17 a 28 de novembro

Transmissão: 13h, 16h e 20h no YouTube (http://bit.ly/YouTubeAseFestival) e 14h30 no Instagram (@asefestivalcultural)  

Não é necessário fazer inscrição para acompanhar a programação

Gratuito


Asè Festival celebra cultura negra em 12 dias de programação gratuita

No Mês da Consciência Negra, primeira edição do evento traz 48 atividades online, entre apresentações artísticas de diversas linguagens, oficinas e série documental sobre Orixás e Entidades, de 17 a 28 de novembro.

Celebrando a cultura, a arte, o empreendedorismo e a ancestralidade negra e indígena, começa nesta quarta-feira, dia 17 de novembro, o Asè Festival Cultural, que em sua primeira edição acontece de forma 100% online e gratuita, no YouTube e no Instagram. Serão 12 dias de programação, envolvendo 48 atividades, entre apresentações artísticas, oficinas e exibição de uma série documental produzida especialmente para o projeto. Para acompanhar não é preciso fazer inscrição.

Idealizado pelas artistas Jaqueline Cardoso e Beta Cunha, de São José do Rio Preto (SP), o evento nasce com a finalidade de visibilizar a cultura negra e indígena, mostrando suas pluralidades e potencialidades, além de difundir conhecimento sobre a religiosidade de matriz africana, buscando promover o intercâmbio entre grupos, artistas e mestres dessas tradições, pais e mães de santo. Além do Estado de São Paulo, há participantes de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e do Distrito Federal.

Entre as atrações, a série documental “Orixás e Entidades, o Poder da Natureza”, em 12 episódios, tem como proposta fazer ecoar as vozes dos povos de religiões afro ameríndias, apresentando depoimentos de mestres e mestras de saberes do candomblé e umbanda, entre babalorixás, yalorixás, padrinhos e madrinhas de umbanda e ogãs.

As outras atividades estão distribuídas entre cinco módulos. No módulo Ka Oriki (que no idioma yorubá significa ler textos), o público poderá conferir videopoemas produzidos por mulheres negras de diferentes gerações de São José do Rio Preto, trazendo textos autorais ou não. Com tradução em libras. 

Já em Kika Itan (lendo histórias em yorubá), contações de histórias africanas para públicos de todas as idades estão programadas. Abrindo a série, Indiara Tainan convida adultos, idosos e crianças para acompanhar uma história inspirada na lenda yorubá sobre a criação do mundo.

O módulo Ikosilê (em yorubá, expressar-se), contempla apresentações artísticas de variadas linguagens. A primeira atração desse módulo é o show “Samba de Roda”, da ARCCA (Associação Refúgio Cultural Capoeira Angola), de São José do Rio Preto/SP, com influência do Samba de Roda Rural e do Samba de Caboclo. A apresentação possibilita ao público vivenciar a cultura do Samba de Roda com muita musicalidade afro-brasileira e expressão corporal.

O teatro também se faz presente, com trabalhos como o espetáculo “Meus Cabelos de Baobá”, com Fernanda Dias e Coletivo Malungo, do Rio de Janeiro. A história é inspirada no caráter cíclico das mitologias africanas e se desenvolve em torno da divindade Dandaluanda. A magia que emana da árvore de origem africana invade a cena e faz com que a mulher Dandaluanda, também alimentada pela sua ancestralidade, valorize sua identidade negra e se torne rainha. A direção é de Vilma Melo, com Fernanda Dias, Ana Paula Black e Beá no elenco.

A comunidade LGBTQIA+ é contemplada dentro do módulo, e traz duas performances: “Guerreira – Clara Nunes”, da drag Wathuzi Cox, interpretada por Rogério Cunha, e “Resistir para Rexistir: Abre alas que queremos resistir”, com Dijhon, que une as vivências da negritude e LGBTQIA+, com o artista Jhonatan Luiz Pereira performando como drag queen a protagonista do romance “A rainha Ginga”, do angolano José Eduardo Agualusa.

O compartilhamento das tradições afro-brasileiras e indígenas se dará através do módulo Pin’Mo. Na oficina “Culinária Afro Brasileira – Arroz de Hauçá”, Suely Sousa ensinará a preparar o prato de origem africana muito popular no estado da Bahia. Outra oficina é “Cabelo, representatividade e autoestima da menina e mulher negra”, com Edy Nascimento. Ela mostrará diferentes tipos de cabelos e penteados a fim de incentivar meninas e mulheres negras a retomar sua identidade e reforçar a autoestima.

As artes plásticas se destacam na programação com o módulo Kikun Orisá (no yorubá, pintura de Orixá), que compreende bate-papo e exposição virtual com os artistas plásticos Lili Caffé e Weslei S. Estácio, de São José do Rio Preto, e Valdeme Ribeiro dos Santos, de Viamão (RS), e mediação de Anna Claudia Magalhães. Os três artistas se expressam por meio de diferentes técnicas e materiais para exaltar o protagonismo do povo negro, sua ancestralidade e resistência.

