DANÇA EM CAMPO – CRUZAMENTOS EM DANÇA E ANTROPOLOGIA com Robson Ferraz

A ideia central em torno deste Campo é estudar dança a partir do entrelaçamento de áreas como a antropologia e a etnocoreologia. Por que dançamos e o que dançamos? Por que fazemos o que fazemos? Como nos relacionamos social, artística e emocionalmente em relação às diferentes danças e seus atravessamentos? Como lidamos, interpretamos e construímos conhecimento quando nos deparamos com questões como gênero, classe, sexualidade, etnia, religião, etc nas danças? Neste curso o desejo é investigar de forma ética pessoas e danças, numa tentativa de compreender melhor estas pessoas, estas danças e as relações e contextos em que elas acontecem. Durante os encontros deste Campo pretendo, por meio do compartilhamento de algumas das ferramentas de ‘pesquisa de campo’ em dança, colaborar para a análise e discussão sobre a dança em seus diversos e múltiplos contextos etnográficos. A realização de um curso mais longo, de 30 horas, certamente irá não somente nos ajudar a ampliar e aprofundar o entendimento sobre a pesquisa de campo em dança e suas implicações metodológicas, como também poderá nos proporcionar a oportunidade de dialogar com pessoas de diferentes contextos de danças.

Robson Ferraz é mestre em Antropologia e Etnocoreologia de Dança pelo consórcio europeu ChoreoMundus (2019), estudando na França, Noruega, Hungria e Inglaterra, em instituições reconhecidas por sua liderança e inovação curricular nas áreas de Análise do Movimento, Patrimônio Cultural Imaterial e Gestão Cultural. É bacharel e licenciado em Dança pela Unicamp (2006/2015). Dançou em importantes companhias paulistanas como a Cia. Carne Agonizante e Cia. Fragmento de Dança. Atuou também como Coordenador de Equipes nos Programas Vocacional e PIÁ, e como professor de dança nos programas Qualificação em Dança, Fábricas de Cultura e Centro de Referência da Dança. Como artista iniciou em 2009 um processo particular de pesquisas e investigações, interessando-se, principalmente, por pensar a dança em termos sociais, históricos e políticos, relacionando-a a questões de gênero. Na área acadêmica tem se dedicado nos últimos anos a uma pesquisa sobre dança e saúde social, a partir da análise de danças e rituais de cura de diferentes povos, junto a um grupo de pesquisadores da Noruega e Uganda. Em sua dissertação de mestrado, analisou o ritual de cura D´Jambi de São Tomé e Príncipe, no nordeste da África e atualmente as danças do Candomblé brasileiro. No Brasil tem dado aulas de História da Dança e Psicomotricidade no curso de formação técnica em Dança da NAE (Núcleo Arte Educação) e atuado como Supervisor Pedagógico dos cursos de Arte FIC/PRONATEC da Fundação das Artes de São Caetano do Sul.

Duração: 05 de agosto a 30 de setembro
Sextas-feiras das 10h às 13h
Inscrições até 30 de julho de 2022