Quando jovem, o bailarino Raul Rachou morou na Inglaterra e teve um relacionamento afetivo com o cineasta Derek Jarman. Partindo dessas memórias, criou Azul-Jardim, uma peça de dança comissionada para o 25º Cultura Inglesa Festival, que terá uma única apresentação no dia 3/3, às 20h, sexta-feira, no Sesc Santo André. No palco, Raul narra e dança ao lado de Rafael Carrion, bailarino mais jovem que ajuda e tensiona a cena. Raul tem intimidade com as sapatilhas desde criança. A mãe, a bailarina e coreógrafa Ruth Rachou, foi sua profess ora. Uma das pioneiras da dança moderna no país, difundiu as técnicas de Martha Graham e de Joseph Pilates, associando seus princípios à dança. Segunda parceria do artista com o diretor Renan Marcondes, Azul-Jardim é um tributo ao cineasta inglês Derek Jarman, que morreu em 1994 em decorrência da aids e discorre sobre o significado do envelhecimento, a doença e o medo da morte nas relações homoafetivas de diferentes gerações. A dança se inspira nos diferentes significados e entendimentos da cor azul, uma referência ao último filme dirigido por Jarman, Blue, composto apenas por esta cor e uma longa narração do cineasta, já cego por conta da doença, revisitando suas memórias antes de morrer.
 
Ficha técnica:
Concepção, coreografia e direção: Renan Marcondes. Concepção, coreografia e performance: Raul Rachou. Performance: Rafael Carrion. Texto original: Artur Kon. Trilha original: Sergio Abdalla. Luz: Laura Salerno. Iluminador assistente: Fellipe Oliveira. Operação de som: Adriana Viana. Preparação vocal: Marilene Grama. Cenotecnia: Matias Arce. Foto: Cacá Bernardes.
 
Sobre Raul Rachou
Raul Rachou estudou dança moderna com sua mãe, Ruth Rachou, e dança contemporânea com Helena Bastos. De 1979 a 2015, dirigiu a Escola de Dança Ruth Rachou. Pertence à primeira geração de instrutores de pilates em São Paulo. É criador-intérprete do Grupo Musicanoar desde 1993.
 
Sobre Rafael Cariion
Rafael Carrion é artista da dança da cidade de São Paulo onde atuou em Cias
tradicionais do cenário paulistano como Cisne Negro Cia de Dança e Ballet Stagium. Posteriormente trabalhou com artistas do cenário independente destacando Sandro Borelli com quem colabora desde 2014. Também fez trabalhos com Wellington Duarte e desde 2019 faz parte do Núcleo Menos1Invisível, dirigido por Cléia Plácido. Em 2018 foi indicado ao prêmio APCA e recebeu o prêmio Denilto Gomes de interpretação em dança por sua atuação no espetáculo “Sem Tempo Para Ter Medo”.
 
Sobre Renan Marcondes
Renan Marcondes é artista e pesquisador representado pela OMA galeria. Doutor em Artes pela ECA USP com pesquisa sobre performatividade e ausência. Seu trabalho artístico, situado entre as artes cênicas e visuais, toca em situações de passividade, inércia e impotência do corpo. É diretor e fundador do Pérfida Iguana, que se configura como um polo de criação e pesquisa em dança. Sediado na cidade de São Paulo (SP), foi criado e é gerido pela bailarina e coreógrafa Carolina Callegaro, pela atriz e produtora Tetembua Dandara e por Renan Marcondes.

Informações do evento

Datas e Horários:
3 de março de 2023 20:00 às 20:50 - Sexta-Feira

Valor: R$ 10,00 a R$ 30,00

Classificações: 16 anos

Acessibilidade: Com Acessibilidade

Capacidade de pessoas: 302

Site: http://www.sescsp.org.br

Formato do Evento: Presencial

Local: Sesc Santo André

Endereço: Rua Tamarutaca, 302 - Santo André / SP