Ensejos

Fundado em 1982, o Centro Cultural São Paulo é um dos primeiros centros culturais multidisciplinares do país. Lugar público por excelência, combina a oferta de programação e de serviços culturais – gratuitos ou a preços acessíveis – e vem disponibilizando seus espaços e instalações para um uso plural, livre e propositivo de seus frequentadores, provocando uma reflexão quanto ao papel dos espaços e serviços públicos na promoção da cultura, da criatividade, da cidadania e da autonomia em uma cidade com as dimensões de São Paulo.

No intuito de impulsionar ainda mais essa potência sociocultural é que o Centro Cultural São Paulo convida a São Paulo Companhia de Dança para a realização do projeto “Ensejos”, uma produção artística que visa a fomentar a produção criativa de talentosos coreógrafos brasileiros com percepções peculiares sobre os nossos novos paradigmas sociais, a partir da criação de peças coreográficas distintas enleadas pelo anseio mútuo de inovação, originalidade, beleza e transformação social positiva na Dança.

“Ensejos” é um espetáculo composto por 4 obras de cerca de 15 minutos com até 8 bailarinos cada uma, e que nasce de boas conjunturas e oportunidades conectando artistas de diferentes olhares, como são os coreógrafos Arílton Assunção, Liliane De Grammont, Eduardo Fukushima e Poliane Fogaça. A iluminação fica a cargo de Caetano Vilela e os figurinos de Claudia Chapira fechando a equipe criativa de obras singulares apresentadas em uma noite sob direção de Inês Bogéa e curadoria de Mark Van Loo.

Sejam muito bem-vindos a esta minitemporada da São Paulo Companhia de Dança na sala Adoniran Barbosa do Centro Cultural São Paulo!

SOBRE A SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais.

A SPCD apresenta espetáculos por todo o Brasil e no exterior e é hoje considerada pela crítica especializada uma das mais importantes companhias da América Latina, tendo já sido assistida por mais de 900 mil pessoas em 18 diferentes países e 150 cidades, em mais de 1.100 apresentações, acumulando 48 prêmios.

Durante a temporada 2018/2019, foi eleita como melhor companhia de dança na França ao receber o Grand Prix de la Critique. No mesmo período, também recebeu o Critics’ Choice of Dance Europe como uma das melhores companhias de dança da temporada 2018/2019.

O PROJETO “ENSEJOS”

Com uma programação composta em multilinguagens que vão de artes visuais, cinema, literatura, dança, música, teatro, passando por atividades educativas, ateliês abertos, cursos e oficinas, palestras e debates que permitem um amplo contato entre o frequentador e tudo o que é oferecido em seus 46.500 m², o Centro Cultural São Paulo por meio de sua direção e de seus gestores de curadorias está sempre em busca de novas oportunidades de construção, interação e colaboração que resultem em serviços e produtos artísticos capazes de promover arte, cultura e bem-estar aliados à uma perspectiva de transformação social positiva de seus usuários, que são os cidadãos paulistanos, paulistas, brasileiros e todo o mundo.

O projeto “Ensejos” encerra em si essa oportunidade, ora favorecida pelo entendimento mútuo entre a direção do Centro Cultural São Paulo e da própria São Paulo Companhia de Dança sobre a importância de duas instituições de tal magnitude artística-social se unirem em prol da produção, promoção e difusão do trabalho de artistas brasileiros que por meio de seu precioso talento contribuem para a melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas indistintamente, função primordial da dança, da arte e da cultura, sobretudo quando nos referimos ao âmbito das obras, das instituições, dos espaços e dos equipamentos públicos.

COREÓGRAFOS 

ARÍLTON ASSUNÇÃO

Fundador, Diretor e Coreógrafo da Faces Ocultas Cia de Dança (Salto/SP). Iniciou seus estudos em dança em 1989 na cidade de Salto – SP, onde foi solista na companhia Blow-Up e também no Corpo de Baile da Cidade de Salto com direção de Ismael Guiser, com quem firmou parceria e desenvolveu trajetória na Capital. É professor de Balé Clássico, Contemporâneo (Floor Technique), Moderno (Graham), Contato Improvisação e Composição Coreográfica. A frente da Faces Ocultas Cia de Dança criou e produziu 25 espetáculos, com os quais circulou por mais de 110 cidades, 12 Estados brasileiros e 07 países, acumulando mais de 380 prêmios em festivais nacionais e internacionais. Além de desenvolver projetos consolidados como o Curso de Férias Internacional de Danças (14 edições) e Concurso de Beleza Negra “Zumbi e Dandara” (17 edições). Ministrou workshops nas universidades ULBRA (Canoas/RS), UFSCAR (São Carlos/SP), UNICAMP (Campinas/SP), UNISO (Sorocaba/SP) e UERGS (Montenegro/RS).