“O conceito primordial do Asè Festival Cultural é provocar para que diferentes linguagens artísticas possam visitar, dentro do seu lugar de fala, a cultura negra de origem afro e a indígena e o intercâmbio entre artistas e fazedores de cultura e mestres desses saberes”, consideram as idealizadoras do festival.

A curadoria do festival foi realizada pela poeta Mayara Isis, pelo compositor Jeff Santanielo e a atriz e bailarina Andrea Capelli. A programação conta com atrações selecionadas e convidadas.

A programação será transmitida pelo YouTube e Instagram do evento: https://portalmud.com.br/1916 e @asefestivalcultural. Serão quatro atrações por dia: 13h, 16h e 20h, no YouTube, e 14h30, no Instagram. 

O projeto do Asè Festival Cultural é realizado com recursos da Lei Aldir Blanc São José do Rio Preto, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

Dia 17/11, quarta-feira

13h: Exibição de vídeo: série “Orixás e Entidades, o Poder da Natureza” (ORIXÁ EXU, com Kauê Inã Xemy)

Fortalecer os povos de terreiro e combater a intolerância religiosa, uma das formas de manifestação do racismo. Com esse intuito, o Asè Festival traz ao longo de seus 12 dias de programação a série de vídeos documentais “Orixás e Entidades, o Poder da Natureza”. Por meio dela, vamos fazer ecoar as vozes dos povos de religiões afro ameríndias. São 12 vídeos com depoimentos de mestres/as de saberes do candomblé e umbanda, entre os/as quais, babalorixás, yalorixás, padrinhos/madrinhas de umbanda e ogãs. Participam da série Kauê Inã Xemy, Babá Allan de Oxoguiã, Pai Elvis Trindade Almeida, Babà Luiz Giulian Ty Sango, Babà Nelsinho Ty Onirà, Babà Uelber Ty Osoguian, Mãe Jacira da Oxun e Padrinho Fernando Canevari.

Ficha técnica: Pesquisa, roteiro e captação – Beta Cunha e Jaqueline Cardoso | Edição – Jaqueline Cardoso.

14h30: Ka Oriki – poesia com Yamin Feitosa

O módulo Ka Oriki (que no idioma yorubá significa “ler textos”) apresenta uma série de videopoemas produzidos por mulheres negras de diferentes gerações de São José do Rio Preto, trazendo textos autorais ou não. Tradução em libras, com o intérprete Luiz Perez.

Neste primeiro vídeo, Yasmin Feitosa apresenta um poema autoral, intitulado “Liberdade de Ser”.

16h: Kika Itan – contação de história “Mito da criação do mundo na versão Yoruba”, com Indiara Tainan

Kika Itan, que no yorubá significa “lendo história”, traz quatro contações de histórias africanas e/ou indígenas.

Neste primeiro vídeo, Indiara Tainan convida adultos, velhos e crianças para uma contação de história inspirada na lenda yorubá sobre a criação do mundo. Professora, pedagoga e neuropsicopedagoga, Indiara é co-fundadora do Coletivo de Profes Pretas e coordenadora do Projeto Pingos e Gotas de Luz do Terreiro CEU Luz Divina de Novo Hamburgo (RS).

20h: Ikosilê – Show musical “Samba de Roda”, da ARCCA (Associação Refúgio Cultural Capoeira Angola)

Ikosilê significa, em yorubá, “expressão, expressar-se”. Esse módulo traz 12 apresentações artísticas nas áreas de música popular afro-brasileira e/ou indígena; dança/movimento; performance LGBTQIA+ e teatro.

Samba de Roda é rito, expressão, poesia, festividade, dança, canto, ritmo, tradição e ancestralidade! Com influência do Samba de Roda Rural e do Samba de Caboclo, a ARCCA apresenta nessa roda a sua identidade dentro do Samba de Roda. A apresentação possibilita ao público vivenciar a cultura do Samba de Roda com muita musicalidade afro-brasileira e expressão corporal, trazendo para a grande roda muito Asè nesse momento de distanciamento social.

Ficha técnica: Contramestre Eddy (produção e coordenação) | Babalorixá Allan Ty Osogiyan (atabaque rum e voz) | Lucas Freitas (atabaque lé) | Contramestre Eddy (triângulo) | Istênio da Cruz (pandeiro) | Contramestre Eddy, Lucas Freitas, Istênio da Cruz, Karina de Brito, Mauricéia Carvalho, Marcelo Silva e Tata Nogueira (coro) | Karina de Brito, Mauricéia Carvalho, Marcelo Silva e Tata Nogueira (dança e palmas).

