Cicatrizes

Instituto Pólis receberá o Espetáculo Cicatrizes do Grupo Ewé

Conhecido por seus estudos e pesquisas, debates públicos e mobilizações de conhecimentos e experiências o Instituto Pólis uma organização da sociedade civil de atuação nacional abre as portas para receber o Espetáculo Cicatrizes do Grupo Ewé na próxima quinta feira (09), um projeto de criação e investigação em dança, do qual algumas das suas pesquisas foram realizadas antes da pandemia.

Pesquisas que proporcionaram aos integrantes do grupo o compartilhamento de alimentos, sabores e o acolhimento dos pesquisadores de movimento nas moradas dos integrantes, solidificando as relações entre bate papos, memórias e o alimentar. “O projeto Cicatrizes se tornou não só um processo de pesquisa em dança mas também um nutrir de afetos e partilha de sorrisos”, dizem os integrantes do grupo Ewé.

O espetáculo foi contemplado pelo Edital PROAC (Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo), estará na Plataforma Cultura em Casa um Licenciamento sem exclusividade de espetáculos de Teatro, Dança, Circo e Música, no site https://culturaemcasa.com.br. Com apenas um click você consegue acessar e assistir de qualquer lugar, um espaço online gratuito, com acesso a diversos vídeos, conteúdos culturais incluído agora o Espetáculo Cicatrizes.

Cicatrizes, propõe discutir questões sobre a representatividade do corpo negro no protagonismo de estéticas corporais e utiliza-se das danças de matrizes africanas como pesquisa, onde a construção de qualidade de movimentos e estruturação corporal se dá a partir das danças tradicionais negras dos rituais jejes (voduns) e yorùbá (ketu). Estímulos, caminhos, conflitos e histórias faziam parte para a construção e proposição de pesquisa do movimento na dança ritual.

Segundo Luiz Anastácio diretor, coreógrafo e idealizador do grupo Ewé, “A dança ritual é uma forma de experienciar a partir do corpo e da produção de conhecimento em dança. A performatividade do movimento que coloca o sujeito em um espaço e tempo que o caracteriza como parte dessa época, marcando e incorporando tendo sempre como base suas próprias Cicatrizes”.

É um espetáculo que busca problematizar marcas identitárias em seu processo de pesquisa, principalmente aquelas que o corpo negro carrega. A dramaturgia da cena é criada a partir dos verbos conceber, nascer, amadurecer e morrer que propõem um resgate das vivências de cada interprete e evocam, através da memória oscilante entre passado e presente, as marcas do seu processo de existência. Tem a casa como uma reconexão com as práticas ancestrais pretas, dramaturgicamente é um espaço que participa das construções das cenas.

Ficha Técnica:
Diretor e Coreógrafo: Luiz Anastácio
Assistente de Direção: Beatriz Oliveira
Diretor de Mídia e Designer: Ian Muntoreanu
Intérpretes: Beatriz Oliveira, Elisângela França, Joyce Silva, Luiz Anastácio, Luiza Moreira, Rafaela Araújo, Thico Lopes
Figurino e Maquiagem: Grupo Ewé
Cenário: Luiz Anastácio
Iluminação: Luiz Anastácio e Ian Muntoreanu
Edição de Vídeo: Beatriz Oliveira e Ian Muntoreanu
Produção Executiva: Rafaela Araújo
Assessoria de Impressa: Joyce Silva