LILI DE GRAMMONT

Formada em psicologia e psicanálise, com especialização em terapia corporal Neo Reichiana Pós-graduanda em “Direitos Humanos, Cidadania Global e Responsabilidade Social”. Foi artista integrante do “Balé da Cidade de São Paulo” por 10 anos, trabalhando com Ohad Naharin, Lukas Timulak, Andonis Foniadakis, Cayetano Soto, Itizik Galili, Mauro Bigonzetti, entre outros. Criou quatro peças para o elenco BCSP, durante os workshops voltados a novos coreógrafos: Avesso (2009), Crônicas do Tempo (2010), Aquele que vê (2012) e O eu pele (2013). Atuou como interprete na Siameses Cia de Dança ( 2016 a 2018), Distrito Cia de Dança (2001 a2006) e Quasar Cia de Dança (2000 e em 2019). Coreografou o Ballet do Teatro Guaíra, Cia da Vila Cia de Dança, Balé da Ilha Cia de Dança, Núcleo Tentáculo, Raça Companhia de Dança, Divinadança, Balé da Cidade de São Paulo (Projeto de aniversario de 85 anos do Coral Paulistano), Opera AIDA no Theatro Municipal de São Paulo, Formandos das escolas Bolshoi Brasil e EDASP Escola de Dança do Município de SP.

EDUARDO FUKUSHIMA

Trabalha como coreógrafo, dançarino e professor de dança e técnicas chinesas e japonesas. É bacharel em dança pelo curso Comunicação das Artes do Corpo pela PUC SP Especialista pós-graduado em Estudos Contemporâneos de Dança pela UFBA. Realizou estudos no Kunstenfestivaldesarts em Bruxelas, no Impulstanz em Viena, no Camping em Paris, Qi Gong em Taiwan e Seitai-Ho em São Paulo, Tóquio e Quioto. Colaborou com a cia de teatro Okazaki em Tóquio e Quioto em 2017 e 2019. Dentre suas principais criações estão; ENTRE CONTENÇÕES (2008), COMO SUPERAR O GRANDE CANSAÇO? (2010), HOMEM TORTO (2013), TÍTULO EM SUSPENSÃO (2017), IMAGINE (2019), SILÊNCIO (2020), DIÁRIO DE MOVIMENTO (2020), O QUE MANCHA (2021), CANTOS (2021) e CAIR (2022). Ganhou os prêmios APCA na categoria criação de dança 2020, Denilto Gomes em 2014, Rolex Arts Mentor & Protégé Arts Initiative 2012-2013, Rumos Dança Itaú Cultural 2009-2010, dentre outros.

POLIANE FOGAÇA

Poliane Fogaça, de Salto/SP, bailarina, coreógrafa e ensaiadora da Faces Ocultas Cia de Dança que completou 25 anos de trabalho, onde assumiu a direção artística e coreográfica da obra “Frida”, esta, aprovada no PROAC Editais N° 04/2021. Foi premiada em diversos festivais nacionais e internacionais atuando em variados espetáculos de dança. Bacharel em Educação Física com formação em Pilates e certificação em GYROKINESIS®. Atualmente, também investiga as artes plásticas e o teatro por meio do movimento e sua correlação processual. Idealizadora do Grupo de Estudos “Circulo de Saberes em Danças do Tempo”, com pesquisa em história do corpo através da trajetória da dança. Desenvolve seus trabalhos corporais com referência em técnicas de dança contemporânea e artes visuais, se aprofundando na pesquisa da relação entre imagem, movimento e memória.

