A quarta edição do festival de dança ocorrerá entre os dias 30 e 02 de marco-abril. Em 2023, o evento retoma as ações presenciais em Araçatuba com workshops e cursos de formação, porém mantém ações on-line, como o Ciclo Corpos de Conversa. Assim, possibilitando múltiplos ambientes de troca e aprendizado, focando integralmente na formação do artista corporal do interior.

#CORPOSIV #UmOlharParaAFormacao

Projeto idealizado pela Zona Plural – Arte e Cultura, com apoio do Sesc Birigui e ASSOCIATA – Associações dos Artistas Teatrais da Região de Araçatuba, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura de Araçatuba por meio dos recursos do Fundo Municipal de Apoio à Cultura e Conselho Municipal de Políticas Culturais de Araçatuba.

CICLO CORPOS DE CONVERSAS (ações on-line)

Curadoria: Júnior Guimarães e Zona Plural

Mediação: Deise de Brito (@arquivosdeokan) e Júnior Guimarães (@juniortiradentes)


Júnior Guimarães:
Nascido em São João Del Rei/MG, Júnior é formado em Administração pela PUC-SP e, nos últimos 25 anos, consolidou-se como produtor cultural. É um dos idealizadores do projeto de design “Semana Criativa de Tiradentes”. Participou da gestão de projetos como o Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo e do programa de residência artística “Obras em Construção” da Associação Cultural Casa das Caldeiras. Foi júri do Prêmio Denilto Gomes de Dança em duas edições, dos editais “Fomento à Dança da Cidade de São Paulo” em duas edições e do PROAC LAB – Trajetória em Dança. Ministra oficinas de produção cultural pelo programa ‘Formação para o Interior’ da POIESIS – Instituto de Apoio à Cultura, à Língua e à Literatura.

Deise de Brito: Nordeste do Brasil. Baiana de Salvador, nascida e criada no Engenho Velho de Brotas. Namora quadril, é artista da dança e do teatro, educadora e autora de livro didático (Artes Cênicas). Graduada em Teatro pela Universidade Federal da Bahia. Formada pela Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Mestra em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da USP e Doutora em Artes pelo Instituto de Artes da UNESP. Em 2019, recebeu o Prêmio Denilto Gomes de Dança na categoria “Olhares para as estéticas negras e de gênero na dança”. Desenvolve amores- pesquisas referentes a artistas negres a partir de diálogos entre corpo, ancestralidade, memória e arquivo, sendo idealizadora e coordenadora do site “Arquivos de Okan”.

Dia 31/3

20H00 – GAL MARTINS @galmartins1

Tema: Danças Furiosas, organizando os ódios a partir da metodologia da Dança da

Indignação

Minibio: Artista e pensadora em dança, Dr.h.c em Arte e Cultura, Gestora Cultural e Socióloga. Em 2002 cria a Cia Sansacroma, grupo paulistano de dança contemporânea preta. criou em 2016 a Zona Agbara grupo de dança formado por mulheres negras e gordas. Criou e sistematizou a metodologia de formação em dança denominada A Dança da Indignação. Idealizadora do Circuito Vozes do Corpo, importante festival de dança da cidade de São Paulo. Atuou como curadora e assessora artística da 13ª do programa Dança Contemporânea do Sesc TV. Já recebeu várias indicações e contemplações ao Prêmio APCA nas categorias melhor espetáculo e memória e difusão. Em 2021 recebeu o Prêmio Governador do Estado na categoria Cultura Urbana. Atualmente também atua como Supervisora Artística Pedagógica do Programa Fábricas de Cultura e é membro do Fórum de Danças da Zona Sul e Oeste.

Dia 1º/4

10H00 – FLIP COUTO @flip.couto

Tema: Corpos, Afetos e Memórias

Minibio: Artista interdisciplinar é idealizador do Coletivo AMEM, Legendary 007 na cena Kiki, membro da House of Zion, co-fundador da Associação Aliança Pró-Saúde da População Negra e Coordenador de curso na São Paulo Escola de Dança. Através de seus trabalhos, provoca discussões sobre raça, classe, gênero e crise da AIDS em diálogo com as comunidades Ballroom, Hip Hop e outras estéticas afro urbanas contemporâneas.

15H00 – ESTELA LAPPONI @estelapponi

Tema: Corpo Intruso

Minibio: Estela Lapponi Performer e videoartista paulistana, tem como foco de investigação artística: o discurso cênico do corpo com deficiência; a prática performativa e relacional (público); o trânsito entre as linguagens visuais e cênicas. Desde 2009 realiza práticas investigativas a partir do conceito que criou – Corpo Intruso e sua performatividade Zuleika Brit. Coorientadora e professora convidada no Mestrado Profissional em Artes da Cena parceria entre Escola Superior de Artes Célia Helena e Escola Itaú Cultural. É especializada em Estudos Contemporâneos de Dança da Escola de Dança na Universidade Federal da Bahia – UFBA; Máster em Práticas Cênicas e Cultura Visual Universidad de Alcalá de Madri itinerário de Criação Cênica e Prática Relacional tutelado por Óskar Gómez Mata; Danceability Teacher Training Certification ministrado por Alito Alessi; Jornalista formada na FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado); Atriz formada no Teatro Escola Macunaíma.

Dia 2/4

10H00 – MARCOS ABRANCHES @abranchesmarcos

Tema: Deficiência não, diferença sim

Minibio: Marcos Abranches, é diretor, coreógrafo e dançarino portador de coreoatetose, deficiência física rara decorrente de uma lesão cerebral. É o idealizador e fundador da MARCOS ABRANCHES & CIA (antes chamada de VIDANÇA CIA). Utiliza-se da própria deficiência como referência de estudo para a construção de sua linguagem artística corporal; busca a reflexão sobre o corpo, até então considerado incapaz para tal prática e que inaugura, na cena, um despertar para novas possibilidades estéticas de movimento, criação e produção artística.

20H00 – ANAMARIA FERNANDES E OSCAR CAPUCHO (CIA ANANDA) @ciaananda

Tema: A Estética da Diferença

Minibios:

A cia Ananda surgiu em 2017, a partir de um projeto de pesquisa da professora Anamaria Fernandes Viana. A Companhia é composta por 20 artistas-criadores e desenvolve espetáculos de dança contemporânea, oficinas temáticas e criações de filmes. Todas essas ações compartilham uma abordagem artística comum: a estética da diferença. Esta abordagem determina o modo de pensar, fazer e compartilhar suas criações. Para tal, a Companhia propõe investigar gestualidades próprias, autorais, que buscam romper com padrões estéticos normatizadores e segregacionistas. Procura, coletivamente, criar uma linguagem artística que acolha a diversidade de corpos e as histórias dos sujeitos em construção. Neste sentido, se aproxima do pensamento do filósofo Gilles DELEUZE (1968) no que tange à produção da diferença não como uma mercadoria capitalista, mas como uma estética que se abre à exploração e reinvenção do sujeito em sua multiplicidade de formas e expressão. Uma estética que busca romper com as modalidades dominantes para criar a sua, aquela que brota no momento presente que entrelaça traços do passado e o movimento do devir BERGSON 1999). Uma estética que surge de uma ética (VIANA, 2005), de um modo de fazer coletivo, de um modo de questionar e reinventar um corpo social.

Oscar Capucho: Artista da dança e do teatro. Graduado em Teatro pelo Teatro Universitário da UFMG. Cursou Introdução ao Teatro – Pontifica Universidade Católica de Minas – PUC. Atuou e atua como artista da dança e ator em diversos eventos incluindo Jogos Paraolímpicos em 2016. Atualmente faz parte da Ananda – Cia de dança contemporânea. Aos 9 anos devido a um descolamento de retina, Oscar perdeu a visão e de lá para cá tem se dedicado à pesquisa cênica e explorando os lugares de inquietação do seu corpo. Oscar faz da arte dispositivo de confronto contra o sistema e se coloca como artista cego em permanência no circuito artístico. Anamaria Fernandes: Possui graduação em Dança pela Universidade Estadual de Campinas (1993), mestrado em Artes do espetáculo – Université de Rennes II (2010) e doutorado-tutela com bolsa cedida pelo CNPQ em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2015) e em Artes do espetáculo – Université de Rennes II. Trabalha como artista da dança com foco na improvisação e composição instantânea desde 1994. Desde 1998, tem se dedicado de forma particular à dança com pessoas em situação de vulnerabilidade, transtornos mentais, deficiências e pessoas com TEA, tendo como diferencial de seu trabalho junto a este público a abordagem da dança pelo viés da arte. Realiza suas atividades entre o Brasil e a França, como artista, professora e/ou palestrante convidada de diversas instituições, sejam elas de ensino ou do campo da saúde. Dentre suas produções, realizou documentários sobre o tema, alguns deles financiados pelo governo francês, peças coreográficas, artigos e livros. É professora do Curso de Licenciatura em Dança da Universidade Federal de Minas Gerais desde 2015.

Informações do evento

Datas e Horários:
31 de março de 2023 até 2 de abril de 2023 10:00 às 12:00 - Domingo 20:00 às 22:00 - Domingo 20:00 às 22:00 - Sexta-Feira 10:00 às 12:00 - Sábado 15:00 às 17:00 - Sábado

Entrada Gratuita

Classificações: 14 anos

Acessibilidade: Sem Acessibilidade

Site: https://www.instagram.com/corposfestival/

Formato do Evento: Presencial

Local: Online

Endereço: Online