 Dia 18/11, quinta-feira

13h: Exibição de vídeo: série “Orixás e Entidades, o Poder da Natureza” (ORIXÁ OGUM, com Babá Allan de Oxoguiã)

14h30: Ka Oriki – poesia com Dil Santos

Estudante de pedagogia, idealizadora das Cias. de Dança Procuru e Arunas e membra e ativista  do PicNic Com as Pretas apresenta o poema “Mulher Preta, meus traços, minha resistência”, de sua autoria.

16h: Kika Itan – contação de história “Contos Africanos”, com Ju Conta Histórias (Jussara Vicente)

Atriz, arte educadora e contadora de história, Jussara Vicente traz três contos africanos, que se entrelaçam através de sons, músicas, adereços, personagens. A plateia é convidada a mergulhar e participar das histórias. Os contos são:

“Jabulani e o Leão” – O leão mais do que esperto tenta enganar o inocente e generoso Jabulani, um menino que faz parte da tribo dos Suázipovo. Jabulani se vê então diante de uma enrascada. Será que o Leão vai sair vitorioso?

“O Coração do Baobá” – O Baobá é uma alta e frondosa árvore que fica no coração da África. Através de um simples diálogo, vamos conhecer o coração do Baobá. Uma reflexão sobre amizade, emoções, sentimentos escondidos, adormecidos, medos.

“O Macaco e o Hipopótamo” – As bananas do macaco travesso são roubadas e ele faz um plano muito criativo e audacioso pra recuperá-las. Ele terá que enfrentar o Rei Ra-Ra, será que ele sairá vivo dessa aventura?

20h: Ikosilê – espetáculo teatral “Preta Cor”, com Christina Martins

Agora. O fatídico agora. Eu estou finalmente comigo, agora. Mas para tanto, estive longe de mim, estive com outros e para os outros. E agora eu vejo isso claro, biologicamente, em minha árvore genealógica e em meu DNA. Está impresso para que eu nunca me esqueça: eu estive perdida de mim. Sou o que me fiz, mas também sou o que me fizeram. A partir de memórias pessoais e inventadas jogadas no lixo, a ligação intrínseca do indivíduo com suas origens é trazida ao foco por meio da poesia, da palavra, dança e ação. São as memórias da menina se descobrindo, da mulher que vos fala e de um povo, uma cultura, mil outras histórias.

Ficha Técnica: Christina Martins (texto e elenco) | Diego Neves (produção geral e técnica) | Deivison Miranda (produção geral). 

Dia 19/11, sexta-feira

13h: Exibição de vídeo: série “Orixás e Entidades, o Poder da Natureza” (ORIXÁ OSAYN, com Pai Elvis Trindade Almeida)

14h30: Ka Oriki – poesia com Enedir Silva, NegraDi

Profissional da área da educação, Enedir acredita que a ficção ajuda a suportar a realidade. A autora mergulha no aparente lirismo para denunciar as múltiplas violências que vitimizam e contornam socialmente o feminino. Escrever é um risco e uma esperança: um suspiro de resistência ante uma realidade tão dolorida. Nesse vídeo, ela apresenta o poema “Engrenagem”.

16h: Pin’Mo – oficina “Culinária Afro Brasileira – Arroz de Hauçá”, com Suely Sousa

Pin’Mo, “eu compartilho” em yorubá, traz seis oficinas nas áreas de ritmos africanos, brasileiros ou indígenas para atabaque e instrumentos dessas linguagens; culinária afro-brasileira ou indígena; comidas de Santo/Orixás; tradição dos cabelos afros e adornos de cabeça da cultura afro; dança e movimento africanos ou afro-brasileiros.

A culinária afro-brasileira é adaptação de pratos de origem africana aos alimentos cultivados no Brasil. Desde a chegada dos portugueses, e principalmente durante o período do Brasil-Colônia, milhares de negros foram arrancados de suas famílias e de suas culturas para serem trazidos da África para trabalhar no Brasil em regime de escravidão. O Brasil recebeu influências de todos esses lugares. Vieram da África o café, a banana, o coco, o gengibre, o quiabo, o amendoim, o azeite-de-dendê, a pimenta malagueta, o jiló, o inhame, entre muitos outros itens, sempre trazidos pelos mercadores de escravos. Os pratos tipicamente africanos, e também receitas que depois de chegarem aqui foram modificadas em suas técnicas de preparo ou adaptação de ingredientes, dão origem à culinária afro-brasileira. Nesta oficina, Suely Sousa ensina um prato exótico pelo nome e pelas misturas de temperos, que traz um sabor inigualável e difícil de esquecer, o arroz de hauçá.

20h: Ikosilê – espetáculo de dança “Caravela/Fragmento”, com David Balt

A proposta desse trabalho inédito se debruça sobre a história de Benedito Caravelas, gerreiro negro, líder quilombola conhecido como Benedito “Meia-Légua”, que encerrou sua trajetória na terra em 1885. Escravizado insurgente e líder quilombola, ele atuou nas regiões de São Mateus e Conceição da Barra. O bailarino David Balt leva o trabalho para uma sala escura iluminada por velas e um baú, onde se encontra a imagem de São Benedito, o santo negro.

Ficha técnica: David Balt (bailarino, trilha sonora e edição).

Dia 20/11, sábado

13h: Exibição de vídeo: série “Orixás e Entidades, o Poder da Natureza” (ORIXÁ Nanã/Obaluaê, com Babà Nelsinho Ty Onirà)

14h30: Ka Oriki – poesia com Ester Carvalho

Atriz, bailarina, escritora e performer, Ester Carvalho integra as companhias Beradeiro, Cia. Território da Dança e a Ayusso Entretenimento. Ela apresenta o poema de sua autoria “A indiferença é inexistente, e não entendo por onde seus olhos caminham”.

16h: Kika Itan – contação de história “Canção dos Povos Africanos”, com Ro Ribeiro

Mulher preta, mãe de um pequeno príncipe preto e educadora, Ro Ribeiro é amante de ilustração e literatura infantil, principalmente as de representatividade do povo negro. Nessa contação, ela apresenta a história do livro “Canção dos Povos Africanos”, de Fernando Paixão e ilustrado por Sérgio Melo. Por meio da poesia rimada, a obra mostra a tradição de uma tribo africana, que utiliza a canção como mediadora nas relações sociais.

20h: Ikosilê – Show musical “Somos todos Batuqueiros”, com Projeto Batuqueiros da Vila

O projeto apresenta sambas clássicos, tocados nas rodas de samba em todo Brasil, e que estão na boca do povo brasileiro, buscando levar a energia e o calor do Samba, para dentro da casa do povo. O Projeto Batuqueiros da Vila consiste em um projeto sociocultural de amigos e sambistas, nascido em 2017, na Vila Diniz, em São José do Rio Preto. Através de uma roda de samba, exalta a cultura do samba em nossa cidade e reúne a comunidade, incentivando a arrecadação de alimentos não perecíveis para serem doados a famílias carentes.

Ficha técnica: José Eduardo Pereira (presidente) | José Leandro (presidente de honra) | Denis (baixo) | Rina (cavaco) | Bruno (violão) | Rafinha (banjo) | Robson (voz) | Raid (voz) | Eduardo (voz) | Ruéverton (voz) | Guilherme (repique de mão) | Buiu (rebolo) | Cacá (pandeiro) | Rafael (pandeiro e reco) | Flavinho (congas, repique de anel, malacacheta e efeitos) | Tu (surdo).

 Dia 21/11, domingo

13h: Exibição de vídeo: série “Orixás e Entidades, o Poder da Natureza” (ORIXÁ Oxossi, com Babà Luiz Giulian Ty Sango)

14h30: Ka Oriki – poesia com Olivia Justo

A educadora física e ambiental interpreta um poema da arte educadora Cláudia Prestes, intitulado “Ser Negra”.

16h: Kika Itan – contação de história “O Macaco e a Lua”, com Juliana Costa

A educadora Juliana Costa apresenta um divertido conto dos macaquinhos que queriam conhecer a lua e acabaram por descobrir o tambor. A apresentação tem elementos visuais simples, mais simbólicos, para representar o macaco, a lua e o tambor. A educadora nos chama ao final da contação para refletirmos sobre a importância das regras. É um apelo lúdico e divertido para uma sociedade acerca da importância do coletivo e dos combinados.

20h: Ikosilê – performance LGBTQIA+ “Guerreira – Clara Nunes” – Rogério Cunha/Drag Wathuzi Cox

A arte da Drag Queen Wathuzi Cox traz ao público de todas as idades um show performático em homenagem à cantora Clara Nunes. O show já foi apresentado em uma live durante a quarentena em 2020. A performance é a partir da música “Guerreira”.

Dia 22/11, segunda-feira

13h: Exibição de vídeo: série “Orixás e Entidades, o Poder da Natureza” (ORIXÁ Oxumaré/Ewa, com Pai Elvis Tridade Almeida)

14h30: Ka Oriki – poesia com Juliana Mogrão

Juliana Mogrão é psicóloga, doula preta e amante da arte. Nesse vídeo, ela apresenta um poema da poeta e artista visual Anna Claudia Magalhães chamado “Afro fruto do futuro”.

16h: Kikun Orisá – Bate-papo e exposição virtual com artistas plásticos Lili Caffé, Wesley S. Estácio e Valdeme Ribeiro dos Santos. Mediação: Anna Claudia Magalhães

Kikun Orisha, no yorubá, significa “Pintura de Orixá”. A atividade traz um bate-papo com três artistas que se expressam por meio de diferentes técnicas e materiais para exaltar o protagonismo do povo negro, sua ancestralidade e resistência.

Participam da atividade os artistas Lili Caffé e Weslei S. Estácio, de São José do Rio Preto, e Valdeme Ribeiro dos Santos, de Viamão (RS). A conversa será mediada pela artista visual e poeta Anna Claudia Magalhães. Lili Caffé traz a exposição “Antes das Cicatrizes – A Ancestralidade que mora na minha pele”, com fotografias de pinturas corporais de inspiração Efik (tradição do sudeste da Nigéria), nos Orixás e nos elementos dos itans yorubás, executadas em argila, carvão e tinta corporal. Com “A Beleza da Nossa Cor”, Wesley S. Estácio une ilustração tradicional e digital em uma jornada através da rica história afro brasileira e indígena. Valdeme Ribeiro dos Santos apresenta uma série de obras que envolvem a cultura negra, o desenho, a escultura e a pintura.

20h: Ikosilê – espetáculo de dança “(DIZ)CARREGO 2.0”, com Coletivo Ara Ijó (São Paulo/SP)

Como nos cuidamos em meio a pandemia? Esta foi a pergunta norteadora para esta encruzilhada de corpos/energias/sensações/curas. (DIZ)CARREGO é sobre processos e entendimentos entre quatro periferias distantes da capital de São Paulo que conversam por vários fatores, o principal: corpas/os/es que se movimentam para buscar a cura. Quais os caminhos que escolhemos para (diz)carregar nossas emoções, angústias e até feridas? Quais as necessidades do seu corpo? Assim recorremos a nossa ancestralidade e nosso sagrado para alcançar caminhos que antes estavam muito claros… por isso escurecemos as coisas. O trabalho foi fomentado pelo Centro de Referência da Dança de São Paulo.

Ficha técnica: Coletivo Ara Ijó (Concepção) | Amanda Prates Bezerra, Ingrid Marucci, Thiago Soares e Thico Lopes (Intérpretes-criadores) | Thiago Soares (Concepção Musical) | Thico Lopes e Well Muniz (Fotografia de Divulgação) | Caru Leão (Designer) | Laio Rocha (Edição).

Dia 23/11, terça-feira

13h: Exibição de vídeo: série “Orixás e Entidades, o Poder da Natureza” (ORIXÁ Oxum/Logunede, com Babà Uelber Ty Osoguian)

14h30: Ka Oriki – poesia com Cláudia Prestes

Cláudia Prestes, multiartista e arte educadora, apresenta um poema autora, com o título “Justificado está”.

16h: Pin’Mo  – oficina “Cabelo, representatividade e autoestima da menina e mulher negra”, com Edy Nascimento

A atividade busca incentivar meninas e mulheres negras a retomar sua identidade e se aceitar e se amar, para que possam incentivar umas às outras. Reforçar a autoestima, empoderamento e incentivo para que assumam a beleza natural dos seus cachos, e seus crespos. Serão abordados diferentes tipos de cabelos e penteados.

20h: Ikosilê – performance LGBTQIA+ “Resistir para Rexistir: Abre alas que queremos resistir”, com Dijhon

O projeto une as vivências da negritude e da LGBTQIA+ no sentido de evidenciar a resistência de ambas, num movimento de existência e vivência identitária. Partindo de reflexões a respeito da identidade preta, formada pelo discurso historiográfico oficial, a apresentação busca promover uma reflexão sobre o lugar do preto e suas origens, além da valorização dessa identidade que pode transformar-se em personas empoderadas. Para tanto, o artista Jhonatan Luiz Pereira dá vida à personagem Rainha Ginga, performando como drag queen a protagonista do romance “A rainha Ginga”, do angolano José Eduardo Agualusa. Na obra, a personagem é uma rainha que além da nobreza das origens, demonstra que ao negro não cabe o papel de escravo ou subalterno como apregoam discursos adulterados pelo racismo estrutural da sociedade.

Ficha técnica: Enedir Santos (texto e locução) | Jonathan Luiz Pereira (performer/bailarino).

Dia 24/11, quarta-feira

13h: Exibição de vídeo: série “Orixás e Entidades, o Poder da Natureza” (ORIXÁ Sango/Ayra, com Babà Luiz Giulian Ty Sango)

14h30: Ka Oriki – poesia com Gra Cardoso

Gra Cardoso interpreta um texto de sua autoria, chamado “O tempo e a evolução”.

16h: Pin’Mo – oficina de dança “Corpos Negros”, com Ubuntu/Olivia Justo e Juliana Mogrão Moreira

Através de movimentos e expressões corporais, a oficina ministrada por Olivia Justo e Juliana Mogrão Moreira oferece aos participantes um encontro com a ancestralidade e a luta cotidiana de desconstrução de paradigmas. Usa os movimentos corporais instintivos e genéticos nas manifestações festivas, do trabalho da religiosidade ou da dor. Tem a proposta de causar nos afrodescendentes a admiração e a tomada do patrimônio cultural que lhe pertence por direito.

20h: Ikosilê – espetáculo de dança “su.jei.to”, com Mayk dos Santos

Substantivo masculino: indivíduo dependente de um suserano; súdito, vassalo. designação que se davam aos escravos. que não serve para nada; imprestável.

adjetivo: que obedece sem se opor; dócil, escravizado, cativo, dominado. que se encontra preso ou fixo, sem poder mover-se. que apresenta uma tendência ou inclinação para.

O imaginário social construiu e determinou um lugar para o negro na sociedade. O corpo negro foi, e continua sendo, marginalizado, folclorizado, desumanizado, agredido, invisibilizado, colonizado, subjugado por uma estrutura racista que o enxerga como sujeito e o torna sujeito. Esse imaginário se traduziu em diversas tentativas de desarticular a formação de uma intelectualidade negra brasileira, seja nas artes, na educação, na política ou na ciência. Que sujeitos são atribuídos ao corpo negro na sociedade? A que esse corpo está sujeito? O solo busca questionar as relações de suspeição que atravessam o corpo negro, a fim de tirá-lo do lugar de sujeito-suspeito e potencializar outras narrativas.

Ficha técnica: Mayk dos Santos (concepção, texto e coreografia) | Fernanda Barban (captação e edição de vídeo) | Trilha sonora: B.B. King, Baco Exu do Blues, Fight, Asadi.

Dia 25/11, quinta-feira

13h: Exibição de vídeo: série “Orixás e Entidades, o Poder da Natureza” (ORIXÁ Oya/Obá, com Kauê Inã Xemy)

14h30: Ka Oriki – poesia com Dil Santos

Estudante de pedagogia, idealizadora das Cias. de Dança Procuru e Arunas e membra e ativista  do PicNic Com as Pretas apresenta o poema “Cabelo Armado”, de Kevim Silva, Larissa Santos e Tamires Santos, jovens participantes do Projeto Aquário Vila Toninho e Cia. Procuru, presente no livro Letras Negras – Volume 1, organizado por Ivan Reis.

16h: Pin’Mo – oficina “XIRÊ Ritmos de cada Orixá”, com Allan Ventura Cabral

A atividade apresenta os ritmos de raízes africanas ligados à cultura religiosa de matriz africana, Candomblé, apresentando assim o Xirê. Xirê é uma palavra yorubá que significa roda, ou dança utilizada para evocação dos Orixás conforme cada nação. Cantigas de Xirê, sequência de toques e cantigas que são executados durante uma festa de candomblé. O Xirê sempre começa com as cantigas de Exú, em seguida as de Oxóssi. Há uma sequência pré-estabelecida de cantigas para todos os Orixás que varia de nação para nação.

A música, bem como as comidas, é essencial para que se consiga uma perfeita harmonia com as entidades. No Xirê, as duas se unem para celebrar a vida, a força e o poder das entidades. Allan Ventura Cabral comanda a casa de Candomblé Ase Santa Clara. Domina a arte da Capoeira, é mestre em ritmos brasileiros e africanos, multi-instrumentista e especialista na arte do atabaque. Lucas Freitas é especialista em toques voltados para cultura afro. Multi-instrumentista, especialista em atabaque.

20h: Ikosilê – show musical “Música Afro Brasileira”, com Éramos Três

Apresentação musical reunirá o instrumental e o conhecimento oral sobre variados estilos musicais de influência africana, indígena e miscigenados com outras culturas. Serão 70 minutos em que a releitura instrumental de variadas obras será entremeada por excertos em ordem cronológica sobre os estilos musicais e suas influências. Dentre os estilos musicais temos maracatu, samba, ijexa, forró, funk soul.

Ficha técnica: Maurício Zacharias (trombone de vara) | Esdras Nunes (teclado) | Vinicius (bateria) | Elias Paracatu (baixo) | Marcinho (percussão).

Dia 26/11, sexta-feira

13h: Exibição de vídeo: série “Orixás e Entidades, o Poder da Natureza” (Entidades da Umbanda – Caboclos/Pretos Velhos, com Mãe Jacira da Oxun)

14h30: Ka Oriki – poesia com Si

Sirlane de Souza Santana, a Si, é assistente social com especialização na área da saúde. Integrante do movimento feminista classista MML (Movimento Mulheres em Luta), é mulher, negra, nordestina, a primeira da família a conseguir concluir um curso de graduação. Também integra o comitê de assistentes sociais no combate ao racismo. Ela apresenta um poema autoral.

16h: Ikosilê – espetáculo de dança “ARA ÀIYÉ: CORPO DA TERRA”, com Kaled Andrade (Brasília/DF)

A obra “Ara Àiyé: Corpo da Terra” exprime as relações fluídicas entre o espaço e o sujeito, uma abertura para a universalização de símbolos e sentidos provenientes da cultura afro-brasileira. O mês de Agosto faz parte do período de inverno seco do Centro-Oeste, região de clima tropical semiúmido. Ocorrem modulações na temperatura, podendo ter geada ao anoitecer, contudo a umidade do ar permanece baixa e a sensação térmica alta. A vegetação possui uma característica seca. Este mês é compreendido dentro das religiões de matrizes africanas como o mês de Obaluaiyê, também conhecido como Omolú. Orixá caracterizado como detentor das pestes e da cura, tendo o título de Rei da Terra, através da cosmogonia nagô-iorubana. A obra relata os atravessamentos que estes símbolos produzem em convergência no momento da performance do intérprete. Um olhar sobre as relações feitas com o ambiente, buscando expressividade poética deste momento.

Ficha técnica: Kaled Andrade (direção geral/intérprete) | Iago Gabriel Melo (filmagem/edição) | Trilha Sonora: Metá Metá – Gira (trilha sonora original do espetáculo do Grupo Corpo).

20h: Ikosilê – espetáculo de dança “Diálogos Femininos e Identidade”, com Júnia Bertolino e Cia Baobá Minas (Belo Horizonte/MG)

Júnia Bertolino e a Cia Baobá Minas vêm refletir e apresentar corporeidades afro brasileira e africana da mulher negra, ressaltando protagonistas da história que foram e são mulheres atuantes nos dias de hoje, como: Marlene Silva, Angela Davis, Lélia Gonzalez, Dandara, Nzinga Band, Nina Simone, Conceição Evaristo, Xênia França, Carolina Maria de Jesus, Mariele Franco e outras. Todas mulheres guerreiras que a partir da cultura negra, expressam identidades, poesia, política e arte. Seja com música, teatro, narrativas negras e a dança.

Ficha técnica: Júnia Bertolino (argumento e figurino) | Lira Ribas (direção) | Jahi Amani Bertolino (assistente de direção) | Lorrane Katlen, Monique Serena e Rodrigo Antero (bailarinos) | Gersino Gercino Alves (ator) | Gabriel Museolo (produção) | Josélio Teixeira (projeção) | Geraldo Otaviano (iluminação) | Dani Milena, Jocasta Roque, Pedro Filippis, Husdon Mouroh e Yuri Castilho Juventino Dias (músicos) | Agradecimento: à costureira, designer de moda e figurinista Iara Oliveira.

Dia 27/11, sábado

13h: Exibição de vídeo: série “Orixás e Entidades, o Poder da Natureza” (ORIXÁ Yemanjà, com Fernando Canevari)

14h30: Ka Oriki – poesia com Anna Magalhães

Graduada em Letras e autodidata em cores, Anna Magalhães é mulher preta interiorana, se expressa pelas formas e palavras, escreve, pinta, diz e acredita no poder da arte como transformação social, política e humana. Ela apresenta um poema de sua autoria, chamado “You’re the sunshine of my life”.

16h: Pin’Mo – oficina “Fun Orixa Ati Fun Wa Lati Je (Para Orixá e para gente comer)”, com Kauê Inã Xemy,  Egbomy Valtinho ty Jagun e Pai Vitor Lagy Ogum

Essa oficina vem mostrar a ancestralidade das folhas e da cozinha das casas de axé em toda a sua versatilidade e temperos magníficos. Contando o quanto de asé existe dentro de cada folha e cada comida de santo que nós também comemos. O Egbomy Valtinho ty Jagun juntamente Kauê Inã Xemy e pai Vitor Lagy Ogum, falam além do Poder sagrado das folhas, sobre o tema de que comida de Orixá é também comida para a gente comer, onde os temperos utilizados e o zelo no preparo transformam a comida ora feita para ser ofertada as divindades, ora em alimento a toda a comunidade de asé. A oficina demostrará não só o modo de preparo, mas também a forma de ser apresentada a cada Orixá e significado de cada prato nos rituais.

Ficha técnica: Gabrielly Gauer (produtora) | Kauê Rocha (produção cultural e executiva) | Valter Francisco Rodrigues Junior “Egbomy Valtinho ty Jagun”, Vitor Lagy Ogum e Kauê Rocha – Kauê Inã Xemy (oficineiros).

20h: Ikosilê – espetáculo teatral “Meus Cabelos de Baobá”, com Fernanda Dias/Coletivo Malungo (Rio de Janeiro/RJ)

A história é inspirada no caráter cíclico das mitologias africanas e se desenvolve em torno de Dandaluanda. Ao se deparar com episódios nefrálgicos na infância, a menina fantasia um diálogo com o Baobá e é correspondida. A magia que emana da árvore de origem africana invade a cena e faz com que a mulher Dandaluanda, também alimentada pela sua ancestralidade, valorize sua identidade negra e se torne rainha. A árvore milenar de galhos fortes e compridos, a referência de suas ancestrais femininas, ensinou-lhes valores africanos e despertou para uma nova vida. Primeiro, como menina; em seguida como mulher e, finalmente, como rainha.

Ficha técnica: Vilma Melo (encenação) | Simone Ricco (argumento); Fernanda Dias (texto) | Fernanda Dias, Ana Paula Black e Beá (elenco) | Binho Schaefer (desenho de luz) | Jorge Costa e Victor Tavares (operador de luz) | Beá (direção musical e percussão) | Fernanda Dias e Vilma Melo (direção de movimento) | Fernanda Dias (coreografia) | Charles Nelson (supervisão de coreografia) | Jhon Conceição, Bárbara Santos, Rony Valck e Beá (música originais) | Cachalote Mattos (concepção de cenário e projeto gráfico).

Dia 28/11, domingo

13h: Exibição de vídeo: série “Orixás e Entidades, o Poder da Natureza” (OSOGUIÃ/OXALÁ, com Babá Allan de Oxoguiã)

14h30: Ka Oriki – poesia com Beta Cunha

Atriz, diretora e professora de teatro, Beta Cunha traz o poema “Axé”, de autoria de Jaqueline Cardoso.

16h: Pin’Mo – oficina “Orin Ilu  – Os Tambores que cantam”, com Kauê Inã Xemy, Vitor Lagy Ogum e Jard Bumyode

A atividade busca fomentar e divulgar os toques e instrumentos afro-religiosos, com ênfase nos toques e cânticos da cultura Ketu. Os oficineiros Kaue Inã Xemy, Jard Bumyode e Vitor Lagy Ogum irão demostrar e ensinar toques e cânticos básicos e fundamentais no decorrer das festas e obrigações. Também contarão itans (Lendas e Histórias) sobre os instrumentos, origens, nomenclaturas e suas transformações durante os anos. Abordando também o tema das mudanças que ocorreram e ocorrem ainda hoje na forma de viver e lidar dentro das casas de matriz.

Ficha técnica: Gabrielly Gauer (produtora) | Kauê Rocha (produção cultural e executiva) | Kauê Rocha – Kauê Inã Xemy, Vitor Miguel – Vitor Lagy Ogum e Jard Antonio Cerqueira – Jard Bumyode (oficineiros).

20h: Ikosilê – show musical “Samba, Dança & Prosa – A história do samba cantada”, com Maestria do Samba

A história do samba, contada e cantada pelo Maestria do Samba revisita canções, compositores e histórias inesquecíveis do samba de 1917 a 1980. O samba será contado, passeando pelos três principais estados que formaram seu enredo: Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. A apresentação será ilustrada com dançarinos demonstrando a evolução rítmica de acordo com cada década e regiões brasileiras. O espetáculo contará com roda de samba, dançarinos e prosa, contando a história do samba.

Ficha técnica: Elis Ribeiro (voz) | Robson Cruz (percussão) | Romualdo Simas (cavaco e violão) | Fernando Lorencini (bateria e percussão) | Ricardo Vieira (bateria e percussão) | Aguinaldo Zizi (bateria e percussão) | Érica Porto (produção cultural e executiva | Cris Maia (assistente de produção).   

Informações do evento

Datas e Horários:
13 de novembro de 2021 até 28 de novembro de 2021 13:00 às 14:00 - Domingo 14:30 às 15:30 - Domingo 16:00 às 17:00 - Domingo 20:00 às 21:00 - Domingo 13:00 às 14:00 - Segunda-Feira 14:30 às 15:30 - Segunda-Feira 16:00 às 17:00 - Segunda-Feira 20:00 às 21:00 - Segunda-Feira 13:00 às 14:00 - Terça-Feira 14:30 às 15:30 - Terça-Feira 16:00 às 17:00 - Terça-Feira 20:00 às 21:00 - Terça-Feira 13:00 às 14:00 - Quarta-Feira 14:30 às 15:30 - Quarta-Feira 16:00 às 17:00 - Quarta-Feira 20:00 às 21:00 - Quarta-Feira 13:00 às 14:00 - Quinta-Feira 14:30 às 15:30 - Quinta-Feira 16:00 às 17:00 - Quinta-Feira 20:00 às 21:00 - Quinta-Feira 13:00 às 14:00 - Sexta-Feira 14:30 às 15:30 - Sexta-Feira 16:00 às 17:00 - Sexta-Feira 20:00 às 21:00 - Sexta-Feira 13:00 às 14:00 - Sábado 14:30 às 15:30 - Sábado 16:00 às 17:00 - Sábado 20:00 às 21:00 - Sábado

Entrada Gratuita

Classificações: livre

Acessibilidade: Sem Acessibilidade

Site: http://bit.ly/YouTubeAseFestival

Formato do Evento: Presencial

Local: Online

Endereço: Online