DESIGN DE LUZ

CAETANO VILELA

Seu nome ganhou destaque no mundo da ópera tendo realizado dezenas de produções em importantes teatros no Brasil e no exterior. Com destaque para A Queda da Casa de Usher/Phillip Glass; Lady Macbeth do Distrito de Mtzensk/Shostakovich; Ariadne em Naxos/Richard Strauss; Os Troianos/Berlioz e a estreia mundial da ópera Ça Ira de Roger Waters, compositor e fundador do Pink Floyd. Iluminou o musical The Sound of Music, sob a direção de Emilio Sagi, em 2009–2010, no Théâtre du Châtelet, em Paris. Em 2015 dirige e ilumina para o Theatro Municipal de SP, as óperas Um Homem Só/Camargo Guarnieri e Ainadamar/Osvaldo Golijov. Prêmio Shell de Iluminação em 2011 por Dueto para Um; foi indicado novamente em 2014 por Assim é (se lhe parece); 2015 por Dias de Vinho e Rosas, de Fabio Assunção e 2016 por As Benevolentes, com Thiago Fragoso dirigido por Ulysses Cruz. Representou o Brasil na Performance Design and Space de Praga na Tchecoslováquia em 2015. Em Belém, no Festival de Ópera do Theatro da Paziluminou e dirigiu: O Navio Fantasma/Wagner(2013); Mefistofele/Boito (2014), Turandot/Puccini (2016) e La Vida Breve/De Falla (2018). Para o Theatro S.Pedro/SP dirigiu e iluminou recentemente as óperas: La Belle Hélène/Offenbach (2017), O Matrimônio Secreto/Cimarosa (2018), La Clemenza di Tito/Mozart (2019), A História do Soldado/Stravinsky (2020), A Hand of Bridge/Barber (2020), Socrate/Satie (2021), Le Pauvre Matelot/Milhaud (2021) e O Senhor Bruschino/Rossini (2021).

DESIGN DE FIGURINOS

CLAUDIA SCHAPIRA

Formada pela escola de arte dramática da Usp, trabalha desde 1988 em diversas áreas da cena teatral. Atriz-mc, diretora, dramaturga, figurinista e livre pesquisadora, tem atuado nessas atividades com diferentes coletivos de teatro e artistas de renome. Desde 2000, é uma das fundadoras e diretoras do Núcleo Bartolomeu de depoimentos de teatro, ao lado de Eugenio Lima, Roberta Estrela D’alva e Luaa Gabanini, com quem realiza uma pesquisa continuada desenvolvendo a linguagem que o grupo cunhou de teatro hip-hop e onde é seu maior campo de atuação já traballhou com Tata Amaral, Daniela Thomas, José Possi Neto, Cibele Forjaz, Fernando Meirelles, Fabrizia Pinto, Cristiane Paoli-quito, Georgette Fadel, Alexandre Stockler, Luis Mello, Lú Grimaldi, Beth Coelho, entre outros. Integra hoje também o Manifestu Impromptu, coletivo de audiovisual, ao lado de Tatiana Lohmann, Azul Serra e Bianca Turner, com o qual desenvolve neste momento o primeiro roteiro de ficção. Atua como figurinista lado a lado com a sua trajetória de dramaturga/ diretora. Como figurinista foi indicada ao prêmio APCA pelo espetáculo Juruá da cia. Nova dança 8, pelo Livro das Maravilhas da Cozinha Performática e ao prêmio Pecinha é a Vovozinha pelo espetáculo Futura Rainha.

DIREÇÃO ARTÍSTICA

INÊS BOGÉA

É Diretora Artística e Educacional da São Paulo Companhia de Dança e da São Paulo Escola de Dança. Doutora em Artes (Unicamp, 2007), é professora nos cursos de especialização Arte na Educação: Teoria e Prática da Universidade de São Paulo (USP) e Pós-Graduação em Linguagem e Poética da Dança: Documentário, Memória e Dança da Universidade Regional de Blumenau (FURB) em parceria com a Fundação Fritz Muller (FFM), além de documentarista e escritora. De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo de 2001 a 2007 e integrou o júri técnico/crítico do quadro Dança dos Famosos do programa Domingão do Faustão/TV Globo de 2016 a 2021. Autora dos livros infantis: O livro da dança; Contos do balé e Outros Contos do balé. Organizadora dos livros Oito ou Nove Ensaios sobre o Grupo Corpo; Passado-Futuro – Textos e fotos sobre a São Paulo Companhia de dança, entre outros. Na área de arte-educação, foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (2007-2008).

CURADORIA

Curador de Dança do Centro Cultural São Paulo Mestre em Mudança Social e Participação Política pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo Graduado em Ed. Física e Esportes pela FIG-Unimesp de Guarulhos – SP (CREF 009421 – G / SP) Terapeuta Corporal formado pelo Centro de Treinamento e Desenvolvimento Humano Cochicho das Águas, Mairiporã – SP Diretor-Fundador da Bombelêla Dance Company de São Paulo Coreógrafo, Dançarino e Professor especialista em Danças Urbanas & Diversidade Humana Professor de Street Dance da St. Paul’s British School Apresentador de eventos culturais e esportivos Personal Trainer em Treino Funcional e Esportes (Futebol, Basquete e Handebol) para todos os públicos.