Duplos é um projeto de improvisação entre linguagens – dança e música, idealizado pelos artistas Talita Florêncio e Thiago Salas. O projeto realiza encontros, debates e performances com foco em processos que lidam com indeterminação, acaso, escuta e produção de presença. No dia 03 de Junho, às 20h, no Sesc Araraquara, realizaremos duas performances, uma com a dupla de artistas Maristela Estrela e Flavio Lazzarin; e outra com Talita Florêncio e Thiago Salas. As apresentações serão seguidas de um bate-papo entre os artistas e o público sobre algumas questões inerentes aos conceitos e procedimentos práticos elaborados no projeto.

“O projeto Duplos trata da poesia envolvida entre corpos que se modulam sem a segurança e a garantia de que algo determinado aconteça, mas sim pela certeza de que a atenção no encontro provocará a emergência de diversas camadas de uma relação. […] Estas camadas surgem então como forças que atravessam e retroalimentam o movimento, o gesto, o contexto acústico, a performance, gerando aquilo que chamamos de plano de consistência em fluxos provisórios. O projeto propõe a construção de gramáticas temporárias que se concretizam e se fragmentam entre-linguagens, desenvolvendo-se a partir dos estímulos e acordos estabelecidos em tempo real, durante um estado intensificado de presença.”

O projeto foi iniciado em 2016 e conta com mais de 40 apresentações públicas e mais de 50 artistas e pesquisadores que colaboraram em práticas, reflexões e atividades pedagógicas concernentes à improvisação entre música e dança.

Este projeto foi contemplado pelo Programa de Ação Cultural – ProAC Editais da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.


Flavio Lazzarin “O baterista do ABC paulista é um dos novos expoentes da música experimental, delineada pela improvisação e pela interação intuitiva, e seus projetos musicais são reflexos disso.” Modern Drummer Brasil, junho 2015. Atuando na cena musical paulista desde 2002, Flávio Lazzarin mantém vários projetos autorais que vão desde a linguagem jazzística e de improvisação, a precisão da linguagem eletrônica/acústica e intensidade do rock. Baterista da banda Projetonave desde 2002, gravou dezenas de obras da banda, foi residente do programa da Tv Cultura ‘Manos&Minas’, shows e gravações com dezenas de MCs e produtores nacionais e internacionais. Com o OtisTrio, além da experiência de centenas de apresentações em casas noturnas e teatros, lançou o primeiro disco oficial da banda pela gravadora inglesa Far Out Recs, onde alcançou grande aceitação de público e crítica nacional e internacional. Giallos, banda de Rock Garage Blues, lançou 2 EPs, 3 álbuns, entre eles ‘Amor Só de Máe’ lançado pela gravadora carioca ‘Transfusão Noise Records’ do renomado produtor Lê Almeida. Na improvisação livre, além da atuação na cena paulista, lançou álbuns digitais solo, onde explora a bateria e a eletrônica. Mantém um netlabel/micro selo chamado Zumbidor, onde arquiva principais trabalhos na linguagem da improvisação livre e música experimental. Além da música, atua também com criação e edição de imagens para capas dos discos e posters baseados em colagens, manipulação de fotos e ilustrações. Também caminha nas edições e produções de vídeos experimentais, como o primeiro clipe da banda Giallos.

Maristela Estrela, é artista, diretora, coreógrafa e professora. Integrou a Cia. Oito Nova Dança e a Cia. Perdida de Juliana Moraes. Fez parte do coletivo de artistas, pesquisadores e professores do Estúdio Nova Dança em São Paulo. É parceira da Balangandança Cia. desde 2006, onde colaborou na pesquisa e publicação do livro “Põe o dedo aqui” e atuou como criadora-intérprete em diversos projetos e espetáculos. Em Berlim, participou de residência artística no Lake Studios Berlin e colaborou como criadora e performer em “Der Wald als Partitur” e “In Between Project Research” da coreógrafa Minako Seki  (Minako Seki reEnter Company). Performer na exposição “Topic Tropic” de Jan Brokof & 44flavours na Schau Fenster e em “}JUST{ – hommage à déconstruction” com o sound designer Marcus Beuter. É fundadora e orientadora do grupo de pesquisa em dança e performance “16 mulheres e ½”. Co-criadora e orientadora da Plataforma Mixtape, programa de residência online com artistas de diversas linguagens. É co-fundadora e co-diretora do Núcleo Cinematográfico de Dança onde desenvolve, desde 2002, uma pesquisa entre cinema e dança e onde atua também como criadora e performer. Participou de duas edições do Projeto Duplos de Talita Florêncio e Thiago Salas. Fez preparação corporal para diversas companhias, dentre elas, Jorge Gar.Cia de Dança, Grupo Zumbi Boys, Coletivo Cartográfico, Cia. ultraVioletas e Cia. Les Commediens Tropicales. Colaborou com a coreografia de “[H3O]mens” da Cia. 4 para nada, indicado ao Prêmio APCA de coreografia, para a peça “Odisséia” da Cia Hiato de teatro e para a peça “Cassandra, we have a problem” de Paula Carrara.

Talita Florêncio é pesquisadora em dança com formação pela Unicamp e tem estudado as relações entre composição, improvisação, coreografias e arte sonora. É idealizadora e  diretora da plataforma de pesquisa e criação APT.LAB junto ao artista sonoro Thiago Salas. Entre suas mais recentes criações, estão: Corvina (2021), Aquário Hábitos (2020), INN (2020), Refugo (2019), Duplos (2016, – ), Osso (2016), Unicórnio (2016) e Cristais (2016).  Atuou como interprete, bailarina e colaboradora em projetos de artistas como: Marta Soares, Marcelo Evelin, Juliana Moraes, Neto Machado, Jorge Alencar, Diego Agulló e Holly Cavrel. Tem recebido prêmios e financiamentos para realização de trabalhos artísticos de instituições como Fomento à Dança de São Paulo, CCSP Novos Coreógrafos, Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, Secretaria Municipal de Votuporanga. Desde 2016 atua na direção da plataforma de pesquisa e criação APT.LAB. Desde 2016 atua como diretora artística do projeto Duplos, tendo realizado diversas mostras de performance, atividades pedagógicas e de compartilhamento, debates e reflexões acerca do encontro entre música e dança contemporânea com foco em processos de improvisação. 

Thiago Salas possui mestrado em artes e sonologia pela Universidade de São Paulo. Sua pesquisa investiga a relação entre corpo e objeto com foco na crítica acerca da implicação das tecnologias atuais sobre o gesto. Coordenou diversos cursos em espaços como SESC, CCSP, SESI, POIESES, Museus, Universidades e Festivais abordando temas como ambientes de programação criativa, circuitos eletrônicos para criação artística, criação de ambientes integrados em som e imagem por meio de algoritmos computacionais, interfaces de interação entre gesto e som, gesto e imagem.  Atuou como compositor e diretor musical em diversos trabalhos de companhias de dança e teatro.  Apresentou trabalhos em festivais e congressos em diversas cidades brasileiras e  países como Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile, Holanda, França, Portugal, Tunísia e Bulgária. Desde 2016 atua junto à plataforma de pesquisa e criação artística APT.LAB tendo colaborado em projetos transdisciplinares e multimídia. 





Informações do evento

Datas e Horários:
3 de junho de 2023 20:00 às 21:00 - Sábado

Entrada Gratuita

Classificações: livre

Acessibilidade: Sem Acessibilidade

Site: https://leviata.org/acervo/duplos

Formato do Evento: Presencial

Local: Sesc Araraquara

Endereço: Rua Castro Alves, 1315, até 1448/1449 - Araraquara / SP - 14800-140

Localização: