As diferentes conotações de cavalo e égua relacionadas ao gênero dos animais, sendo que o primeiro, o macho, é associado à força e à beleza e a segunda, a fêmea, evoca um imaginário pejorativo, que é confirmado por meio de expressões populares que reduzem o ser fêmea à sua função sexual aplicadas ao homem e a mulher foram que impulsionaram a criação da coreografia. O trabalho também se inspirou, entre outros materiais, nas artistas e obras de P. J. Harvey, Kim Gordon e Patti Smith, além de um recorte de obras literárias e cinematográficas que permitiu uma abordagem de subjetividades outras, estranhas aos parâmetros do dito “civilizado”. As coreógrafas investigam a estética urbana e sintética do rock, que traz uma característica do selvagem enquanto atitude, em fricção com o selvagem cru do comportamento animal, mais orgânico e instintivo. O conceito de “selvagem”; na peça comparece não como um fetiche de algo exótico a ser apreciado ou consumido e sim enquanto uma característica inata e persistente, que ativa um permanente campo de experiências no qual as artistas assumem uma relação com o tempo presente revelando o que dele emerge. Nesse sentido, a investigação permeia o que seria um devir animal, isto é, não representar um cavalo, mas experimentar “estar cavala”.
Concepção, direção e performance: Josefa Pereira e Patrícia Bergantin | Desenho e operação de luz: Aline Santini | Desenho sonoro: Luisa Puterman | Operação de som: André Teles.
Informações do evento
Datas e Horários:
21 de setembro de 2019
até 22 de setembro de 2019
19:30 às 20:20 -
Domingo
20:30 às 21:20 -
Sábado
Valor: R$ 9,00 a R$ 30,00
Classificações: 18 anos
Acessibilidade: Com Acessibilidade
Telefone para contato: (19) 3737-1500
Site: https://bienaldedanca.sescsp.org.br/
E-mail: email@campinas.sescsp.org.br
Formato do Evento: Presencial
Local: SESC Campinas
Endereço: Rua Dom José I, 270 - Campinas / SP - 13070-741
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