemente, nos entrelaça.
O núcleo de pesquisa em movimento da Cia de Dança Anderson Couto, dirigido por Anderson Couto, é um grupo independente dedicado aos estudos da dança contemporânea formado por bailarinos e pesquisadores de distintas linguagens artísticas radicados na cidade de São Paulo.
Anderson Couto
Diretor artístico, coreógrafo e professor de jazz contemporâneo, iniciou seus estudos de dança contemporânea com Francisco Silva, diretor e coreógrafo da URZE Companhia de Dança, em São Carlos. Sua conhecida experiência em Jazz aconteceu sob a tutela de Roseli Rodrigues, diretora e coreógrafa da Raça Companhia de Dança, em São Paulo, onde atuou como bailarino por 13 anos em turnês nacionais e internacionais. Está à frente da Cia de Dança Anderson Couto desde 2013.
Ficha técnica
Direção Geral, direção de movimento, coreografia: Anderson Couto | @andyscouto
Elenco: Hugo Campos | @hugocampos88
Luciane Fontanella | @lucianecastrofontanella
Patrícia Rodrigues |@rodriguesppatricia
Rafael Abreu | @rafabreu21
Ricardo Ura | @koooide
Thaís Kuwa | @natsukikuwae
Direção de Arte | Arquitetura: Kelly Yamashita
Cenografia: Kelly Yamashita
Pesquisador Convidado: Tiago Guimarães| @tiagogui_s
Direção Audiovisual e fotografia: Camila Sugai | @sugaicamila
Captação: Camila Sugai , Anderson Couto e
Rafael William @rafaelwill.iam
Edição | Montagem | Finalização: Camila Sugai
Direção Musical | Sonorização: Rovilson Pascoal | @rovilsonpascoal
Trilha: Rovilson Pascoal e Jonas Moncaio @moncaiojonas
Gravação: Estúdio Parede-Meia
Iluminação: Hamilton Carlos
Contrarregragem: Renato Rodrigues
Produção Executiva: Kelly Couto | @kelly_couto
Produção Artística: AC Produções Artísticas
Material Gráfico: Rafael Goffinet | @finet
Coordenação de Comunicação e Social Media: Luís Silva | @silvaluis_
Assessoria de Imprensa: Flavia Fontes Oliveira| @flaviafontesoliveira
Figurino: Cida Andrade
Informações do evento
Datas e Horários:
21 de junho de 2023
até 22 de junho de 2023
20:00 às 21:00 -
Quarta-Feira
20:00 às 21:00 -
Quinta-Feira
Entrada Gratuita
Classificações: 12 anos
Acessibilidade: Com Acessibilidade
Capacidade de pessoas: 40
Formato do Evento: Presencial
Local: Oficina Cultural Oswald de Andrade
Endereço: Rua Três Rios, 363, lado ímpar - São Paulo / SP - 01123-001
Localização: