Grupo de dança Desterro Coletivo realiza oficina que discute Corpo e Território na cidade de São Paulo
Atividade gratuita ocorrerá por meio de roda de conversa e caminhada orientada
pela região central da capital paulista
São Paulo, setembro de 2022. Nos próximos dias 28/set e 01/out, o grupo de dança Desterro Coletivo realiza oficina ‘Corpo, Cidade e Território’. A atividade terá como orientador o dançarino e educador Felipe Cirilo e se dará a partir da perspectiva de corporeidades negras. A oficina visa uma reflexão sobre as narrativas do que é tido como história da dança na capital paulista e a territorialização da linguagem sob uma lógica colonial.
“As histórias de pessoas negras e como seus corpos construíram comunidades na cidade de São Paulo nos dão um entendimento concreto de território e de dança na cidade onde atuamos como pessoas que dançam e criam dança. Pensar corpo, cidade e território nessas perspectivas fortalece a nossa memória enquanto população preta sobre o nosso povo e as nossas formas de fazer dança”, comenta Cirilo.
A oficina ocorrerá por meio de dois encontros, sendo o primeiro deles marcado por uma roda de conversa e o segundo por uma caminhada orientada na região central da cidade – partindo da Ladeira da Memória até o bairro do Bixiga. A série de aulas discutirá a dança entrecruzada com conceitos território, espiritualidade e corpo.
Dentre os atravessamentos da atividade, estão questões como: quais as nossas histórias em determinados bairros da cidade? De onde vieram grandes nomes da nossa cultura como Madrinha Eunice, Donata, Toniquinho Batuqueiro, Geraldo Filme? Como a espiritualidade africana vem fazendo parte dessas histórias? Como nossos corpos vêm gingando entre alegrias, ataques, defesas e esquivas em uma cidade que nos mata? Por que a população paulistana pouco conhece sobre a Tiririca e o Batuque dos Engraxates?
Para melhor organização da oficina, indica-se a inscrição por meio do link: https://forms.gle/
Felipe Cirilo
Felipe nasceu no Peruche, mas seus pais diziam que ali era a Casa Verde porque ser do Peruche não era motivo de orgulho em uma cidade racista. O Peruche é um bairro com uma história preta importante, mas que é apagada a cada ano. Depois de lá, viveu em diferentes cidades pelo interior paulista até chegar a Guarulhos, estudar teatro, dança, fazer muito teatro amador, música e formar-se em dança pela Faculdade Paulista de Artes – FPA. Desde então, se interessa pelo embate entre corpo e cidade, entre ataques e curas. Buscando entre escombros as histórias da dança por meio das histórias do povo preto em SP.
Dirige o grupo de dança Asili Coletiva e é interprete-criador do grupo Menos1Invisível.
Inscrições: https://forms.gle/
Informações do evento
Datas e Horários:
1 de outubro de 2022
Entrada Gratuita
Classificações: 14 anos
Acessibilidade: Sem Acessibilidade
Site: https://forms.gle/HSEvWCVFSxU6U4wn9
E-mail: lebacomunicacao@gmail.com
Formato do Evento: Presencial
Local: Ladeira da Memória
Endereço: Ladeira da Memória, ao lado da estação de metrô Anhangabaú - São Paulo / SP - 01049-030
Localização: